#NãoTáTranquiloNãoTáFavorável: Campanha incentiva a proteção às mulheres vítimas de violência
agosto 06, 2016
Realizada pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos, a campanha #NãoTáTranquiloNãoTáFavorável
quer promover a proteção às mulheres vítimas de violência. O objetivo é conquistar
o apoio da população para essa e outras causas como o enfrentamento ao
machismo, o fim da violência contra a juventude negra e o fim da homofobia.
Artistas, personalidades e
influenciadores digitais já aderiram a campanha, tais como a atriz Letícia
Sabatella, o cantor Lenine, e a farmacêutica cearense Maria da Penha, que
atualmente está à frente do Instituto
Maria da Penha (IMP) e foi a pessoa que inspirou o nome da principal lei
voltada à proteção de mulheres vítimas de violência que em 07 de agosto de 2016
completa dez anos.
Em 1983, Maria da Penha levou um tiro
nas costas enquanto dormia, ficou paraplégica e viu o ex-marido ser julgado e
condenado duas vezes, mas mesmo assim ficar livre devido a recursos
apresentados pela defesa.
O caso da farmacêutica, relatado no livro
“Sobrevivi…Posso Contar”, lançado em 1994, serviu de instrumento para
que o Brasil fosse denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos).
Condenado internacionalmente pela forma como tratava a violência contra a
mulher, o país foi obrigado a cumprir algumas recomendações, como a mudança na
legislação.
Há várias formas de participar da campanha de mobilização: basta enviar selfies ou vídeos; criar hashtags ou utilizar as que
estão disponíveis; baixar imagens para usar no Facebook ou
compartilhar a campanha com amigos por meio das redes sociais. Para saber mais,
acesse o site: http://www.naotatranquilonaotafavoravel.org
Violência Contra a Mulher
O Mapa da Violência 2015 mostra que a cada hora e meia morre uma
mulher assassinada no Brasil, especificamente por ser mulher. No país, hoje,
são 13 mortes de mulheres por dia, em geral assassinadas por pessoas de sua
família, companheiros ou namorados.
“É uma situação absurda esse número de pessoas que morrem,
o número de crianças que ficam sem mãe, ficam órfãs”, afirma Denise Dora, conselheira do Fundo Brasil e
ouvidora-geral da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. Ela faz parte do
conselho diretor da ONG feminista Themis,
também participa da campanha #NãoTáTranquiloNãoTáFavorável.
Não para desconsiderar a importância
da Lei Maria da Penha, mas, como
lembra Denise Dora no vídeo gravado para a campanha, ainda não há uma resposta
efetiva do Estado. São poucas as casas de proteção e abrigos para mulheres.
As delegacias especializadas e os
juizados especiais existem apenas nas capitais e grandes cidades. Milhares de
mulheres não contam com nenhuma proteção nas áreas de segurança pública,
assistência social ou saúde. “É uma
situação nem um pouco tranquila nem um pouco favorável”, completa a
conselheira.
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1 comentários
Artigo do meu agrado! A mulher está vivendo AINDA de forma submissa. Adorei o nome da campanha. Espero que todos os homens e até as próprias mulheres se empenhem nesse espírito de liberdade.
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