#CaféIndica: Filme A Escavação nos faz refletir sobre arqueologia e as implicações do apagamento histórico
fevereiro 18, 2021Crédito: Netflix / Reprodução. |
Por Sílvia Amâncio*
Hoje (18/02) é dia de #CaféIndica. Eu sou @silvia.amancio e toda quinta-feira vou trazer uma #dica diferente para você aqui no @cafecnoticias. Pode ser um filme, uma série, um livro, um e-book, um podcast, um canal no Youtube, um ou mais perfis nas redes sociais, etc. Fique ligado! Na estreia, vou indicar uma obra da sétima arte. Então, que tal assistir um filme sobre arqueologia e apagamento histórico?
A indicação desta semana é o filme A Escavação, em cartaz na #Netflix. O longa lançado neste ano é protagonizado por Carey Mulligan e Ralph Fiennes e conta a história verídica de uma rica e debilitada viúva inglesa e de um escavador de relíquias em 1939 (às vésperas da 2ª Guerra Mundial) em Suffolk, na Inglaterra.
Sempre curiosa sobre a história de civilizações antigas, Edith Pretty descobre em sua propriedade montes de terras que se diferenciam do restante do solo e contrata Basil Brown para escavar e, quem sabe, descobrir um tesouro. Basil não tem formação universitária como arqueólogo, mas aprendeu as técnicas de escavação com seu avô e pai e se dedicou a esse ofício por toda sua vida.
Os primeiros dias de trabalho naquele empreendimento são marcados por desânimo, um grave soterramento e um discreto flerte entre Edith e Basil, que seguem solitários em suas vidas, cada um a seu modo. Em pouco tempo, indícios de que aquele amontoado de terra tem valor começam a aparecer. Pequenos pedaços de carvalho, cerâmica, metal e até ouro aparecem na medida em que a escavação avançava.
A relíquia foi enviada para o Museu Britânico, que as expôs para o público somente em 1950, mas nunca citou o nome de Edith (como proprietária das terras) e de Basil (como o descobridor). Recentemente, o Museu incluiu nos registros da exposição seus nomes, dando visibilidade e a devida importância de Basil Brown para o descobrimento do “Tutancâmon britânico”.
A Escavação é um presente para os amantes de história e um relato empolgante sobre os vestígios do ser humano por esse planeta. Ficam as palavras de Basil, que faleceu em 1977 sem nenhum reconhecimento: “Desde a primeira marca de mão na parede de uma caverna, somos parte de algo contínuo”. Fica aí nossa dica e a certeza que os achados arqueológicos são provas da continuidade e persistência da raça humana em continuar a contar sua história. Abaixo, assista ao trailer do filme:
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*Perfil: Sílvia Amâncio é jornalista, entusiasta da Sétima Arte e fã de paçoca. Especializada em Comunicação e Saúde, costuma escrever sobre cinema, literatura, direitos humanos e um tanto de outras coisas, sempre levando para o lado latino-americano, socialista e com recorte de gênero.
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Jornalista
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