Brasil reduz em 5,7% número de mortes no trânsito
novembro 18, 2015Foto: Carlos Hauck / Odin / Reprodução. |
O Brasil conseguiu reduzir o número
absoluto de mortos no trânsito. Foram 44.812 mortes em 2012 e 42.266 em 2013,
ou seja, houve uma queda de 5,7% de um ano para o outro. Os números foram
apresentados nesta quarta-feira (18/11), durante a 2ª Conferência Global de Alto Nível
sobre Segurança no Trânsito, em Brasília-DF.
A taxa de mortalidade caiu ainda
mais, em 6,5%, de 22,5 mortos por 100 mil habitantes, em 2012; para 21 casos
por 100 mil habitantes, em 2013. O ministério destaca que a queda é um possível
reflexo do endurecimento da Lei Seca, em 2012. O balanço apresentado nesta
quarta-feira aponta que 42.266 pessoas morreram por causa de acidentes de
trânsito em 2013, sendo que 12.040 eram ocupantes de motocicletas (28,8% do
total de mortes).
Em 2008, os custos com as internações
por acidentes de trânsito no Sistema Único de Saúde (SUS) foram de R$ 117
milhões. Apenas com as motocicletas, os custos foram R$ 49 milhões. Em 2013, o
valor gasto com internações no SUS crescem 95%, chegando a R$ 229 milhões.
Somente com as internações de acidentes com motocicletas foram gastos R$ 112
milhões, em 2013 – valor 128,5% maior do que o despendido em 2008.
O estudo apontou, ainda, que a frota
de veículos mais que dobrou na última década, tendo crescido 121%, entre 2003 e
2013, e que o crescimento da frota de motos foi de 247%, em dez anos. Os
veículos de duas rodas passaram de quase 6 milhões para quase 22 milhões.
Também foi apurado o comportamento no
trânsito e o estudo revelou que metade dos brasileiros não usa cinto de
segurança nos bancos de trás dos veículos. No banco da frente, são 20,6% os que
afirmam nem sempre usar. Parcela de 79,6% disse sempre usar o cinto de
segurança. Na zona rural, 55,2% afirmam nem sempre usar o cinto no banco de
trás.
Estudos, entretanto, mostram que o
cinto de segurança no banco da frente reduz em 45% o risco de morte, e no banco
de trás, em 75%. Em 2013, um levantamento da Rede Sarah apontou que 80% dos
passageiros do banco da frente deixariam de morrer se os cintos do banco de
trás fossem usados com regularidade.
Entre aqueles que pilotam motos, o
trabalho apontou que na média nacional, 83,4% da população afirmam sempre usar
capacete ao pilotar motos. Ou seja, sobra uma parcela de 16,6% que afirma nem
sempre usar o capacete ao conduzir. No campo, os índices são piores. Fatia de
31,7% nem sempre usa capacete ao conduzir motos.
A combinação “álcool e direção”
infelizmente ainda faz parte do trânsito brasileiro. O estudo apurou que 24,3%
da população brasileira admite dirigir logo depois de beber e que na zona
rural, esse percentual é de 30,4%. O Brasil é um dos 25 países do mundo que
estabeleceram a tolerância zero para o consumo de bebida alcóolica por
motoristas e um dos 130 que usam o teste do bafômetro como forma de garantia do
cumprimento da lei.
Em todo o mundo, 1,25 milhão de
pessoas são mortas e em torno de 30 a 50 milhões ficam feridas a cada ano em
decorrência de acidentes de trânsito. Os óbitos atingem principalmente crianças
e jovens de 5 a 29 anos, sendo que os jovens do sexo masculino são as
principais vítimas.
Fonte: Portal
Brasil.
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