#VisibilidadeTrans: Pesquisa mostra que uma pessoa trans é morta no país a cada 48 horas

janeiro 29, 2020

Crédito: Michael Reynolds / EFE / USA Today / Reprodução. 

Neste quarta-feira (29/01) é comemorado Dia Nacional de Visibilidade Trans e Travesti. A proposta é sensibilizar a sociedade sobre as questões relacionadas à cidadania, aos direitos humanos e o acesso à saúde pública que envolvem a comunidade de transexuais e travestis.

A data foi criada em 2004 pelo Ministério da Saúde após a divulgação da campanha “Travesti e Respeito”, é um marco político e um importante passo na luta pela cidadania e respeito à população de trans e travestis. Para saber a diferença entre orientação sexual e identidade de gênero, clique aqui.

A relevância do Dia da Visibilidade Trans se justifica pela exposição dessa população a “agravos decorrentes do estigma, dos processos discriminatórios e de exclusão social que violam os direitos humanos, dentre eles o direito à saúde, à dignidade, à não-discriminação, à autonomia e ao livre desenvolvimento”.

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A discriminação social acarreta diversos efeitos nocivos à saúde física e mental dessas pessoas e pode levá-las à uma condição de estresse crônico e ao isolamento social. Este cenário de vida, marcado por inúmeras dificuldades e violências, se expressa em taxas mais altas de depressão, ansiedade, tabagismo, abuso de álcool e de outras substâncias, além de um alto índice de suicídios. 

Uma das mais graves evidências da situação de extrema vulnerabilidade em que a população trans se encontra é o número de assassinatos cometidos contra travestis e transexuais. O Mapa dos Assassinatos de Travestis e Transexuais no Brasil em 2017, produzido pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), aponta a ocorrência de 179 homicídios relacionados à transfobia no ano de 2017. Isso significa que uma pessoa trans é morta no país a cada 48 horas.

Nome Social 

Por meio da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, o Sistema Único de Saúde (SUS) universaliza o acesso à saúde pública à população LGBT sem que haja qualquer tipo de discriminação ou preconceito nas Unidades de Saúde. Por isso, transexuais e travestis podem ter o Nome Social no Cartão do SUS.
Crédito: Angela Weiss / AFP / Getty Imagens / Reprodução. 

Nome Social é aquele pelo qual transexuais e travestis preferem ser chamados (as) cotidianamente, refletindo sua identidade de gênero, em contraposição aos nomes de registro civil determinados no nascimento, com o qual não se identificam. 

Além disso, é muito importante que os profissionais de saúde respeitem a diversidade sexual e de gênero das usuárias e dos usuários da saúde pública, se preocupando com o acolhimento e tratamento adequado para que não haja discriminação, nem preconceito.

O cuidado com os aspectos da identidade de gênero são fundamentais para trabalhar questões de saúde de indivíduos que trazem uma identidade de gênero diferente de seu corpo biológico de nascimento. Evitar preconceitos e decisões clínicas baseadas em estereótipos de gênero auxilia no alcance do cuidado integral dessa população que tem outras demandas de saúde para além de sua sexualidade.


Fonte: Blog da Saúde MG (Adaptação)




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