#NãoVaiTerGolpe: Dilma Rousseff denuncia golpe disfarçado de impeachment

abril 17, 2016



Em pronunciamento em vídeo divulgado na última sexta-feira (15/04) apenas nas redes sociais, a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, chama a atenção da população para a irregularidade da abertura do processo de impeachment dela, cuja votação será realizada neste domingo (17/04) pelos deputados federais na Câmara dos Deputados, em Brasília-DF.

Dilma esclarece que não há nenhum crime contra ela, que não está em nenhuma lista de propina ou envolvida com corrupção. De fato, o que pesa contra ela, não se trata de um crime, mas sim de um recurso que não só ela, mas outros líderes dos executivos no país já tomaram como expediente, quando perceberam que não teriam apoio do legislativo para a contração de empréstimos em bancos públicos, e/ou que não poderia esperar por um processo de tramitação. Abaixo, assista o vídeo:

Em caráter excepcional, a Câmara dos Deputados trabalha neste domingo, cuja votação começa às 14h. A sessão de votação será aberta com a fala do relator Jovair Arantes (PTB-GO) que terá 25 minutos de fala para apresentar seu parecer a favor do impeachment. Depois, os 25 líderes partidários, além dos líderes do governo e da minoria, orientarão suas bancadas. A votação é aberta e cada um dos 513 deputados será chamado nominalmente para declarar sua posição. Para ser aprovado são necessários 342 votos favoráveis, ou dois terços da Casa.

Se pararmos para pensar, há denuncias em andamento contra Eduardo Cunha muito mais graves, envolvendo esquemas de corrupção e que, por manobra política e conchavos, foram denunciados, mas não punidas com o afastamento de cargo público, prisão ou, até mesmo, a devolução do dinheiro aos cofres públicos. Além disso, o vice-presidente, Michel Temer, também tem nas costas processos de corrupção. Então, como apoiar o impeachment com a proposta de banir a corrupção e colocar no Poder dois corruptos?


Neste domingo (17/04), mais um capítulo da história política do Brasil está sendo escrita. Não apoiar o impeachment de Dilma é apoiar a democracia brasileira. Você pode não concordar com o governo do PT e, até mesmo, não reconhecer os inúmeros avanços que tivemos na última década de inclusão social com a saída de milhões de brasileiros da linha de miséria com o Bolsa Família ou com a entrada de outros milhões no ensino superior com o ProUni e o ENEM, mas apoiar o impeachment no “tapetão”, não dá.

Por isso, o grito neste domingo é um só: #NãoVaiTerGolpe #VaiTerDemocracia.






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Jornalista

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