Cine Café – Filme Minha Mãe é uma Peça brinca com o relacionamento familiar

julho 21, 2013


Dona de casa, mãe super protetora, hiperativa, histérica e muito, mas muito debochada. Esta é a Dona Hermínia, personagem criada pelo ator Paulo Gustavo, mas que se encaixa perfeitamente em muitas mães espalhadas pelo mundo a fora.

De personagem de sucesso no Teatro e na TV Paga, Dona Hermínia foi para as telonas. Em Minha Mãe é uma Peça – O Filme, Paulo Gustavo faz uma homenagem a sua própria mãe e se consagra como um dos grandes nomes do humor brasileiro atual.

Caricata e dona de uma personalidade forte, Dona Hermínia é uma verdadeira metralhadora de verdades. Do mesmo jeito que fala na cara da filha que ela está muito acima do peso e não quer assumir a homossexualidade do filho caçula, trata mal a nora (esposa do filho mais velho), detesta a nova esposa do marido e sempre desmaia quando é contrariada.

O filme conta a história de uma senhora de meia idade, divorciada e que se dedicou a vida inteira aos três filhos. Após ouvir pelo telefone que os filhos estão cansados da super proteção da mãe, Dona Hermínia (Paulo Gustavo) resolve sair de casa e repensar a vida. 

É a partir daí que ela começa a ver como a vida foi caminhando para que as coisas acontecessem dessa maneira não só na sua própria, mas na vida da sua Tia Zélia (Suely Franco) e da irmã Iesa (Alexandra Richter). Apesar das inúmeras esquetes engraças que se alternam entre o flashback e a narrativa presente, o filme é uma história muito divertida sobre relação familiar. Assista o trailer:


Com mais de três milhões de espectadores em um mês de exibição nos cinemas, Minha Mãe é uma Peça – O Filme já se consagrou como a segunda maior bilheteria nacional do ano e até ganhou elogios na coluna de Caetano Veloso, no jornal O Globo.

Com direção de André Pellenz, o filme é uma adaptação da peça homônima que consagrou Paulo Gustavo no teatro e que ele brilhantemente levou para o programa 220 Wolts, do canal Multishow.

No elenco, nomes como Ingrid Guimarães, Mônica Martelli, Herson Capri, Alexandra Richter, Samantha Schmutz, Sueli Franco, Rodrigo Pandolfo, Mariana Xavier, entre outros.

Em poucos minutos de filme, o público esquece com facilidade que é um homem vestido de mulher, mas sim uma mãe que ama mais os filhos do que a si mesma. Abaixo, veja como foi o processo de caracterização de Paulo Gustavo:



Talvez, pelo fato do público saber do talento de Paulo Gustavo e sua vasta pluralidade de facetas, esperava-se que no filme outros personagens do comediante pudessem dar a cara, nem que se fosse em pequenas participações.

Isso poderia dar uma suavizada em Dona Hermínia, personagem principal que carrega o filme praticamente nas costas, mas não pelo fato do elenco destonar, mas porque o roteiro em si gira demasiadamente em torno da matrona – o que não deixa de ser um recurso utilizado para fazer com que a história fosse humanizada ao máximo.

O que diferencia o filme das outras comédias nacionais que estrearam no primeiro semestre deste ano é o tom reflexivo de Dona Hermínia, uma vez que muitas mães passam por esses mesmos questionamentos: os filhos já estão criados, o que será da vida?

Dona Hermínia mostra que é possível dar uma guinada na vida e que a gente tem que aceitar os filhos como eles são. E os filhos também devem aceitar a mãe com os seus erros e qualidades...até porque viver em família é isso: aceitar e perdoar.




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Jornalista

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4 comentários

  1. Assisti o filme e chorei de rir. Lembra muito a minha mãe. Já sou casada, tenho filhos e até hoje quando saio tarde ela me manda levar um casaco e ligar quando chegar. Coisa de mãe mesmo.

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  2. Francisco Bertoletta21 de jul. de 2013, 18:07:00

    Assisti o filme semana passada junto com as minhas filhas. Rimos muito. Esse Paulo Gustavo é um achado no humor.

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  3. Wander, acabei de ler a sua crítica. Gostei demais! Concordo principalmente quando diz que rapidamente o público se esquece que é um homem vestido de mulher. Grande abraço, sempre acompanho seu blog, sempre ligado!

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  4. Adoro Paulo Gustavo, um dos poucos da nova geração que me faz rir. Esperava um pouquinho mais do longa, o De Pernas Pro Ar 2 é muito mais engraçado. Curioso que achei o Se Eu Fosse Você 2 também melhor que o primeiro.Capaz de pensar o mesmo sobre esse rs

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