Pobres Mulheres Ricas no engodo de um reality show

janeiro 03, 2012

Foto: TV Band / Reprodução.



Milionárias, bem sucedidas, extravagantes e, no mínimo, excêntricas. Essas sãs algumas características das participantes do reality show Mulheres Ricas, que estreou nessa segunda-feira (02/12), às 22h20, na Band. No formato de docu-reality e produzido em parceria com a Eyeworks/Cuatro Cabezas, a atração mostra o dia-dia de Narciza Tamborindeguy, Val Marchiori, Débora Rodrigues, Lydia Sayeg e Brunete Fraccaroli. Para assistir o primeiro episódio, clique aqui.

Nas redes sociais, o programa foi um fenômeno de comentários no Facebook e no Twitter, inclusive ocupando várias tags no Trending Topics, principalmente às relacionadas a Val Marchiori. Mulheres Ricas, que entrou na grade da Band durante as férias do CQC, conseguiu manter a média da trupe de Marcelo Tas e companhia, faturando uma média de 4,8 pontos de audiência, com pico de 6 pontos e 8% de share, segundo o Ibope da Grande São Paulo.

Mais do que mostrar o cotidiano de mulheres milionárias, Mulheres Ricas mostrou logo de cara a futilidade de Val Marchiori, Lydia Sayeg e Brunete Fraccaroli, pintando-as como mulheres vazias, mimadas e sem nenhuma elegância. Débora é a mais pé no chão de todas e a única que não se deslumbrou com a liberdade proporcionada pelos milhões na conta bancária, apesar de ficar implícito que ela bate de frente com o marido. Já Narciza – uma das figuras mais conhecidas do grupo, foi ela mesma: alegre, sincera e divertidamente excêntrica.
Foto: TV Band / Divulgação.

No primeiro programa, a impressão que deu é que Val Marchiori parece ser uma deslumbrada com o fato de ter muito dinheiro e passar boa parte do dia com uma taça de champanhe na mão – quase um verdadeiro personagem de si mesma, totalmente caricata e fútil. Com uma história de vida de superação e que conseguiu entrar na hight society por méritos próprios do seu trabalho e do seu casamento, Val peca pelo exagero, sendo uma versão melhorada da Lady Kate, do Zorra Total. Tem dinheiro, mas não tem glamour.

Já a arquiteta Brunete Fraccaroli é outra figura que é, praticamente, um personagem de novela. Ela tem uma veneração doentia pela Barbie – e porque não dizer de si mesma. Lydia Sayeg, joalheira e empresária, aparenta ter uma rivalidade com a filha e um péssimo gosto para a escolha de roupas. Diferente de Val que passou a impressão de ficar por conta de frivolidades o dia inteiro, Brunete, Débora e Lydia trabalham e mantém pulso firme em relação às coisas que estão à sua volta. Narciza vive num mundo paralelo, no Rio de Janeiro, saboreando o melhor da vida na piscina do Copacabana Palace.

Ao ver o reality show, penso em como seria bacana se a edição tivesse ido mais para o lado da crítica, ao invés da badalação. Não é crime ter muito dinheiro, muito menos disposição para gastá-lo. Mas, a impressão que ficou é que muitas dessas mulheres dedicam tanto tempo à futilidade para esconder uma tristeza particular, numa espécie de fuga da solidão. Além disso, o programa corre o risco de se tornar um institucional sobre luxo, ao invés de focar nas histórias e nos conflitos. Pobres Mulheres Ricas no engodo de um reality show.



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Jornalista

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9 comentários

  1. Querido, dei uma pescada ontem nesse programa e pelo pouco que vi não gostei. Aquelas mulheres são muito fakes e futéis....gente rica de verdade valoriza o dinheiro que tem e, além disso, tem elegância, coisa que elas não tem. Beijos

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  2. Fiquei embasbacada com o programa. Primeiro a impressão que tive é que elas bebem demais e não sabem gastar o dinheiro que tem. Credo! santo mau gosto!!!!!

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  3. Não gostei desse reality show. Tinha tudo para ser bacana, mas o fato delas serem artificiais e extremamente fúteis estragou tudo.

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  4. Oi Wander! Não vi o programa, devo da uma olhadinha mais tarde aqui no blog. Bom, acho que pelo que você falou é um programa de futilidades sim e digo mais vai alcançar a audiência sonhada e tavez até mais por que o povão gosta de sonhar com a "boa" vida que essa gente leva. É esperar pra ver. Eu não tenho muita paciência pra esse tipo de programa por que acho que a vida é muito dura e isso não ajuda as pessoas a crescer e a lutar para mudar sua relaidade. Mas... paciência.

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  5. Wander, juro que tentei assistir o programa aqui pelo site, até comecei mas amigo é poder demais. Num país de famintos e miseraveis não da pra ouvir alguém dizer que quer comprar um avião novo e se sente comprando uma blusa nova. Eu não aguento desculpa. Estômago fraco mesmo.
    O que essa gente tem na cabeça???

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  6. Oi Jorge! Elas não podem agir de forma diferente por que é isso que elas são: Vazias, fúteis e alienadas.

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  7. É hipocrisia dizer que não gostaria de ter uma vida dessas, um patrimônio sem fim.
    Mas, embora pareça que o foco do programa pareça "Olhem pobres o que vocês nunca terão", o que o reality está demonstrando, a verdade, é a velha máxima DINHEIRO NÃO É TUDO.
    O que vejo ali são mulheres fúteis, vazias e solitárias.
    As que se destacam são a Narcisa, que ao menos é autêntica (esacandalosa e escrachada, eu diria) e Débora que preocupa-se com o futuro do filho e com o andamento dos negócios.
    Isso ainda vai dar o que falar.

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  8. Isso é algo de mais lixo que já apareceu na TV. Ô mundo cão...

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  9. Assisti ao reality show mais por curiosidade e achei uma porcaria.
    Abraços.

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