#Política: Qual é o seu critério de voto quando escolhe um candidato nas eleições?
agosto 02, 2018Foto: Agência Brasil / Reprodução. |
O que você leva em conta quando define o seu voto nas eleições? Me peguei fazendo essa pergunta outro dia. Ao compartilhar essa angustia com o meu círculo mais próximo, me deparei com algumas respostas bem estranhas: a grande maioria leva em conta o lado pessoal, no sentido mais individual que a palavra pode ter.
“Têm anos que a minha família só vota nesse candidato”; “Voto em fulano porque é amigo de um conhecido meu”; “Voto em quem estiver em alta nas pesquisas”; “A gente não devia ser obrigado a votar”; “Não faço ideia. Voto em qualquer um já que sou obrigado a votar”; “Esse candidato é apoiado pelo líder religioso da minha igreja”; “Vou votar nesse candidato que prometeu olhar pelo funcionalismo público” ou ainda “não vou votar porque não acredito em ninguém....entra político e saí político e não muda nada”.
Essas falas ilustram o seguinte: boa parte do eleitorado esquece-se de olhar os critérios políticos, ideológicos e de engajamento social por não conhecer/entender o funcionamento da coisa pública e como essa decisão de escolher um representante para os cargos do executivo e do legislativo podem impactar diretamente a nossa vida das mais diversas formas.
Somos obrigados a votar porque é importante que cada brasileiro manifeste a sua opinião sobre a eleição que acontece, mesmo que você vote nulo ou em branco. No modelo político atual temos mais de 30 partidos políticos. Cada um nasce com uma proposta ideológica e, de acordo com as alianças políticas que são construídas a cada pleito, começam a ter representatividade administrativa nos Governos (municipal, estadual e federal).
Além disso, por meio dos veículos de comunicação (públicos e privados) conseguimos acompanhar o trabalho não só desses partidos, mas dos políticos que fazem parte desses partidos. Ou seja, ver de perto as ações de um político deveria ser um critério de ouro na hora do voto. Isso nem sempre acontece, infelizmente.
#Eleições2018 #Política "Divide et impera". Ou seja, "Dividir para conquistar". Não deixe a população se unir, exalte as diferenças de cada grupo, para que eles não se unam e, dessa forma, não tomem o poder. Pensem nisso na hora de analisar o discurso político dos candidatos.— Wander Veroni 🇧🇷 (@wanderveroni) 11 de agosto de 2018
Outro critério importante é a “ficha limpa”. Um político envolvido em esquemas de corrupção ou de má gestão dos recursos públicos ou que contrata pessoas sem preparo algum para ocupar cargos estratégicos também deve ser encarado como um critério de corte na escolha do melhor representante não só para você, mas para todas as pessoas da sua cidade, estado ou País.
Por termos uma mídia pautada quase que exclusivamente pautada na denúncia, e no senso comum somos levados a crer que a coisa pública não funciona, que nada presta e que o privado é muito melhor porque é rápido na tomada de decisões. Isso não é verdade. O privado tem tantos problemas (ou mais) que o público, e vice-versa. O que acontece é que a coisa pública é Pública. Ou seja, é de todos. E uma decisão que é para todos tem um peso maior e necessita de diálogo.
Além disso, quando votamos para os cargos do executivo (Prefeito, Governador e Presidente) damos uma espécie de “cheque em branco” para que esse gestor nomeie secretários, ministros, diretores, etc., que irão administrar não só pastas importantes para a Gestão, como também instituições, empresas públicas, órgãos, entre outros. São muitos cargos. Muitos mesmo.
E nem sempre o fator técnico (conhecimento da área) é levado em conta e o fator político tende a sobressair. Porém, algumas áreas como saúde, educação, meio ambiente, segurança pública e gestão financeira (Fazenda) exigem que o gestor seja uma pessoa que saiba do que está fazendo ou que tenha humildade de querer aprender e/ou abra espaço para valorizar profissionais especializados.
Quando apenas o fator político é levado em conta corremos o risco imenso da coisa pública desandar e de avanços sociais serem desprezados em nome da promoção pessoal. E isso é grave. Gravíssimo.
Por isso, ao escolher um candidato político leve em conta os seguintes aspectos:
1) Esse candidato é de qual partido? Ele defende o quê?
2) Como esse político se apresenta no horário eleitoral e com a mídia?
3) Quais partidos estão coligados com esse candidato?
4) Esse candidato defende interesses sociais ou os interesses de determinado grupo?
5) Se esse candidato ganhar, ele vai preservar o estado laico e democrático?
6) Qual é o histórico desse político?
7) É um candidato que preza pelos direitos humanos?
8) É um candidato engajado com alguma área, causa social ou humanitária?
9) Esse político já mencionou quem vai fazer parte da equipe de governo dele?
10) É um político “ficha limpa”?
Agora te pergunto após ler esse texto: qual é o seu critério de voto quando escolhe um candidato nas eleições?
Abaixo, assista ao vídeo da youtuber @Joutjout sobre a importância de se discutir política:
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