Caso Eliza Samúdio – Julgamento do ex-goleiro Bruno e cia é marcado por estratégias
novembro 22, 2012
Bruno, Dayanne e Macarrão durante o julgamento no Fórum de Contagem, na Grande BH. Foto: Juliana Flister / Reuters. |
Desde segunda-feira (20/11), todos os
olhos estão voltados para o Fórum da cidade de Contagem, na Região Metropolitana
de Belo Horizonte. É que o ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes; o
ex-secretário dele, Luiz Henrique Romão, o Macarrão; o ex-policial civil, Marcos
Aparecido dos Santos, o Bola; a ex-esposa de Bruno, Dayanne Souza; e a
ex-namorada de Bruno, Fernanda Castro; estão sendo julgados pela morte da
modelo e ex-garota de programa paranaense, Eliza Samúdio – que teve um filho
com Bruno. O crime veio à tona em junho de 2010.
De advogados que questionaram o tempo
dado pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues – titular do Tribunal do Júri de Contagem, para fazer a Defesa às estratégias dúbias que
revelaram mentiras dos acusados, o julgamento acabou por ser desmembrado e se
mostra bem longe do fim. Artimanhas não faltam para confundir a opinião pública
e a imprensa sobre a culpa e a participação no crime de cada um dos suspeitos. Logo
no primeiro dia, o julgamento começou com cinco réus e foi reduzido para dois. Bola
foi excluído do júri para apresentar novos advogados após a desistência de dois
seus defensores, Ércio Quaresma e Zanone Oliveira.
Já no segundo dia de julgamento,
Bruno dispensou o advogado, Rui Pimenta de sua defesa e o advogado Francisco
Simim que culminou no desmembramento também do julgamento de Dayanne. No
terceiro dia, Simin passou o caso para o advogado Rodolfo da Silva, que pediu
um prazo para ler o processo. O novo julgamento foi adiado para o dia 4 de
março de 2013. Enquanto isso, mais dinheiro público é usado para montar toda a
infraestrutura que o tribunal precisa.
Além dos depoimentos das testemunhas
e da delegada Ana Maria Santos que acompanhou de perto as investigações, o
julgamento de quarta-feira (21/11) para quinta-feira (22/11) foi o mais tenso e
terminou por volta das 04h20 da madrugada. Finalmente, Luiz Henrique Romão – o Macarrão,
um dos envolvidos diretamente com o caso, afirmou que Elisa Samúdio foi morta –
o que põe fim às teses de que ela poderia ter fugido do país ou ainda estar viva
em outro lugar.
Imprensa na porta do Fórum de Contagem, na Grande BH, fazendo a cobertura do julgamento do ex-goleiro Bruno e cia. Foto: Carlos Eduardo Alvim / Reprodução via Facebook. |
Os detalhes desse crime bárbaro ainda
não foram totalmente elucidados, mas já é um começo. Nos bastidores, a suspeita
é de que Elisa teria sido morta não só pela insistência de querer uma pensão de
maior valor, mas porque ela sabia demais e, de alguma forma, poderia prejudicar
Bruno. Na porta do Fórum, vários veículos de comunicação acompanham de perto o
julgamento, seja com links ao vivo e flashs em tempo real na TV, Rádio e Web.
Há relatos de profissionais que passaram mais de 10 horas na cobertura ou que
estão revezando com outros colegas, conforma a diretriz da empresa de
comunicação em questão no qual trabalham.
Impressões
Agora é cada um por si. É essa a
impressão de que se tem quando os acusados são colocados contra a parede no
tribunal. Ninguém quer assumir a culpa pela morte de Elisa sozinho. Mas, ao que
parece, a amizade e a cumplicidade dos envolvidos que chamava a atenção pela
rede de mentiras e álibis que cada um tentou plantar, não vingou. Até agora, pelo
que se pôde acompanhar do processo, Bruno seria o mandante e Marcos Aparecido
dos Santos – o Bola, o assassino da vítima. É um arco que começa a se formar.
Se será desse jeito, só tempo dirá.
Julgamento do caso Eliza Samúdio realizado no Fórum de Contagem, na Grande BH. Foto: Vagner Antonio / TJMG. |
Macarrão – ao lado da ex-mulher e da
ex-namorada de Bruno tentaram, ao todo custo, sair pela tangente. Toda culpa
deve cair sobre Bola. No entanto, uma coisa precisa ser analisada: a
participação de Macarrão rende um plot à parte. Uma amizade de 18 anos, uma tatuagem que fala de amor eterno e um melhor amigo/funcionário capaz de fazer
tudo pelo amigo que se julga acima do bem e do mal. Bruno estava a poucos dias
de assinar um contrato milionário com um time de futebol estrangeiro e jogou
tudo por alto por conta de uma possível “queima de arquivo”. Triste.
Nas imagens feitas pelos colegas de
imprensa é possível notar que a expressão de Macarrão é de alguém decepcionado
que se cansou de dar tudo pelo amigo sem receber algo sincero em troca. Será
mesmo cada um por si ou mais uma estratégia? Será que o Plano B já está em
ação? Chama atenção essa elação de Bruno e Macarrão marcada pela subserviência
e pelo amor incondicional. Suposições não faltam. A cabeça do público que
acompanha o caso é fértil. E a cada dia mais um capítulo dessa novela é
apresentado pela imprensa. Qual será o desfecho?
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Jornalista
3 comentários
Essa semana só deu o julgamento do Bruno e dos demais comparsas na TV e nos demais noticiários. O bem da verdade é que a Globo Minas fez uma cobertura bem ética, sem cair para o apelo sensacionalista.
ResponderExcluirO Bruno jogou a vida dele no lixo por causa de uma pensão alimentícia para o filho dele com a Eliza. Credo! Tenho nojo de homem assim...tomara que apodreça na cadeia.
ResponderExcluirTrabalho perto do fórum de Contagem onde aconteceu esse julgamento....tava um tumulto danado, cheio de jornalistas. Contagem parou por conta disso....ainda bem que no final pelo menos houve dois julgamentos e condenações.
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