As manifestações nas ruas podem interferir nas eleições de 2014?

agosto 16, 2013

Tela "Operários", de Tarsila do Amaral. Foto: Reprodução.


Será que as manifestações nas ruas podem interferir nas eleições de 2014? Muitos analistas já estão fazendo essa pergunta, principalmente quem está envolvido com campanha eleitoral. Até porque em algumas cidades, as manifestações não pararam. Só ganharam um alinhamento mais específico.

Em Belo Horizonte, por exemplo, foi a questão da transparência das tabelas de custos e de lucro do transporte coletivo que rendeu ocupações na Prefeitura e na Câmara Municipal. Nesta semana mesmo, na quarta-feira (14/08), houve manifestação dos policiais civis na Praça 7 e pouco se falou disso na mídia tradicional.

Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília-DF, Salvador, enfim várias cidades ainda estão com pontos de manifestações. Muitas vezes, a gente só fica sabendo que o “coro não se calou” pelos blogs e redes sociais, porque a grande imprensa só noticia as manifestações que envolvem tumulto e quebradeira. Aquelas em que se há um enfoque político são quase sempre esquecidas – ou omitidas. Nesse sentido, a internet tem sido mais dinâmica e plural.

Mas, voltando a falar de eleições, tem muita água para passar debaixo da ponte. Tudo pode mudar até o final do primeiro semestre de 2014. Possível candidata a reeleição, a presidente Dilma, do PT, teve uma queda acentuada de popularidade. Enquanto isso, o PSDB está rachado internamente. Sabe-se que Aécio Neves será presidenciável e eles estão tentando administrar uma possível saída de José Serra.

Marina Silva tem a simpatia de uma parte significativa do eleitorado, mas ainda não se estabeleceu politicamente com o seu novo partido, a Rede. Eduardo Campos, do PSB, vem comendo pelas beiradas e quer se colocar como candidato representando o nordeste. Pesa a boa popularidade e o investimento pesado de empresários ligados ao partido.
Dilma Rousseff, Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva são os possíveis
presidenciáveis para as eleições de 2014 no Brasil. Foto: Reprodução.

A praticamente um ano da eleição pouca coisa está definida. Pouca mesmo. E isso é surpreendente. Nas esferas estaduais, os partidos nem se preocuparam em fazer um próximo governador, de fazer uma agenda positiva para esse possível candidato. Se o público não sabe em quem votar, os partidos não sabem quem vai se candidatar.

No meio disso tudo, o interessante é que, depois da onda de manifestações de junho e julho, muito político ainda não aprendeu que é preciso ouvir mais o povo e dar menos canetada. Está todo mundo no mesmo buraco. Não tem um melhor, nem pior. Os partidos estão desacreditados.

As manifestações deram certa pressão, mas ainda precisam gerar uma onda mais significativa para que a Reforma Política aconteça de modo horizontal e democrático, passando inclusive por uma reforma no legislativo. Será que é necessário mesmo ter tantos vereadores, deputados e senadores?

Navegando pela internet, achei um comentário muito bacana do jornalista político Bob Fernandes, no Jornal da Gazeta, sobre esse momento de fragilidade partidária. Vale a pena assistir e pensar sobre o assunto. Qual será o rumo político do Brasil nas eleições de 2014, uma vez que todos os partidos estão envolvidos com escândalos, propinas e corrupção? Você vai votar em quem ou no que? Confira:







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Jornalista

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