Dia Mundial Sem Tabaco é um convite para largar o cigarro

maio 29, 2015



O cigarro possui, ao menos, 70 substâncias cancerígenas com mais de 4.700 componentes tóxicos. De acordo com especialistas, o tabagismo está relacionado a cerca de 71% das mortes por câncer de pulmão, 42% das mortes por doenças respiratórias crônicas e 10% das mortes por doenças cardiovasculares são atribuíveis ao  tabagismo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2 bilhões de pessoas fumam  um terço da população mundial, e seis milhões morrem no mundo a cada ano por causa do cigarro. Desse total, cerca de 600 mil mortes ocorrem por conta dos efeitos do tabagismo passivo.

Aqui no Brasil, o ato de fumar está cada vez menos popular. Segundo dados do Vigitel 2014, atualmente, 10,8% dos brasileiros ainda mantém o hábito de fumar – o índice é maior entre os homens (12,8%) do que entre as mulheres (9%). Os números representam uma queda de 30,7% no percentual de fumantes nos últimos nove anos. Em 2006, 15,6% dos brasileiros declaravam consumir o produto. Os dados foram divulgados nesta semana, em função do Dia Mundial sem Tabaco, celebrado em 31 de maio.

Entre os principais motivos para a queda do consumo do tabaco no Brasil está o aumento do preço dos cigarros. Segundo a Pesquisa ICT/INCA 2013, 62% dos fumantes pensaram em parar de fumar devido ao valor do produto no país. A política de preços mínimos também está diretamente ligada à redução da experimentação entre os jovens, já que cerca de 80% dos fumantes iniciam o hábito antes dos 18 anos.

Para a psicóloga Cristina Perez, consultora de Promoção da Saúde da Fundação do Câncer, apesar de todas as campanhas e informações disponíveis que motivam o fumante a abandonar o cigarro, a decisão de parar é pessoal e requer dedicação e determinação.

“As tentativas para deixar de fumar fazem parte do processo para se alcançar a cessação definitiva. Por isso, não desista se não conseguir na primeira tentativa. Recorrer à ajuda profissional é um grande passo para o fumante estabelecer um compromisso de respeito com seu corpo e sua vida”, recomenda Cristina Perez.

A psicóloga aponta que os benefícios ao corpo são imediatos para quem deixa de fumar. Em 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal. Em duas horas, não há mais nicotina no sangue. Em oito horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza. Em dois dias, os aromas e sabores dos alimentos se tornam mais perceptíveis. “A família do ex-fumante também estará mais saudável, porque não estará mais exposta à fumaça do cigarro”, ressalta.

A internauta Rita Zonaro, de 41 anos, fumou dos 13 aos 39 anos. Com 26 anos de dependência, ela percebeu que a saúde não ia bem e resolveu parar. “Naquele dia comprei um maço, sentei na cadeira no meu quintal, fumei um até o filtro, chamei meus dois filhos e disse a eles que a partir daquele momento nunca mais eu fumaria. Joguei o maço todo no lixo na frente deles. Em uma semana me senti perdida, mas depois parecia que nunca havia fumado na vida. Mudou tudo. Me sinto jovem de novo, sem dores, sem cansaço”, lembra.

Pesquisa

O tabagismo é um fator importante para o desenvolvimento de doenças como câncer, doenças pulmonares e cardiovasculares e continua sendo a principal causa de mortes evitáveis. Ainda segundo o Vigitel 2014, o uso de cigarros é maior na faixa etária de 45 a 54 anos (13,2%) e menor entre os jovens de 18 a 24 anos (7,8%).

Os homens fumam mais em Porto Alegre (17,9%), Belo Horizonte (16,2%) e Cuiabá (15,6%) e as mulheres em Porto Alegre (15,1%), São Paulo (13%) e Curitiba (15,6%). O tabagismo é menos frequente em Fortaleza (8,6%), Salvador (9%) e São Luís (9,3%) entre os homens, e no público feminino em São Luís (2,5%), Palmas (3%) e Teresina (3,1%).





Fotos: iStock / Reprodução.






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