BH tem exposições de Portinari, Revista O Cruzeiro, Escher e Fernando Sabino. Você já viu?

outubro 28, 2013


Não me recordo de um momento com tanta exposição bacana em Belo Horizonte ao mesmo tempo. Ultimamente, a capital mineira tem tido uma vida cultural intensa. Mas, em todo caso, cabe ressaltar que a nossa querida BH vive um momento muito legal de exposições.

Na mesma temporada temos as exposições de Portinari, Revista O Cruzeiro, Escher e Fernando Sabino. Sensacional! E o mais interessante é que as três primeiras são na mesma avenida, a av. Afonso Pena, bem no centro da cidade.

Ainda não tinha me ligado nesta coincidência, até que tirei a quinta e a sexta-feira (24 e 25/10)  da semana passada para levar a minha mãe e a minha sobrinha nestas exposições. Eu só não tinha ido na do Sabino ainda, mas as outras já tinha ido anteriormente.

E ver algumas exposições de novo foi tão legal, quanto da primeira vez, porque a gente acaba percebendo uma obra – ou uma tela, que não conseguiu ver antes, ou ainda descobre um novo olhar, uma nova opinião diferente da sua.

O roteiro é extenso e exige sola de sapato e mente aberta. Como a do Fernando Sabino é a maior de todas, eu sugiro um dia só para ele. E é bom porque você ainda tem o prazer de desfrutar da Praça da Liberdade, que na minha opinião é um dos lugares mais bonitos de BH. Para quem esta de férias ou não sabe o que fazer no seu momento de lazer, ir nestas exposições pode ser uma boa alternativa, principalmente porque todas são gratuitas.

Se você não tem tempo no decorrer da semana, que tal tirar alguns minutos da sua hora do almoço? Ou ainda, para quem sai no final da tarde do trabalho pode ser uma opção ir até nestas exposições uma em cada dia da semana? São alternativas.

Não tem melhor investimento pessoal do que investir em educação e em cultura. Aprender não ocupa espaço e faz sim diferença nas nossas vidas. Resolvi publicar este post no início da semana para dar tempo de você se programar e decidir em qual vai primeiro. Então, se você é de BH não deixe de perder estas mostras!

Enquanto você se decide em qual destas exposições vai primeiro, preparei um roteiro básico de onde você pode começar. Deixo bem claro que é a minha sugestão e que cada um fique a vontade para montar a sua “grade cultural”, afinal, como na matemática, a ordem dos fatores não altera o produto.

Emoção

No coração da Praça 7, temos a reinauguração em grande estilo do Cine Theatro Brasil. Depois de 15 anos fechado, o espaço volta totalmente reformado e preocupado em resgatar a beleza e os detalhes arquitetônicos e artísticos do edifício.

Uma belezura! E ainda traz de presente para a população a última temporada de exposição no Brasil das telas “Guerra e Paz”, de Cândido Portinari. A exposição vai até o dia 24 de novembro e o público pode entrar na exposição acontece de uma em uma hora. Se você perder esta exposição aqui em BH, agora só em Nova York, nos Estados Unidos, na sede da ONU.

O visitante verá não só a beleza das telas de Portinari, como poderá acompanhar em galerias os bastidores e homenagens ao pintor, além de poder assistir um documentário sobre o trabalho de restauração e composição da exposição “Guerra e Paz”. É emocionante!

Ao sair do Cine Theatro Brasil, questões de poucos metros, você pode ir para outra exposição também gratuita. Mas desta vez, o convite é para os amantes da fotografia, principalmente para quem curte fotos artísticas [e históricas] em preto e branco.

Trata-se da mostra “As origens do fotojornalismo no Brasil: um olhar sobre O Cruzeiro (1940 – 1960)”, que acontece até o dia 17 de novembro, em BH, no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, localizado na rua Afonso Pena, 737. A exposição acontece de terça-feira a sábado, das 9h30 às 21h; domingo, das 16h às 21h. A entrada é gratuita.

Se você tiver animado e quiser andar mais um pouquinho pela avenida Afonso Pena, pode ir até o Palácio das Artes para conferir a exposição “A Magia de Escher”, até o dia 17 de novembro. A mostra conta 85 obras de Maurits Cornelis Escher (1898-1972), entre gravuras originais, desenhos e fac-símiles, pertencentes à coleção da Fundação Escher, na Holanda, terra natal do artista.

Para a exposição foram recriadas instalações que permitem interação total com o espectador, numa mistura de efeitos especiais e ilusões de ótica. Ao visitar o local, é muito comum ver pessoas tirando fotos e tentando entender os desafios propostos nas imagens de Escher.

E, para finalizar o tour cultural, que tal ir até a Praça da Liberdade, mais precisamente ao Circuito Cultural Praça da Liberdade, para conferir a exposição “Fernando Sabino: 90 anos"? A mostra acontece em sete espaços diferentes do circuito. É a primeira vez que uma exposição sobre sua obra e trabalho acontece em rede, em diversos espaços ao mesmo tempo.

O ponto de partida da exposição começa no Centro Cultural Banco do Brasil e depois vai para a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. Depois passa para o Espaço do Conhecimento UFMG, o Memorial Minas Gerais Vale, o Centro de Arte Popular Cemig, o Museu de Minas e do Metal, o Museu Mineiro e, inclusive, conta com uma intervenção com um vagão cultural colocado bem no centro da Praça da Liberdade. É uma aula a céu aberto!

Cada espaço cultural fica um do lado do outro, nas margens da Praça. Por isso, acredito que o melhor é tirar um dia só para ficar por conta desta exposição que é linda e muito bem feita, e ainda você tem a oportunidade de passear pela Praça da Liberdade que, repito, é o lugar mais bonito de Belo Horizonte.

Gostou das dicas? Vale muito a pena conferir e se deliciar com tantas exposições. É de graça, aproveite. Programa-se!




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Jornalista

MAIS CAFÉ, POR FAVOR!

3 comentários

  1. Maria de Fátima da Silva Pimenta2 de nov. de 2013, 10:42:00

    Wander, que lindo o seu roteiro cultural de exposições em BH. Nunca li nada parecido. Você escreve com amor e com prazer...dá vontade de ir hoje mesmo aos museus.

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  2. João Virgílio de Souza2 de nov. de 2013, 10:43:00

    Das exposições que você citou só fui na do Portinari. Realmente, é uma das obras mais bonitas que já vi na minha vida. Valeu cada minuto de passeio.

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  3. Já fui em BH algumas vezes e não sabia que envolta da Praça da Liberdade tinha um circuito de museus. Que chique! Dá próxima ver que for à capital mineira quero conhecer.

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