#CaféInSérie: Hebe, série biográfica vai mostrar a trajetória de uma mulher à frente de seu tempo

julho 21, 2020

A atriz Andrea Betrão toda montada de "Hebe", durante as gravações do filme/série nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro (RJ). Crédito: Fábio Rocha / TV Globo / Reprodução.  

Uma trajetória que uniu coragem, força de vontade e carisma. Sem medo de dizer o que pensava e de correr atrás de seus sonhos, Hebe Camargo conquistou seu espaço e tornou-se um dos símbolos da televisão brasileira. Essa é a história que o público vai conferir a partir do próximo dia 30 de julho, às 22h30, na TV Globo.

Com dez episódios, a série Hebe vai ao ar semanalmente na televisão e foi derivada do filme que pode ser conferido na íntegra no Globoplay. A produção é criada e escrita por Carolina Kotscho. A direção artística é de Maurício Farias e direção de Maria Clara Abreu. 

Dona de um posicionamento atemporal, Hebe Camargo tinha voz ativa e não se calou até o final de sua vida. A palavra tabu era algo que não fazia parte de seu vocabulário. Hebe lutava pelo direito de se posicionar sobre tudo aquilo que acreditava ser importante discutir: aborto, gênero, mães solteiras, dentre outros assuntos, na época, considerados inapropriados. Liberdade de expressão era lei. Também por isso, a escolha de se mostrar aos telespectadores sem censura, recusando-se a fazer programas gravados.

Muitas passagens na trama trazem à tona este lado da artista, como a necessidade de se impor para ser respeitada dentro dos ambientes profissionais, além dos embates constantes que precisava ter mesmo dentro de casa, com os maridos, na tentativa de passar por cima de ciúmes excessivos e de posturas machistas e agressivas. Na série, se revezam na interpretação da apresentadora as atrizes Valentina Herzage, no período de 1943 a 1954, e Andréa Beltrão, entre 1965 a 2012.

"Hebe foi uma mulher muito exuberante, solar, e ao mesmo tempo insegura demais. Avançada e também conservadora. O que mais me chamou a atenção foram as contradições, as ambiguidades. Para a série, vi milhares de horas de vídeos, quilômetros de fotos, ouvi centenas de vezes as mesmas músicas. Fiz muita aula de prosódia com a professora Íris Gomes da Costa, muita aula de canto com a cantora e arranjadora Cris Delanno, e muita aula preparação corporal com a bailarina e coreógrafa Marina Salomon. Estudei sem parar", contou Andréa Beltrão. 

Coragem

Para a atriz Valentina Herzage os momentos mais marcantes da sua parceria e troca com Andrea Beltrão nos bastidores de gravações da série."Muitas coisas pegaram para mim, mas uma das mais difíceis foi o sotaque, que era muito desafiador. Eu tinha poucas referências da Hebe jovem, e eu tinha que trabalhar a fala e a musicalidade. Eu acho que fazer a fase jovem é muito legal porque eu me identifico muito com a curiosidade que ela tinha das coisas. Acho que nunca me diverti tanto em um trabalho quanto nesse", afirma Valentina Herzage. 
As atrizes Andrea Betrão e Valentina Herzage vivem Hebe em épocas diferentes na série. Crédito: Fábio Rocha / TV Globo / Reprodução.  
"Eu me apaixonei por ela, pela coragem de ser quem era. Foi muito difícil interpreta-la, mas me senti muito apoiada pela equipe de criação e tudo foi levado para que a gente chagasse a um lugar de interpretação e releitura livre dessa mulher. E juntos conseguimos. Esse trabalho teve essa alegria de conseguir construir uma mulher que era mãe, era filha, era careta e queria ser livre", disse a atriz.

Personagem central na vida de Hebe, Lélio Ravagnani, seu segundo marido, é interpretado na série por Marco Ricca. O ator falou do trabalho ao lado de Andrea Betrão e elogia a parceria com a colega em cena. "Eu sou paulista, eu conhecia a Hebe. E se a gente vai fazer um personagem que já existiu a gente tem que achar uma pessoa com a energia dessa personagem. A Andreia chegou nesse lugar com a Hebe. Nosso trabalho é feito de encontro afetivos e com esse casal (Maurício e Andrea) eu tenho essa facilidade. Nós nos divertimos muito, com todos os trabalhos que a gente fez", revela o ator.

História

A diretora Maria Clara Abreu ressalta a importância da figura de Hebe. "Eu sinto que estamos falando de uma alma e um percurso feminino, caminhando com todas as questões do que é ser mulher", diz o diretor artístico da obra, Maurício Farias falou do trabalho e da alegria em ver a série chegar à TV aberta. 

Carolina Kotscho, autora da série Hebe, reforçou o sentimento de Maurício sobre a chegada da série à TV e comenta sobre a pesquisa que fez. "Se a Hebe estivesse viva me contando a história dela ela, ia me contar uma edição, um resumo de tudo. Mas na pesquisa, pelas entrevistas que ela deu ao longo da vida, eu a tinha em cada explosão. E o que foi sendo marcante para mim foi determinando a narrativa. Eu fiquei muito emocionada com o resultado".

Na série, se revezam na interpretação da apresentadora Valentina Herzage, no período de 1943 a 1954, e Andréa Beltrão, entre 1965 a 2012. As atrizes analisaram a figura de Hebe e falaram das referências para interpretá-la. 
A apresentadora Hebe Camargo em seu camarim, antes de entrar ao vivo em seu programa no SBT. Crédito: UOL / Reprodução. 
"Muitas coisas pegaram para mim, mas uma das mais difíceis foi o sotaque, que era muito desafiador. Eu tinha poucas referências da Hebe jovem, e eu tinha que trabalhar a fala e a musicalidade. Eu acho que fazer a fase jovem é muito legal porque eu me identifico muito com a curiosidade que ela tinha das coisas. Acho que nunca me diverti tanto em um trabalho quanto nesse", afirma Valentina. Já Andrea contou que assistia aos programas de Hebe com a avó, mas que só conheceu a história dela quando leu o roteiro. 

"Eu me apaixonei por ela, pela coragem de ser quem era. Foi muito difícil interpreta-la, mas me senti muito apoiada pela equipe de criação e tudo foi levado para que a gente chagasse a um lugar de interpretação e releitura livre dessa mulher. E juntos conseguimos. Esse trabalho teve essa alegria de conseguir construir uma mulher que era mãe, era filha, era careta e queria ser livre", disse a atriz.

Personagem central na vida de Hebe, Lélio Ravagnani, seu segundo marido, é interpretado na série por Marco Ricca. O ator falou do trabalho ao lado de Andrea Betrão e elogia a parceria com a colega em cena. 

"Eu sou paulista, eu conhecia a Hebe. E se a gente vai fazer um personagem que já existiu a gente tem que achar uma pessoa com a energia dessa personagem. A Andreia chegou nesse lugar com a Hebe. Nosso trabalho é feito de encontro afetivos e com esse casal (Maurício e Andrea) eu tenho essa facilidade. Nós nos divertimos muito, com todos os trabalhos que a gente fez", explica Ricca.




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