#Crônica: Por que a ansiedade nos desperta tanta expectativa em relação ao futuro?

janeiro 01, 2021

Crédito: iStock / Reprodução. 

Apresentar um novo projeto no trabalho, fazer uma prova decisiva na escola ou esperar pelo resultado de um exame de saúde. Tudo isso são exemplos de como alguns momentos decisivos nas nossas vidas podem gerar #ansiedade. Em algumas pessoas, essa sensação de “borboletas no estômago” é passageira. Em outras, ela provoca medo, nervosismo, preocupação e insegurança, despertando uma série de gatilhos emocionais.

A ansiedade é um problema relacionado a saúde mental. Não é só uma característica pessoal. É algo muito grave e que pode afetar a nossa saúde física e emocional. Em 2020, vivemos a pandemia do #NovoCoronavírus. Tivemos que nos adaptar a uma série de mudanças: a máscara e o álcool gel passaram a ser mais presentes no nosso cotidiano. Aprendemos o quanto é importante lavar as mãos mais de uma vez por dia. Praticamos o isolamento e o distanciamento social.

Aprendemos a nos reinventar. Passamos por mudanças de comportamento. Veio o #NovoNormal. Mas, nem para todo mundo essas mudanças foram fáceis. Muitas pessoas tiveram que aprender a trabalhar de casa, em home office. Deixamos de ver com a frequência que gostaríamos os nossos idosos queridos. Paramos de fazer festa e eventos, de nos aglomerar. Vieram as Lives. Muitas pessoas tiveram que aprender a ficar sozinhas e a se comunicar por videochamadas.

Foram tantas mudanças que teve gente que não se adaptou totalmente. Já outras passaram por situações de estresse: medo de perder o emprego, de não dar conta do volume de trabalho ou de ter que sair para trabalhar todos os dias e ter medo de levar a COVID-19 para o seu núcleo familiar mais próximo. Ou ainda, pessoas que passaram a viver sozinhas, sem contato com outro humano. Perdemos o abraço, o aperto de mão e o beijo no rosto. E isso doeu muito.

Por isso, creio que todos nós, em algum grau, passamos por uma crise de ansiedade, somado ao cansaço das muitas horas de trabalho e da insegurança da #Pandemia. Eu mesmo fui vítima da ansiedade. Em um determinado momento, me vi cansado e inseguro com o meu próprio trabalho. Algo que eu amo fazer e dedico boa parte do meu tempo a leituras e estudos.

O corpo da gente dá sinais. O que me ajudou foram a terapia e medicamentos. Também consegui tirar férias e pude arejar a minha cabeça e perceber que alguns monstros e fantasmas foram frutos da minha ansiedade, da minha exagerada expectativa com o futuro. Outra coisa que me ajudou muito foi a meditação. Não sei se necessariamente posso chamar de meditação, mas foi a palavra mais próxima que me veio à mente.

Ao acordar e antes de dormir, eu fico em silêncio por alguns minutos escutando mantras que trazem os sons da natureza: barulho de chuva, de folhas, de cantos de pássaros, de cursos de água na floresta, das ondas do mar na praia. E isso tem me feito muito bem. 

Somado a isso, também passei a fazer uso de óleos essenciais que me acalmam, como o de cipreste, o de laranja da terra ou o de lavanda. Em uma situação de gatilho de ansiedade, o óleo me acalma e faz perceber que sim, eu sou capaz de fazer, de criar e de realizar qualquer coisa.

Mas, por que a ansiedade nos desperta tanta expectativa em relação ao futuro? Porque queremos respostas. Somos imediatistas. A tecnologia nos cobra a todo momento respostas rápidas. Tomadas de decisões imediatas. Temos pouco tempo para pensar e planejar qual seria a melhor ação para determinada tarefa. 

E isso não é nada bom para a nossa saúde mental. Temos que aprender a falar não para algumas coisas e respeitar os nossos limites. 2020 foi um ano em que passamos a valorizar mais a saúde mental. Talvez seja esse o maior aprendizado para 2021: precisamos cuidar mais de nós mesmos

Então, que tal tirar um tempo do dia para você? Comece o ano de forma diferente.




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Jornalista

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