#DicaCultural: Peça “Banho de Sol” denuncia a violência e abandono em penitenciária feminina
junho 03, 2019
Por Sílvia Amâncio
Narrar histórias de mulheres privadas de liberdade e a desumanização do sistema carcerário brasileiro. Esta é a temática da peça teatral “Banho de Sol: o teatro e as mulheres em situação de cárcere”, em cartaz até o dia 09 de junho, no Centro Cultural Banco do Brasil, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte (MG).
O espetáculo da @zula_teatro, levou quatro professoras de teatro para um complexo penitenciário feminino, onde uma vez por semana, durante as duas horas de banho de sol, mulheres de todas as idades, raças e origens se encontravam para aprender sobre encenação e libertar suas vozes presas pelas grades de um sistema penal bruto, cruel e incapaz de reintegrar alguém à sociedade.
No palco, quatro atrizes contam trechos das histórias de cerca de 30 detentas. Vânias, Giseles, Fátimas, Marias e tantas outras que não imaginavam que a arte poderia caminhar junto com o encarceramento.
“Somos privilegiadas por sermos livres. Sermos brancas, por não levarmos 80 tiros por engano. Por não carregarmos o corpo de nosso filho alvejado e semi-morto nos dizendo: 'ele não viu que eu estava de uniforme mãe?' Aqui, queremos que o público reflita e saiba o que acontece com essas mulheres encarceradas. Culpadas ou não, todas elas são vítimas da violência diária e gratuita por trás das grades”, diz Talita Braga, uma das atrizes em cena e diretora da peça.
Os diálogos emocionam a plateia por mostrar coisas simples do nosso mundo que são raridades para elas, como música, esmaltes, doces e presença familiar. Durante a peça sabemos que o que elas mais desejam comer é brigadeiro e bolo com refrigerante, pois remete à memória afetiva da infância, a época mais feliz da vida delas, a época em que tinham o privilégio da liberdade.
O espetáculo, em curta temporada, foca no feminino e na condição da mulher na sociedade atual, fazendo um teatro com mulheres, sobre mulheres, que comunica com todxs.
Narrar histórias de mulheres privadas de liberdade e a desumanização do sistema carcerário brasileiro. Esta é a temática da peça teatral “Banho de Sol: o teatro e as mulheres em situação de cárcere”, em cartaz até o dia 09 de junho, no Centro Cultural Banco do Brasil, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte (MG).
O espetáculo da @zula_teatro, levou quatro professoras de teatro para um complexo penitenciário feminino, onde uma vez por semana, durante as duas horas de banho de sol, mulheres de todas as idades, raças e origens se encontravam para aprender sobre encenação e libertar suas vozes presas pelas grades de um sistema penal bruto, cruel e incapaz de reintegrar alguém à sociedade.
No palco, quatro atrizes contam trechos das histórias de cerca de 30 detentas. Vânias, Giseles, Fátimas, Marias e tantas outras que não imaginavam que a arte poderia caminhar junto com o encarceramento.
Crédito: Divulgação. |
“Somos privilegiadas por sermos livres. Sermos brancas, por não levarmos 80 tiros por engano. Por não carregarmos o corpo de nosso filho alvejado e semi-morto nos dizendo: 'ele não viu que eu estava de uniforme mãe?' Aqui, queremos que o público reflita e saiba o que acontece com essas mulheres encarceradas. Culpadas ou não, todas elas são vítimas da violência diária e gratuita por trás das grades”, diz Talita Braga, uma das atrizes em cena e diretora da peça.
Os diálogos emocionam a plateia por mostrar coisas simples do nosso mundo que são raridades para elas, como música, esmaltes, doces e presença familiar. Durante a peça sabemos que o que elas mais desejam comer é brigadeiro e bolo com refrigerante, pois remete à memória afetiva da infância, a época mais feliz da vida delas, a época em que tinham o privilégio da liberdade.
O espetáculo, em curta temporada, foca no feminino e na condição da mulher na sociedade atual, fazendo um teatro com mulheres, sobre mulheres, que comunica com todxs.
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