#Gastronomia: Festiva Baderna traz a taioba como protagonista de pratos típicos da culinária mineira

dezembro 15, 2022


De 15 a 17 de dezembro, o Festival Baderna – edição Cozinha e Conta: Taioba - apresenta a culinária mineira por meio de pratos preparados com muito carinho e afeto, tendo como ingrediente principal a taioba

Em formato digital, o evento é realizado 100% por mulheres mineiras, uma forma de fomentar a participação e importância feminina na produção gastronômica do nosso Estado. Ainda, o evento vai celebrar a cidade de Belo Horizonte (MG) e a importância da hortaliça para a nossa culinária. Abaixo, assista ao primeiro vídeo do Festival:

A taioba – nome de origem Tupi, é uma planta comestível que nasceu nas Américas Tropicais. A hortaliça é muito apreciada pelos mineiros, além de ser um dos símbolos da nossa gastronomia. Cultivada nos quintais, jardins e hortas confere identidade há muitos pratos elaborados na cozinha mineira.

Para o evento, foram convidadas quatro cozinheiras para ensinar uma receita de um prato com taioba. Cada uma delas vai representar uma região de Belo Horizonte reconhecidamente importante para o turismo: Pampulha, Santa Tereza, Mangabeiras e Circuito Liberdade. São elas: Mariana Gontijo, Anna Carla Loureiro, Elisangela Silva (Iaiá) e Maria Marta (Martinha).

Além disso, o Festival Baderna também conta com a participação de Carolina Ministério, pesquisadora, professora, mediadora e produtora cultural, historiadora da Casa Fiat de Cultura, que vai falar sobre a taioba. Ela pesquisou sobre a hortaliça como patrimônio imaterial da culinária mineira.

“Em 2021, idealizamos - Carolina Serdeira, Perla Horta, Renata Chamilet e eu -, o Festival Baderna, uma produção cultural realizada 100% por mulheres. No ano passado, pensamos em um formato diferente, que pudesse falar sobre a culinária mineira. Daí surgiu a ideia de trabalharmos com a Taioba, essa planta dos nossos quintais, com alto valor nutritivo, que é também substantivo feminino. Junto com a Taioba veio a vontade de homenagear a nossa BH, chamar as pessoas para ver como é linda a cidade. Pronto, juntamos tudo e nasceu o Festival Baderna, conta e cozinha: taioba”, explica Juliana Nogueira, uma das organizadoras do festival.

Os pratos e as cozinheiras

Mariana Gontijo vai apresentar o prato “Jardim de Taioba”, uma crepioca de taioba com ovo, linguiça artesanal e molho de pequi. Mariana é cozinheira, quitandeira, consultora de projetos gastronômicos e professora de gastronomia, com foco nos conceitos de cultura alimentar, comércio justo, socio biodiversidade, agricultura familiar e agroecologia

É membro do movimento Slow Food Internacional e ativista pelo protagonismo e valorização feminina na cozinha. É também criadora e chef do Restaurante Roça Grande e idealizadora d'O TACHO – Centro de Cultura Alimentar. Ela representa o Circuito Liberdade.

Anna Carla Loureiro vai mostrar um “Badejo com camarões grelhados na manteiga, purê de batata doce roxa e pesto de taioba”. Nasceu no Rio de Janeiro, formou-se em Jornalismo pela UFMG e atuou como produtora executiva na área fonográfica por vinte e cinco anos. Depois, migrou para a Gastronomia graduando-se em 2007. De lá para cá, trabalha como chef de cozinha no seu próprio buffet: Anna Loureiro Gastronomia. Ela representa o Mangabeiras.
Maria Marta vai ensinar a receita de uma “Galinhada com Taioba”. Ela, mulher negra, mãe, é cozinheira nascida em Bocaiúva. Seu primeiro emprego foi em um bar no bairro Esplanada, onde teve o primeiro contato com a cozinha e, depois disso, não largou mais. 

Logo, mudou-se para o bairro de Santa Tereza e começou a trabalhar no Bar Bocaiúva, onde permaneceu nos últimos 22 anos. Muito curiosa, sempre procurou fazer cursos na área para ir criando seu próprio tempero. Ela representa o bairro de Santa Teresa.

A Elisangela Silva, conhecida como Iaiá, vai ensinar a fazer uma “Trouxinha de Taioba com Ragu de cordeiro”. Ela chegou a BH com 16 anos, quando começou a trabalhar como babá na casa do médico chamado José Artur. 

Depois, quando as meninas cresceram, ela foi se envolvendo mais com a cozinha, tendo mais curiosidade e, o José Arthur percebendo isso, começou a lhe ensinar os truques da cozinha. “Tudo que eu faço, gosto de fazer com muito amor, porque sem ele, nada existe”, comenta. Representa a região da Pampulha.

O Festival 

Composto 100% por mulheres, o Festival Baderna teve sua estreia em junho de 2020, com recursos da LAB. Recebeu este nome em homenagem à bailarina italiana Marieta Baderna, que mudou para o Brasil, no século XIX, revolucionando a cultura quando levou para o teatro a mistura da dança clássica com a dos negros brasileiros

O apoio é do Fundo Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. Pensado como um lugar de escuta e acolhimento, o Festival Baderna traz a cumplicidade feminina para a ação coletiva de fazer cultura.

Programação 

Os vídeos serão divulgados no canal do Festival Baderna no YouTube:

15/12: Quinta, 17h - Abertura do Festival com palestra da Carolina Ministério        16/12: Sexta, 10h: Receita da Mariana Gontijo; 17h: Receita da Maria Marta
17/12: Sábado: 10h: Receita da Ana Carla; 17h: Receita da Elisangela (Iaiá)




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Jornalista

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