#CaféLiterário: Livro ajuda a desvendar quem é o Estado Islâmico
março 26, 2016Foto: Thinstock / BBC / Reprodução. |
O Estado Islâmico tem ocupado os noticiários internacionais por ser
responsável por atentados terroristas, guerras e massacres e por estar em
enfrentamento direto com cerca de quarenta países ocidentais e árabes. Mas, afinal, quem é o Estado Islâmico?
Edgar Morin, Régis Debray, Michel Onfray, Tahar Ben Jelloun, Hélène Thiollet,
entre outros escritores, historiadores, filósofos e cientistas políticos buscam
responder a essa e outras perguntas neste lançamento da Autêntica Editora.
O livro “Quem é o Estado Islâmico? Compreendendo o novo terrorismo” reúne
22 artigos e entrevistas de especialistas em islã e Oriente Médio que ajudam a
compreender o novo terrorismo mundial e o que está por trás dos conflitos que
matam civis, mulheres, jovens e crianças no mundo árabe-muçulmano e também no
Ocidente. Para adquirir o livro, clique aqui.
Os artigos selecionados trazem
contribuições importantes para entender melhor o fenômeno, seu surgimento, seus
objetivos, os principais líderes e, sobretudo, por que essa organização exerce
tamanha atração sobre milhares de jovens do mundo inteiro que se deixam
converter ao jihadismo, isto é, a um islamismo fundamentalista e violento.
Organizado por Éric Fottorino,
diretor do jornal Le 1, o livro faz um retrato do Daesh – acrônimo árabe de
Estado Islâmico no Iraque e no Levante, refletindo a abordagem
pluridisciplinar do jornal francês sobre esse estranho e amedrontador ator que
irrompeu na cena mundial, suplantando a Al-Qaeda como nova potência do
terrorismo internacional. São várias vozes, com pontos de vista diversificados
e críticas contundentes ao fanatismo islâmico, ao ódio radical, à violência
desmedida e também aos preconceitos e às muitas vezes desastrosas intervenções
norte-americanas e dos países europeus.
O filósofo e sociólogo Edgar Morin
ressalta como a rejeição e as humilhações sofridas pelas populações de origem
árabe-muçulmana têm resultado em ódio pelos ocidentais, cristãos e judeus: “Os
rejeitados rejeitam aqueles que os rejeitam. Uma parte desses jovens não se
sente francesa, mas privada de pátria. Alguns deles, delinquentes, encontram
nas prisões mentores que lhes inculcam o islã numa versão fanática. [...] Você
não pode ser um verdadeiro francês, mas pode se tornar um verdadeiro
muçulmano.”
Além das 22 análises, a publicação
traz ainda um dossiê organizado por Manon Paulic e Pierre Vince que responde a
dez perguntas sobre o Estado Islâmico e contém mapas, informações, cifras-chave, cronologia,
glossário e indicações de leituras sobre a mais poderosa organização jihadista
em termos de efetivos e rendas.
A tradução é de Fernando Scheibe,
doutor em Teoria Literária pela UFSC e tradutor de autores como Georges
Bataille, Stéphane Mallarmé, Raymond Roussel, Michel Foucault, Marcel Detienne,
Arlette Farge, Catherine Malabou e Georges Didi-Huberman.
“Este retrato do Daesh tecido em
várias vozes mostra o quanto o terrorismo 3G, ou da terceira geração, segundo a
fórmula de Gilles Kepel, é uma mistura de crenças arcaicas que remontam à lenda
do Profeta, e de tecnologias – as redes sociais – utilizadas como suportes de
propaganda e alienação. Estado sem fronteiras, o EI não conhece limites”. Éric
Fottorino, diretor do jornal Le 1.
“O Estado Islâmico não é uma
organização terrorista clássica. Ele utiliza ao mesmo tempo os meios da guerra,
da guerrilha e do terrorismo. Mobiliza tanto homens aptos para o choque frontal
da batalha quanto jihadistas dispostos ao martírio”. Gérard Chaliand,
geoestrategista.
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