Café in Série – O Negócio une o mundo do marketing com o da prostituição
novembro 11, 2013
O preconceito com a “profissão mais
antiga do mundo” ainda é enorme. Mas, a prostituição sempre esteve presente nas
mais diferentes maneiras na nossa sociedade e para os mais variados fins.
Tentando desvendar este misterioso
mundo do "sexo fácil" voltado para classe
AAA de São Paulo, a série O Negócio,
da HBO, foi ousada e bastante criativa. A 1ª temporada com 13 episódios chegou
ao fim neste último domingo (10/11) e com um saldo para lá de positivo entre a
crítica e o público.
Não é a toa que a HBO, já encomendou
com os roteiristas Rodrigo Castilho e Luca Paiva Mello, e o diretor-geral
Michel Tikhomiroff, da produtora Mixer, a 2ª e a 3ª temporada do seriado, cuja
próxima leva de episódios inéditos só estreia em 2014. Abaixo, assista o teaser da série:
Pela primeira vez na TV, um programa
colocou três prostitutas como protagonistas, mas sem glamorizar demais, muito
menos mostrar o sexo à exaustão de forma gratuita, o que poderia ser um recurso
simples para chamar a atenção da audiência.
Em O Negócio, o protagonista mesmo são as técnicas de marketing utilizadas por Karin (Rafaela Mandelli), Luna
(Juliana Schalch) e Magali (Michelle Batista) na empresa Oceano Azul, e que poderiam ser usadas em qualquer outro
empreendimento.
No elenco masculino, os destaques são
para Gabriel Godoy, Guilherme Weber, Pedro Inoue, Johnnas Oliva, João Gabriel
Vasconcellos, além das participações especiais com as de ZéCarlos Machado e Juno
Andrade.
Impressões
Assistir a série O Negócio para mim era mais do que entretenimento, era uma
verdadeira aula de marketing. Quem gera ou já geriu um negócio baseado na
prestação de serviço sabe o quanto é complicado capitar e fidelizar clientes.
Muitas vezes, me identifiquei com a Karin
(Rafaela Mandelli), neste sentido de não deixar a peteca cair, nem se acomodar. De
estar sempre se reinventando diante das adversidades do mercado.
Bonita e bastante inteligente, Karin
resolveu romper com o seu booker (cafetão), o judeu Ariel, vivido pelo ator Guilherme
Weber, por achar que ele ficava com boa parte da grana que ela, literalmente,
suava para ganhar.
Foi aí que ela resolveu se auto
agenciar. O booker fez pouco caso e achou que ela não conseguiria, mas
conseguiu. Karin não só melhorou a situação das colegas que estavam na mesma
vida do que ela, como despertou a inveja de Ariel por fisgar como cliente os
melhores partidos de São Paulo.
Karin não só montou a Oceano Azul,
como conseguiu ao lado das amigas Luna (Juliana Schalch) e Magali (Michelle
Batista) se tornarem as garotas de
programa mais cobiçadas entre os ricos e executivos de sucesso da cidade, oferecendo produtos
exclusivos, regalias e dedicação.
Mas, como toda boa série, não poderia
faltar uma boa dose de drama. Karin se apaixonou pelo melhor amigo de infância, o advogado Augusto interpretado por João Gabriel Vasconcellos. Luna, após tentar dar o golpe para casar com um homem rico, resolveu assumir
que gostava mesmo do vigarista e pobre Oscar.
Sem contar ainda que Luna omite para
os pais que é garota de programa, vivendo uma dupla identidade. E Magali deixou
a fase de festinhas e perdição para dar um rumo na sua própria vida, começando
pela ideia de comprar um apartamento.
Na próxima temporada, as meninas da Oceano Azul vão ter que enfrentar uma
concorrente pirata que não só usurpou o nome da Karin, como também o cartão da
empresa dela. O que será que as meninas vão fazer para corrigir isso?
Outro gancho que eu, como fã da
série, acho que faltou apostar é da prostituição masculina, uma ramo que, com
toda certeza, a Karin não pode deixar de investir.
Como o objetivo da Karin era criar um
pé de meia para a aposentadoria, acredito que ela logo, logo, no decorrer da
temporada, irá deixar a prostituição para se tornar de vez somente empresária
do ramo do entretenimento, uma vez que é esse lado dela que está a cada
episódio se aflorando.
No final das contas, assistir a série
é um bom negócio. #recomendo
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2 comentários
Tô adorando essa série. É muito bom ver que conseguiram usar um pano de fundo como o sexo para criar algo inteligente, mostrando que é possível não ser limitado como muitas produções que não aprofundam discussões nem investem em conteúdo, só usam o sexo por audiência e fim.
ResponderExcluirUm tema diferente e essa é uma das vantagens desta série. Na primeira temporada, elas colocaram em prática as diversas estratégias que aprenderam e, com isso, não só ganharam espaço no mercado como criaram uma marca de luxo: Oceano Azul. Na segunda, o sucesso da empresa e das garotas começa a incomodar e a despertaro interesse da concorrência. Assim, elas terão que brigar para defender seu negócio. A HBO Latin America confirmou a terceira temporada de O Negócio, Ela mostra-nos novamente o que será o fim? Falando em 24 de abril é a liberação para aqueles que estão interessados.
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