#BBB20: Público não aceita mais atitudes machistas e repletas de masculinidade tóxica em reality show
fevereiro 03, 2020Crédito: TV Globo / Reprodução. |
Ninguém discorda que o #BBB20 emplacou! A edição comemorativa que mistura anônimos e famosos caiu no gosto popular. Diferente das duas últimas edições, os participantes estão mais envolvidos com o Jogo e as suas histórias chamam a atenção do público. Isso é fato!
Mas, o que tem preocupado os telespectadores é a quantidade de falas machistas, misóginas e preconceituosas que a maioria dos integrantes da ala masculina tem apresentado nas últimas semanas.
Desde a estreia da 20ª edição do reality show, algumas atitudes e falas de Petrix Barbosa, Lucas Gallina, Hadson Nery, Felipe Prior e Guilherme Napolitano têm sido apontadas pelo público como nocivas, um exemplo claro de masculinidade tóxica. O vídeo abaixo explica bem esse conceito:
Entre as condutas questionáveis, estão um plano para promover a traição das participantes comprometidas, a apalpadas nos seios de Bianca Andrade (Boca Rosa) e da ex-panicat Mari Gonzalez, uma esfregada das partes íntimas na cantora Flayslane Lane, todas realizadas pelo ginasta olímpico.
Com ego elevado, arrogante e uma autoestima acima da média, esses brothers tem discursos estranhíssimos, subjugando as mulheres da edição e, meio que ignorando, Pyong Lee e Babu Santana, os outros dois homens da temporada – um coreano e outro negro, que não fazem parte da confraria de homem branco hétero cis macho escroto que se protegem e repelem quem é diferente.
Participante com maior índice de rejeição, Petrix Barbosa acha que é o mais amado desta temporada e que qualquer um que for com ele pode sair. Desde os primeiros dias, o ginasta implicou com Pyong e, pelas costas, chama o colega de “japa”, mesmo sabendo que ele é coreano – uma atitude xenofóbica e racista.
Na cabeça do ginasta, Pyong é quem tem mais chance de sair do programa, quando na verdade é ele mesmo. Por algum motivo que desconhecemos, a produção do #BBB20 resolveu “passar pano” em todos os episódios de assédio de Petrix, optando por apenas adverti-lo, o que deixou os telespectadores bastante revoltados. Em outras edições, teve participantes que foram expulsos por muito menos.
Depois de tanta reclamação, a produção resolveu colocar no ar na TV aberta que conversou com o participante para ele dar uma maneirada, mas parece que não surtiu efeito. No último sábado (01/02), ao atender o Big Fone, Petrix empurrou Pyong dando a entender que era uma acidente, mas não era. Mesmo para um atleta de alto rendimento, ele parece que incorporou a máxima de que vale tudo, tudo mesmo pelo prêmio.
Na cozinha, Petrix confirmou a Felipe que empurrou Pyong para ele achar que havia sido algo que ele mesmo tivesse feito, uma atitude nada correta em se tratando de um atleta profissional. O resultado não poderia ser outro: uma campanha imensa nas redes sociais pela expulsão do ginasta.
Dificilmente, estes participantes vão conseguir fazer uma leitura crítica quando passarem a ser eliminados um a um e começarem a perceber o quanto são odiados aqui fora.
Na cabeça maluca deles a ideia de fazer um teste de fidelidade com as participantes que possuem um relacionamento estável é uma estratégia para vencer o programa, quando na verdade é um verdadeiro tiro no pé. Eles esquecem de um fator que é essencial para o #BBB20, o público. Sem cativar o telespectador não há artimanha ou joguete que coloque um brother na final.
Enquanto isso, esses participantes Chernobyl só fazem crescer a torcida pelas mulheres no programa, com o destaque para a parceria entre Marcela, Thelma e Pyong que estão conseguindo fazer uma leitura crítica muito sensata do jogo.
Outra que também está se destacando é Manu Gavassi. Ela virou uma fábrica de memes e tem se mostrado uma participante sensata, apesar dos inúmeros vacilos pela falta de habilidade social na convivência em grupo. Se Manu não for a ganhadora desta temporada, com toda certeza ela terá conseguido escrever uma nova história na sua carreira artística.
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Jornalista
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