#CaféLiterário: Livro “Mundos Esquecidos" revela história das minorias étnicas da Ásia

outubro 25, 2015



No livro “Mundos Esquecidos - Uma Jornada Através da Ásia”, o novo lançamento da Luste Editores, Eliane Band conta, através de imagens, histórias de povos asiáticos pouco conhecidos e suas tradições preservadas em quase total isolamento. A publicação é resultado de anos de dedicação e pesquisa em viagens de Eliane pelo interior de China, Vietnã, Nepal, Mianmar, Laos, Indonésia e Índia, em busca de conhecer como vivem as minorias étnicas em seus mundos esquecidos. Para comprar o livro, clique aqui.

“O livro retrata meu encantamento e respeito por esses mundos. Por tudo o que nós do ocidente perdemos pelo caminho, deixamos passar, como compaixão, integridade, respeito pelos mais velhos. Essas etnias só sobrevivem porque estão isoladas, e isso logo acabará por causa da globalização. Estradas estão sendo construídas em direção a estas regiões remotas”, diz Eliane.

Mais do que lindas imagens, o leitor verá a história e a tradição refletidas nos rostos marcados de minorias étnicas que estão escondidas no interior asiático. A experiência de Eliane, que deixou para trás um emprego estável e uma vida confortável no Rio de Janeiro para se aventurar no inóspito interior da Ásia, é retratada em paisagens deslumbrantes, personagens inesquecíveis e narrativas marcantes.

O que Eliane quer é mostrar ao mundo algo que a tocou profundamente nos três anos em que viveu naquela região. Pessoas que preservam suas tradições, vivem em harmonia, possuem um altruísmo genuíno e são felizes – apesar das condições de pobreza. “São povos que preservam um requinte, uma dignidade, uma riqueza simbólica, não se dobram às circunstâncias e às adversidades. É algo raro e absolutamente comovente que resgata o espírito humano”, conta a autora.

Alguns povos contam suas histórias por meio de bordados. Já as mulheres da tribo Palaung usam cintos para se manterem ligadas à terra; as crianças da etnia Yao usam chapéus que, segundo as tradições, protegem-nas dos maus espíritos. Estes simbolismos são mostrados no livro, assim como as histórias marcadas nos rostos de homens e mulheres retratados pelas lentes de Eliane.

Quando voltou para o Brasil, Eliane foi incentivada por amigos a compartilhar sua experiência. Foi quando surgiu a ideia do livro. “Eu larguei uma vida consolidada no Rio de Janeiro, um emprego considerado glamouroso como produtora de eventos, para me aventurar por regiões pouco conhecidas por nós. Fui para meditar, estudar filosofia, e acabei ficando mais tempo do que tinha planejado. Quando cheguei lá e passei por vários apertos é que percebi como precisei ter coragem para desbravar esses lugares sozinha e viver de maneira tão extrema”, revela a autora.

As fotos selecionadas para compor o livro receberam tratamento básico. Eliane queria que fossem fiéis aos lugares e às situações vividas pelos personagens. “Meu objetivo é preservar a realidade daqueles povos, por isso as interferências foram sutis”, explica.

“Foi uma experiência que me marcou e me depurou, foi uma lição de vida. Medos, inseguranças e conflitos internos meus foram jogados no lixo durante esta viagem. Hoje, tenho uma compreensão maior da vida e mais confiança no mundo”, diz ela, que se imbuiu de um espírito aventureiro para viver situações difíceis, muitas vezes em condições precárias de higiene e segurança.





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