"É de Casa" estreia confuso e sem a necessidade de seis apresentadores
agosto 08, 2015![]() |
Foto: TV Globo / Reprodução. |
O que fazer com apresentadores que
possuem rejeição do público ou com aqueles que, apesar de serem muito bons no
vídeo, ainda não conseguiram um programa solo na atual grade da Globo? Fazer um
reality show? Não, o diretor Boninho foi mais longe e criou um programa de
variedades com os seis atuais apresentadores da emissora que ainda não tem um
programa para chamar de seu.
De início, a proposta do É de Casa é algo novo para a própria
Globo que, de uns anos para cá, resolveu se aventurar mais na ideia dos
programas femininos/variedades que falam de casa, comportamento e bem-estar.
Mesmo com um cenário incrivelmente bonito, o É de Casa é muito mais do mesmo: até a ideia de ter muitos
apresentadores comandado um programa do gênero já é feito pela concorrência há
anos.
Nas redes sociais, os internautas
brincaram que o Pedro Bial poderia aparecer a qualquer momento para eliminar um
apresentador. Quem sabe isso não pode acontecer mesmo? A ideia do É de Casa é ser uma “Malhação” de novos
apresentadores da Rede Globo, antes de serem testados em outras atrações ou
antes mesmo de estrearem em voos solos. O time é formado por André Marques,
Cissa Guimarães, Patrícia Poeta, Tiago Leifert, Ana Furtado e Zeca Camargo. Ufa!
Tem muita gente mesmo.
Segundo a emissora, a ideia é que a
partir do sábado que vem, o É de Casa
seja comandado por uma dupla ou trio, e não com os seis apresentadores juntos.
Por mais que a ideia de querer oferecer para o público um programa que emule o
cotidiano de uma casa real, o próprio telespectador fica sem saber qual é a
função de tanta gente junta no vídeo. Fica confuso.
O É de Casa estreou sem oferecer nada de novo, a não ser pelo cenário
que é um dos mais caprichados da TV. Logo no início da atração, os
apresentadores comentaram notícias de jornais que já estavam velhas para o
público. Não se preocuparam em oferecer nenhuma reportagem especial, nem
entrevista. O ponto mais inusitado foi a narração de uma prova de natação feita
na garagem pelo jornalista Luís Ernesto Lacombe e com os comentários do
ex-nadador Gustavo Borges.
Nesta hora, Tiago Leifert sentiu
saudade do jornalismo esportivo de qual teve que sair para se dedicar aos
programas de entretenimento da Globo. Sem contar que em setembro, Leifert
assume o comando do The Voice Brasil
e ficará acumulando duas atrações. Nos bastidores, há pessoas que garantem que
Boninho esteja preparando o ex-apresentador do Globo Esporte para assumir o Big
Brother Brasil no lugar de Pedro Bial.
Mas, se nas redes sociais, o É de Casa foi alvo de elogios e
críticas, na audiência o programa não estreou com o pé direito. A atração
marcou 5,3 pontos na Grande São Paulo, segundo dados preliminares, teve picos de 8 pontos, e perdeu
para os desenhos do SBT, que lideraram com 6 pontos. De acordo com o site Notícias
da TV, em vários momentos, chegou a ficar em terceiro. No sábado
passado (01/08), quase no mesmo horário, TV
Globinho teve 10,5 pontos e o Sábado
Animado, do SBT, marcou 4 pontos. Se quiser continuar no ar, o É de Casa vai ter que se aproximar mais
do público, principalmente no quesito empatia.
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