#CaféInSérie: “Mr Robot” será exibido pela Rede Record

maio 24, 2016

Foto: Canal Space / Reprodução.

Por Sílvia Amâncio*


A partir dessa terça-feira (24/05), a Rede Record exibe a primeira temporada da elogiada série norte-americana Mr Robot, criada pelo produtor Sam Esmail. A história gira em torno de Elliot Alderson, um tímido programador de uma grande empresa de segurança da informação com um latente desejo de mudar o mundo, mas incapaz de ter relações afetivas aceitas pela sociedade do espetáculo e da frenética exposição nas redes sociais.

A desordem anti-social de Elliot é potencializada pela interpretação do ator norte-americano de origem grega-egípicia, Rami Malek, desconhecido do grande público, o que empolga ainda mais por seu olhar confuso, distante daquilo que o cerca e cada vez mais assustado com o caos do mundo conectado. 

Fechado em seu mundo e usando suas habilidades de hacker para tentar proteger aqueles que ele admira, ele tenta superar seu passado de mágoa e abandono imerso no mundo de tranquilizantes, mas afirmando para si mesmo que aquilo não é um vício e ele não é um dependente. 

A perversidade gerada pelo capitalismo no mundo, onde grandes corporações, representadas por poucos homens controlam todo o sistema, ganha destaque, por ser um mal que precisa ser combatido, mas não só isso.

Uma única empresa, a Evil Corp, dita para as pessoas o que comer, o que comprar, como agir, degrada o meio ambiente, adoece seus trabalhadores e o pior, é a grande responsável pelo círculo de endividamento da população. Para Ellliot, a forma de mudar o mundo e libertar as pessoas é atacando esse mal, tirando da Evil Corp a autonomia de ditar regras, apenas desconectando-a. 

Uma série de fatos une Elliot a um grupo de hackers, ou porque não, ciberativistas, liderado pelo então galã da década de 1990, Christian Slater, que anseiam, não apenas abalar as estruturas desse sistema doente em que impera apenas dinheiro e sucesso, mas eliminar e não deixar condições para que a Evil Corp se erga.

Mr Robot mostra uma forma de anarquia online, em que seus personagens, em meio a problemas financeiros, de aceitação, desilusões e com sérias dificuldades de se encaixarem em uma sociedade cada vez mais opressora e que tenta uniformizar comportamentos, se unem para moralizar o sistema e de alguma forma se vingarem de suas perdas. 

Para os telespectadores da emissora é uma oportunidade de entretenimento assistir uma série que já é cultuada entre os críticos especializados, desde sua estréia nos EUA em 2015. Em sua primeira temporada, com 10 episódios, a série ganhou o Globo de Ouro de Melhor Série Dramática de 2016.





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*Perfil: Sílvia Amâncio é jornalista, entusiasta da Sétima Arte e de um tanto de outras coisas. Especializada em comunicação em projetos ambientais e especializando em Comunicação e Saúde. Costuma escrever sobre relações viróticas de trabalho, saúde, direitos humanos e mídia, sempre levando para o lado latino-americano e socialista da vida ao sul da fronteira.









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