Livro "A conquista do Brasil" debate os primórdios da história do país
maio 18, 2015
Não é todo mundo que sabe sobre os
primórdios da história brasileira. Em tempos de intolerância e ignorância
política, revisitar a história do Brasil é urgente e extremamente necessário
para entender o atual contexto político que vivemos. Foi desta inquietação que
nasceu o livro A conquista do Brasil,
do jornalista Thales Guaracy, lançado pela Editora Planeta. Para comprar o
livro, clique
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Com prefácio de Laurentino Gomes,
autor do best-seller
1808, o livro de Guaracy mostra, por meio de farta pesquisa, que o povo
brasileiro – famoso por seu espírito festivo e alegre - é herdeiro de uma
tradição ambiciosa, escrita à espada de desbravadores sanguinários, com a
chibata dos mercadores de escravos e a ambição de nobres que enriqueceram a
margem da lei e do próprio mundo civilizado.
Recorrendo às mais variadas fontes,
dos primeiros documentaristas às mais recentes descobertas antropológicas,
Thales Guaracy revela em ritmo de romance a disputa dos europeus pela primazia
da colonização do Brasil, com o extermínio genocida da população nativa, que,
na época do dito descobrimento, contava cerca de 1,5 milhões de nativos.
A partir de documentos originais, o
autor reviu os grandes acontecimentos relacionados ao Descobrimento do Brasil e
seus personagens. Entre eles, está João Ramalho, o desterrado que se amoldou à
vida dos índios e fundou uma dinastia de mestiços caçadores de escravos; os
jesuítas que aplicaram as diretrizes implacáveis da Inquisição na guerra santa
contra uma coalizão de “hereges”, os franceses protestantes e seus aliados canibais;
e nativos como Cunhambebe, o “cacique imortal”, líder da resistência indígena,
que devorava seus inimigos dizendo que era um “jaguar”.
Em A Conquista do Brasil, surge com inédita clareza a história épica,
brutal e às vezes irônica do extermínio dos índios na costa brasileira, cujo
marco determinante é a fundação da cidade do Rio de Janeiro. E como sobre esse
berço de sangue criou-se a sociedade geradora do maior país da América Latina,
com a maior população católica do mundo.
Nessa trajetória, personagens quase
mitológicos são vistos novamente como gente de carne e osso. Entre os
portugueses, povo de um país pequeno, mas com grandes ambições, estavam os
jesuítas Manoel da Nóbrega, padre gago incumbido de catequizar um povo de
“língua indecifrável”, e José de Anchieta, o santo brasileiro, para quem a
melhor pregação para os índios era “a espada ou a vara de ferro”.
Do lado dos nativos, postavam-se
guerreiros antropófagos com líderes implacáveis - como Aimberê, o ex-escravo
que se tornou líder da resistência, e Cunhambebe, o cacique imortal, que dizia
poder devorar carne humana porque era “um jaguar”. Para Guaracy, o livro A Conquista do Brasil não muda o
passado, mas ajuda o leitor a ver com olhos de hoje em que circunstâncias
aconteceu o descobrimento do País. E isso, por si só, já é capaz de mudar a
compreensão que temos de nós mesmos.
Sobre o autor
Nascido em 15 de março de 1.964, no
bairro da Liberdade, em São Paulo, Thales Guaracy se formou em Comunicação e
Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo, a USP. Ele mantém um blog homônimo e trabalhou
como repórter e editor nos principais veículos do país, como Veja e Exame, e
recebeu o Prêmio Esso de Jornalismo
Político. Publicou revistas, 20 livros como autor e mais de uma centena
como editor. A obra de que mais se orgulha, porém, é André Rayan, que nasceu em
2006, e o fez voltar de Nova York para que o filho fosse brasileiro.
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