O amor de um Pai para um Filho proporciona a cena mais emocionante da Copa do Mundo

junho 19, 2014

Foto: TV Globo / Reprodução.


A cena mais emocionante da Copa do Mundo no Brasil não aconteceu nos gramados dos estádios, mas sim nas ruas. A cena ganhou visibilidade por conta dos noticiários e das redes sociais. Quem a protagonizou foi um pai que tirou o filho de 16 anos de um meio de uma manifestação. O filho estava com uma camisa preta tampando o rosto.

Ao contrário de muitos pais que poderiam ter partido para a ignorância e ter dado um cascudo no filho rebelde, o pai desse adolescente preferiu argumentar: “quando você trabalhar, se sustentar e ganhar o seu dinheiro você protesta. Agora, não. Você não vai mudar o mundo sozinho. Sua mãe e eu trabalhamos para pagar a sua escola, as suas coisas. Vamos para casa, filho. Eu não quero te ver machucado. Eu te amo, cara!".

Não sou pai ainda, mas me emociono toda vez que vejo esse vídeo. Me emociono pela coragem desse pai de não deixar para o Governo, para a Escola, ou para as ruas a responsabilidade de educar o seu filho. Por incrível que pareça, muitos fazem isso: a responsabilidade é do outro, nunca de si. E esse pai foi corajoso: não se acomodou.

O povo brasileiro tem que ir para as ruas manifestar, sim. Mas aquele não era o momento. As históricas manifestações de Junho de 2013 em nada têm a ver com as manifestações que ocorrem no início da Copa do Mundo de 2014. Um grupo de jovens, muitas deles orquestrados por iniciativas políticas, partidárias e empresariais, não queriam reivindicar nada, mas sim quebrar a cidade. Instalar um ar de terrorismo e de medo nas cidades-sede da Copa do Mundo.

Aos poucos, a própria Polícia tem conseguido conter os ânimos dos arruaceiros. Já os manifestantes ideológicos perceberam que a violência mais atrapalha a luta pela causa do que ajuda. Manifestação com baderna faz com que a sociedade não se interesse pela causa. E é justamente o objetivo de muito grupo político-empresarial: se o povo voltar às ruas mais politizado e unido, os mesmos caciques políticos vão ter uma dificuldade imensa de se reeleger.

Por isso, aplaudo esse pai que sabe que aquilo que o filho dele não era manifestação, era bagunça. São rebeldes sem causa que ainda não conseguiram entender que eles são peões no tabuleiro de xadrez da política. Consciente é esse pai que foi lá e não teve medo de revolta, nem nada. Ele lutou para abrir os olhos do filho dele que é um eleitor novo e que o voto dele em outubro pode fazer sim a diferença no final do ano.

Queria eu que existissem mais pais assim. Que não tem medo e que chamam para si a responsabilidade de educar os seus filhos diariamente, com bom exemplo dentro de casa e com amor. De que adianta um pai conversar com um filho sobre corrupção em Brasília-DF, por exemplo, mas ao mesmo tempo manter um “gato de TV a Cabo”, comprar produto pirata, não respeitar idosos, ofender homossexuais, negros e asiáticos, furar fila no supermercado e dar suborno para autoridades de trânsito para não ser multado? Tudo isso é corrupção.

Não é à toa que os pedagogos falam que a educação começa em casa. E não há maior amor do mundo do que um ser humano educar outro ser humano. Criar cidadãos corretos e responsáveis é uma das tarefas mais difíceis, porque de exemplo ruim o mundo atual está cheio. São poucos os bons exemplos. E é por isso que temos que lembrar deles. A maior revolução que podemos na sociedade fazer passa primeiro pelo amor e pela educação. E o primeiro lugar que encontramos isso é na família. Menos corrupção e mais educação.






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Jornalista


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