#CaféLiterário: Publicitária narra em livro superação de doença autoimune
janeiro 31, 2016
A publicitária Claudia Eberle esbanja
sorrisos e simpatia por onde passa. Quem a vê assim não imagina as adversidades
e as batalhas que já enfrentou. Portadora de uma doença autoimune chamada
Berger, que compromete a funcionalidade dos rins e cujo diagnóstico é
irreversível, Claudia passou por tratamentos intensos e submeteu-se a três
transplantes.
Mesmo com uma enfermidade que pudesse
ser a sua sentença de morte, nunca desistiu de lutar pelos seus sonhos e, hoje,
é conhecida por incentivar a doação de órgãos e motivar inúmeras pessoas a
enxergarem a vida sempre por uma perspectiva positiva.
“Você corre risco de vida”. Foi a
frase que marcou para sempre o destino da adolescente de apenas 14 anos, que
tinha um futuro promissor a seguir, ao receber a notícia de ser portadora de
Berger. “Criei certa resistência à situação. Não queria ser vítima nem refém da
doença”, relembra Claudia em seu livro “Três Vidas: uma história de superação e
pílulas de positividade”, lançamento da Scortecci Editora. Depois de ser submetida
ao tratamento de hemodiálise com urgência, precisou recorrer ao transplante de
rim. O primeiro “anjo” e doador foi seu próprio pai.
Claudia encarou o transplante como
uma forma de renascimento, o que a motivou a alcançar cada vez mais suas metas
e objetivos. Dez anos depois, ela conseguiu se formar em Propaganda e Marketing
e, aos 25 anos, já possuía uma carreira respeitada como executiva em grandes
agências e empresas multinacionais. No entanto, logo sua vida ganharia novos
rumos graças ao comprometimento do rim transplantado. “Fiquei desolada naquele
momento”, comenta Claudia. Ali, começava sua segunda batalha pela vida.
Depois de tantas idas e vindas ao
hospital na adolescência, a executiva estava “blindada” para enfrentar qualquer
desafio. Encontrar outro doador estava se tornando uma tarefa impossível,
quando, por surpresa, a compatibilidade ocorreu com sua tia.
“As coisas começavam a conspirar a
nosso favor. Tia Rosa e eu nos entreolhamos, respiramos mais aliviadas e
percebemos que havia uma força a qual todos nós precisamos aprender a criar,
aceitar e praticar. Aquele foi o ponto chave em que minha vida mudou e decidi
me entregar ao destino, escolhendo acreditar que tudo no final da certo, e que
cabe a cada um de nós ser o protagonista da nossa própria história, começando a
enxergar nas dificuldades a beleza do aprendizado, mesmo com tudo que já tínha
vivido e enfrentado”, ressalta Claudia.
Com o segundo transplante, Claudia
retomou as rédeas da sua vida. Em 2002, começou a namorar um alemão e, no ano
seguinte, se casaram. Ao lado do marido, a publicitária ousou sonhar com o que,
para os médicos era muito difícil: ser mãe. Sua primeira gestação durou apenas
cinco meses, sendo interrompida por um aborto.
Após o luto, arriscou uma nova
tentativa. Aos 31 anos, quando engravidou de Diego, sabia que a gestação
exigiria muitos cuidados. Ficou internada, teve uma gravidez incomum e seu
filho nasceu prematuro de sete meses, ficando quase um mês na incubadora do
hospital.
Pouco tempo depois, Claudia descobriu
que precisaria de um terceiro transplante, pois, por conta da doença, seu
organismo rejeitara o órgão novamente. Desolada, sentiu seu mundo desabar mais
uma vez e, agora como mãe, tinha que reunir ainda mais forças para encontrar o
terceiro doador.
Todos os familiares que faziam os
testes de compatibilidade eram descartados pelos especialistas.
Inesperadamente, uma amiga da família se sensibilizou com sua história e, em um
ato de muito amor e generosidade, decidiu salvá-la. Assim que terminaram os
exames de compatibilidade, Claudia descobriu que receberia sua terceira chance
de viver.
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