#Rio2016: Atletas brasileiros se destacam na primeira Olimpíada da América Latina
agosto 20, 2016![]() |
A judoca Rafaela Silva emocionou o Brasil com a sua primeira medalha de ouro. Foto: Getty Imagens / Reprodução. |
Cercada de expectativas, a Olimpíada no Rio de Janeiro era uma
incógnita para muitas pessoas. Será que vai dar algo errado? Será vamos
fazer feio? Nada disso. Os Jogos Olímpicos
surpreendeu e cativou o público no Brasil e no mundo. Entramos no clima do
espírito olímpico com o pé direito. Sem falsa modéstia, fizemos uma das melhores edições dos Jogos.
Mesmo com o problema inicial de longas filas para entrar no lugar onde iria acontecer as disputas e para comprar algo nas
lanchonetes, fizemos um parque olímpico lindo no Rio de Janeiro. O mundo
inteiro ficou de queixo caído com o espetáculo da abertura dos Jogos, no
Maracanã, mesmo com o pouco orçamento. Passou muito rápido. Os jogos terminam
neste domingo (21/08) e abre espaço para os nossos atletas paraolímpicos.
A criatividade venceu. Superou
desafios muito maiores e deu uma trégua no ódio generalizado que se transformou
os últimos acontecimentos políticos do Brasil. A #Rio2016 serviu para dar um momento de respiro a tensão do
brasileiro de ver o seu país ser alvo de um golpe político-parlamentar-midiático-privatista, de uma direita que
insiste em um terceiro turno e quer impor um projeto político reacionário que
não foi aquele decidido nas urnas nas últimas eleições.
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aqui e conheça os atletas brasileiros que subiram ao pódio na Rio 2016.
A Olimpíada trouxe esse feito.
Conseguiu dar um intervalo importante para que a gente conseguisse pensar em
tudo isso que pode acontecer no Brasil: será mesmo que as pessoas que defendem a
saída de Dilma Rousseff para a entrada de um governo de direita reacionário quer ver um
país sem programas sociais, que diminui direitos adquiridos e com todas as estatais privatizadas? Tenho minhas
dúvidas. Às vezes, a sede de justiça nos fazer ignorar o que há por detrás de
uma disputa partidária.
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Vista área do Parque Olímpico do Rio de Janeiro. Foto: Getty Imagens / Reprodução. |
Mas, voltando as Olimpíadas Rio 2016, o
Brasil ganhou muito com o evento. Crescemos não só no pódio, mas no nível dos
atletas. Vimos novos heróis surgindo e outros mostrando o quanto é importante
acreditar em seu próprio sonho e superar os desafios. Quem não se emocionou com a
medalha de ouro da judoca Rafaela Silva ou com as lágrimas de Diego Hypólito?
Aliás, foi a primeira vez na história
que a ginástica brasileira subiu ao pódio duas vezes na mesma Olimpíada, com a medalha de prata de
Diego e com a de bronze do ginasta Arthur Nory. Mesmo sendo um atleta em ascensão,
o
público não esqueceu o episódio racista de Nory, no ano passado, com o seu
próprio colega de equipe. Algo que vai à contramão daquilo que se
espera de um atleta. Também não podemos esquecer da medalha de prata do ginasta
Arthur Zanetti, que sagrou como o segundo melhor do mundo nas argolas.
Talvez, o maior legado das Olimpíadas Rio 2016 é ter mostrado para o brasileiro que existem outros
esportes tão ou mais legal que o futebol masculino que chegou cheio de marra e
custou a mostrar resultado. O público se envolveu mais com a garra do futebol feminino que, por ansiedade e
pressão, não conseguiu ter a tão sonhada medalha olímpica dentro de casa, mas
com toda certeza, a seleção de futebol
feminino já é medalha de ouro no
coração de muita gente.
Também vimos um fenômeno das águas e
da canoagem, Isaquias Queiroz. Baiano que treina em Lagoa Santa, Minas Gerais,
foi o único brasileiro que conseguiu três medalhas (duas pratas e um bronze) em
uma mesma edição dos jogos olímpicos. Isaquias mostra tanta garra e força nas
suas competições que transformou a transmissão da canoagem em uma catarse no
público, das pessoas gritarem e comemorarem como se fosse um gol.
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Fotos: Getty Imagens / Reprodução. |
Alegria que também foi vista no vôlei
de praia com a conquista das medalhas de prata de Ágatha e Bárbara e das
medalhas de ouro de Alisson e Bruno Schmidt. Atletas que conseguiram emocionar e
cativar a torcida. Além disso, é impossível esquecer de outro ouro, o de Robson
Conceição, no boxe. O atleta estava tão focado que parecia que ele estava se divertindo
no ringue, fazendo movimentos que lembrava Muhammad
Ali.
Infelizmente, tivemos um episódio
triste: a
mentira contada pelos nadadores dos Estados Unidos, que fingiram que
tinham sido assaltados depois de terem voltado de uma balada carioca, quando na
verdade, eles haviam quebrado um banheiro no posto de gasolina, entre outras
algazarras provocadas pelo uso abusivo de álcool – e há quem não duvide do uso de
outras drogas. O Comitê Olímpico que organiza os Jogos no Rio de Janeiro
deveria puni-los também, mas até agora não houve nenhum pronunciamento a
respeito.
Na TV, o destaque positivo durante os
jogos foi o programa Balada Olímpica,
exibido nas madrugadas da TV Globo. Apresentado pela jornalista Carol Barcellos
e pelo ex-judoca Flávio Canto, o programa começou a um ano como semanal e ganhou o público quando passou a ser diário. A atração se destacou com as suas aberturas
bem editadas e com ótimos textos, convidando o público jovem para uma madrugada
esportiva para lá de descontraída.
Aliás, a sintonia de Carol e Flávio é
algo impressionante e que cativa. Parece dois amigos conversando com os
convidados e comentaristas da Globo, que sempre têm algo interessante para
dividir com o público sobre os bastidores das competições do dia. Além disso, o
Balada contou com a presença do
experiente repórter Marcos Uchôa e do comediante Paulinho Serra. Um programa
esportivo inovador na TV aberta e que merecia ficar de vez na grade.
No final, o saldo é para lá de positivo: a #Rio2016 vai deixar saudade!
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