#Reconhecimento: Café com Notícias tem reportagem selecionada para participar do Prêmio Vladimir Herzog

julho 28, 2019


Na última semana, o blog Café com Notícias recebeu a notícia de que a reportagem especial  "Moradores se unem para que o quilombo urbano da Vila Teixeira não desapareça" foi aceita para participar do 41º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. De acordo com a comissão organizadora, a reportagem possui todos os requisitos para seguir nas próximas etapas do prêmio e obedece às exigências de seu regulamento.

A reportagem contou o drama das 16 famílias que moram na Vila Teixeira, no bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte (MG), que estavam prestes a ser despejadas por conta de uma disputa judicial que se arrastava por anos. Os moradores pagam IPTU e possuem documentos que comprovam a propriedade, mas o processo não levou isso em conta.

Além disso, em meio a disputa, os moradores lutaram para ser reconhecidos como uma área de quilombo urbano, justamente pelo resgate histórico que fizeram ao descobrir que o local onde viviam foi fruto do trabalho do patriarca da família, Petronillo de Souza, cujo nascimento está registrado no “livro de batismo dos escravos”. A partir daí, começou toda a movimentação para provar que a área é, de fato, um quilombo urbano remanescente.

Após a reportagem ser publicada no Café com Notícias, muita coisa mudou para melhor na vida dos moradores da Vila Teixeira, conforme pode ser lido aqui. No dia 18 de julho, a Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cidadania, certificou a área ocupada pelas 16 famílias como remanescente quilombola. Agora, o local passa a se chamar Quilombo Família Souza. Também houve uma mediação na Justiça com diversos órgãos públicos para que a ação de despejo fosse encerrada.

Sobre o prêmio

O Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos é um dos mais relevantes do jornalismo brasileiro e está em sua 41ª edição. A proposta é homenagear os trabalhos jornalísticos que, durante o ano, contribuíram para que haja a promoção dos direitos humanos e da democracia.

A premiação homenageia o jornalista Vladimir Herzog, torturado e assassinado em 25 de outubro de 1975, época da Ditadura Militar (1964-1985), após ter ido de forma voluntária ao DOI/CADI para prestar esclarecimentos ao exército sobre a sua atividade profissional. 

Vlado, como era conhecido, atuava como diretor de jornalismo da TV Cultura, e durante muitos anos o Governo do Regime Militar divulgou que ele teria cometido suicídio - fato esse que já foi comprovado que foi uma farsa da ditadura. O assassinato de Herzog levou a uma série de manifestações de familiares, amigos e entidades de classe que viria a impulsionar a luta pela redemocratização do país. Para ler a biografia dele, clique aqui.




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