#Eleições2016: Com atraso, partidos ainda articulam nomes para a Prefeitura de BH
maio 29, 2016Foto: TSE / Reprodução. |
Com o início das eleições municipais
para o dia 16 de agosto, os principais partidos políticos de Belo Horizonte
ainda estão articulando coligações e nomes que possam dar visibilidade política
e, desse modo, vencer a disputa para o executivo
da capital mineira. Por ora, nenhum partido bateu o martelo quanto aos
nomes e coligações que serão formadas, mas já é possível acompanhar algumas
movimentações nos bastidores.
Fragilizado nacionalmente após a
abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e por
denuncias de corrupção, o PT busca aproveitar as eleições municipais para
reconstruir a sua imagem. Em fevereiro deste ano, o Partido dos Trabalhadores
lançou dois nomes como pré-candidatos para a Prefeitura de BH: o deputado federal Reginaldo Lopes e o deputado estadual Rogério Correia, sabidamente pertencentes a tendências diferentes
dentro do Partido.
Ainda dentro do PT, interlocutores
afirmam que o ex-presidente Lula teria conversado com Patrus Ananias, pedindo que ele lançasse candidatura este ano, como
fez em 2012, por ser um nome forte e de grande apelo, não só dentro do PT, mas
na capital mineira. Ao jornal
Hoje em Dia, o ex-ministro de Desenvolvimento Agrário ponderou a
indicação e disse que uma possível candidatura teria que ser articulada "em conjunto com os movimentos sociais
e os partidos aliados".
Aliado no passado, hoje rompidos
nacionalmente com o PT, o PMDB tem “pisado em ovos” quando o assunto é lançar
uma candidatura própria na capital mineira. No partido, há grupos que defendem
uma chapa própria, que desvincule a imagem ao Partido dos Trabalhadores.
Do outro lado, há grupos que temem
que esta iniciativa possa fragilizar a relação política com o governador Fernando Pimentel (PT) que
tem sinalizado apoio político ao PMDB mineiro ao entregar a Secretaria de Estado de Saúde de Minas
Gerais (SES-MG) ao deputado estadual Sávio de Souza Cruz (ex-secretário do
Meio Ambiente estadual), liderança importante dentro do PMDB mineiro.
Mesmo assim, dois nomes aparecem na
disputa à pré-candidatura a Prefeitura de Belo Horizonte pelo PMDB: os
deputados federais Rodrigo Pacheco e
Leonardo Quintão. Para Pacheco, pesa
o apoio político de Michel Temer e a possibilidade de uma dobradinha com os
Tucanos. Já para Quintão, pesa o fato de ser um nome mais conhecido dos
eleitores, além de ter bastante apoio entre os delegados do diretório municipal
do partido.
Extraoficialmente, o PSDB tem dois
nomes a pré-candidatura de prefeito de BH: os deputados estaduais João Vítor Xavier e João Leite. Mesmo populares, há ainda
grupos dentro do partido que defendem uma chapa com o PSB de Márcio Lacerda e,
até mesmo, com o PMDB, formando uma coligação com outros partidos
tradicionalmente conhecidos como de direita e centro. Há também um grupo que
defende que os tucanos devem apenas apoiar uma possível coligação, sem lançar
um nome próprio.
Outros nomes
Atual prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), ainda não definiu
publicamente quem vai apoiar para as eleições municipais deste ano. Nos bastidores,
Lacerda vem construindo a candidatura do presidente da Cenibra e ex-secretário
de Estado de Cultura, Paulo Brant,
que se filiou recentemente ao PSB.
O fato dele ser desconhecido tem
pesado contra Brant que, mesmo assim tem se reunido com algumas lideranças e
vereadores, se mostrando apto ao projeto eleitoral que for decidido pelo
partido, independente se o nome dele for escolhido para ser a cabeça da chapa
ou não.
Outro nome que vem costurando apoio
na capital mineira é o do vice-prefeito e secretário Municipal de Meio Ambiente
de Belo Horizonte, Délio Malheiros.
Ele se desfiliou do PV em abril para lançar sua pré-candidatura à prefeitura
pelo PSD. Malheiros também possui o apoio de Lacerda e do senador Aécio Neves (PSDB).
Já Mário Henrique Caixa, que trocou o PC do B pelo PV no início do ano,
é o pré-candidato do Partido Verde à Prefeitura de Belo Horizonte. Em abril, o
político deixou o cargo de secretário de Estado de Turismo, e retornou ao cargo
de deputado estadual na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Com a saída de
Caixa, a deputada federal Jô Moraes
foi definida como pré-candidata à Prefeitura de BH pelo PC do B.
Outro partido que também está
montando a sua pré-candidatura é o PSOL que possui dois nomes femininos ao
pleito da capital mineira: Maria da
Consolação e Sara Azevedo. E,
por último, o PDT tem como pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte o
deputado estadual Sargento Rodrigues.
Mudanças eleitorais
Com a reforma política aprovada em
2015, as #Eleições2016 serão bem
diferentes. A primeira mudança significativa é o registro das candidaturas que foi
postergado, passando de 05 de julho
para 15 de agosto. Com isso, a
campanha eleitoral começa a ser veiculada no dia 16 de agosto e vai ficar 45
dias no ar (rádio e TV), e não mais 90 dias.
Nesse período, o horário eleitoral
gratuito no rádio e na TV passará a ser distribuído em dois blocos de dez
minutos cada e os outros 70 minutos ao longo do dia, também proporcionais à
representação dos partidos na Câmara dos Deputados.
Muda também a questão de
financiamento de campanha. Ficam proibidas doações de pessoas jurídicas
(empresas) que foram consideradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal
Federal (STF). Com isso, a campanha só poderá ser sustentada pelo Fundo
Partidário e por doações de pessoas físicas.
Outra novidade é que os partidos
poderão gastar, no primeiro turno da campanha eleitoral municipal no máximo 70%
do maior valor utilizado na campanha anterior em cada município. A lei determina
ainda que em cidades com até 10 mil habitantes, a restrição é de R$ 100 mil
para candidatos a prefeito e R$ 10 mil para vereador.
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2 comentários
Está difícil em todas as cidades. A maioria tem ficha duvidosas. Processos correndo, partidos sujos, enfim...confiar como? Se em todas as eleições são promessas e mais promessas, se todo político fizesse sua parte, em outras eleições sempre melhorariam mais e mais as cidades, no caso me refiro as eleições pra prefeitos....mas realmente está péssimo, não temos gente engajadas em mudar realmente, em melhorar, entram pensando em ganhar, tirar proveito pra si mesmo..
ResponderExcluirNão acredito que o brasileiro dessa vez, para a mais importante das eleições, as municipais, que vão gerir os benefícios para a sua cidade, estejam ainda com a mente voltada para o passado e tentarão reeleger essa corja de bandidos que se infiltrou na política brasileira... Vamos procurar os políticos fichas, mãos e caras limpas... como se faz isso? Não deixando que os partidos lhes imponha um candidato e sim a comunidade oferecendo uma proposta de alguém que já trabalha e não faz parte desses bandos...
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