#CaféFolia: Em tempos de reconstrução da cidade, quem paga a conta pelo Carnaval de Belo Horizonte?

fevereiro 02, 2020

"Queima Largada" é o primeiro bloco de Carnaval a desfilar pelas ruas de Belo Horizonte em 2020. Crédito: Ramon Bittencourt / O Tempo / Reprodução. 

Com as fortes chuvas que devastaram Belo Horizonte e região metropolitana nas últimas semanas, começou a circular na internet um movimento pedindo para que o prefeito Alexandre Kalil (PSD) cancele a festa e invista o dinheiro na recuperação da cidade. Em entrevista coletiva, Kalil explicou que a administração municipal tem recursos assegurados para esse trabalho e que esta ação não interfere no carnaval.

“Estamos limpando o estrago e só poderemos começar a reconstrução da cidade na seca”, disse. Ele destacou ainda que espera que a cidade esteja "parcialmente" ou "muito bem" recuperada até o início da folia que acontece no final de fevereiro. “O dinheiro da realização do Carnaval não vem dos cofres públicos. Aqui não tem ninguém irresponsável. Nós temos responsabilidade".

Se não vem dos cofres públicos, quem paga a conta pelo @carnavaldebh? Por incrível que pareça, a festa é toda viabilizada pelos blocos de rua e com recursos vindos de patrocínio da iniciativa privada. Ou seja, a Prefeitura de BH não paga nenhum tostão do seu orçamento e, ainda, contribui para o fomento da economia local.

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Em 2020 são esperados mais de 5 milhões de foliões nas ruas da capital, o que permite que a rede hoteleira consiga ter um aumento em torno de 15% a mais da taxa de ocupação dos hotéis da região em relação ao mesmo período festivo de 2019, quando a taxa foi de 70%, segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de BH e Região Metropolitana (SINDHORB).

“O carnaval de BH é um sucesso absoluto. Estamos com uma taxa de ocupação que nunca tivemos na cidade, principalmente no mês de janeiro, que antecede o carnaval, e fevereiro. Hotelaria está muito satisfeita, preparada, com diárias bem acessíveis, talvez a menor diária média do Brasil”, disse Paulo Cesar Marcondes Pedrosa, presidente da SINDHORB em entrevista ao jornal Estado de Minas.

A festa será totalmente custeado pela Skol e iFood, patrocinadores do evento. Para que o @carnavaldebh aconteça, é necessário um investimento de R$ 14,3 milhões e são os dois grandes patrocinadores que arcam com isso. Do total, R$ 6 milhões são repassados em verba direta e R$ 8,3 milhões em planilhas de estruturas e serviços, captado por meio de editais de patrocínio. 
Bloco "Bainas Ozadas" arrasta uma multidão pelas ruas de BH. Crédito: Netun Lima / Reprodução. 
O orçamento da Belotur é oriundo de investimento privado, sendo que, de toda a arrecadação, R$ 850 mil são destinados a blocos de rua por meio de editais“O Carnaval de Belo Horizonte é de todo mundo. E queremos que cada vez mais pessoas venham para a cidade aproveitar uma festa organizada e segura. Nosso objetivo é que a folia se consolide como uma das melhores do país”, afirma Gilberto Castro, presidente da Belotur.

Festa na rua

O carnaval de Belo Horizonte será realizado entre 08 de fevereiro e 1º de março, quando blocos e cortejos saem para as ruas da capital mineira. No ano passado, 410 blocos de rua desfilaram 447 cortejos pela cidade, levando 4,3 milhões de foliões às ruas. 

Para esse ano, são esperados pela Belotur mais de 5 milhões de foliões nas ruas da capital mineira, com 453 blocos e 520 desfiles. Já sabe em qual bloquinho você vai? Clique aqui e confira a programação completa dos blocos de carnaval de rua de BH.



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Jornalista

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