Belo Horizonte recebe a Mostra do Filme Livre 2015
maio 22, 2015
De 03 a 22 de junho, Belo Horizonte
recebe a 14ª edição da Mostra do Filme
Livre, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-BH), localizado na Praça da
Liberdade, na região centro sul da capital mineira. Na programação, mais de 200
filmes independentes de todos os formatos, gêneros e durações. Trata-se de
obras recebidas de várias partes do país e muitas terão a #MFL2015 como sua única exibidora.
A chance de ver toda essa produção
independente do cinema nacional começou no Rio de Janeiro (11 de março a 5 de
abril) e depois seguiu para Brasília (8 a 27 de abril), São Paulo (29 de abril
a 25 de maio) e finaliza seu circuito de exibição em BH (03 a 22 de junho).
Todas as sessões da Mostra são
gratuitas e a programação pode ser conferida na íntegra no site oficial do evento.
A abertura da #MFL2015 será no dia
01 de junho (segunda-feira), às 19 horas, no CCBB-BH, com a exibição do longa
“O Tempo não existe no lugar em que estamos”, do diretor paraibano (e radicado
em BH) Dellani Lima.
A edição deste ano da #MFL2015 homenageia o cineasta paulista
Maurice Capovilla, o Capô, que possui uma ampla trajetória na defesa de um
cinema de expressão livre, atuando não só na realização para cinema e
televisão, mas também como crítico e professor. Como realizador, iniciou no
documentário, influenciado pelo argentino Fernando Birri e a Escola de Santa
Fé.
A #MFL2015 apresenta sete sessões com as mais expressivas obras do
diretor, entre elas: “Subterrâneos do Futebol” (1964), que integra o grupo de
médias-metragens produzidos por Thomas Farkas, entre 1964 e 1965, e é um dos
marcos pioneiros do “cinema verdade” no país; “O Profeta da Fome”, cult-movie
de 1970 estrelado por José Mojica Marins, o famoso “Zé do Caixão”, mas que no
filme faz papel de um faquir; “O Jogo da
Vida” (1977), com Maurício do Valle, Gianfrancesco Guarnieri e Lima Duarte; e o
mais recente “Nervos de Aço”, sobre Lupicínio Rodrigues e estrelado por Arrigo
Barnabé.
Ainda, para quem curte cinema,
durante a #MFL2015, acontecerá uma
oficina sobre cinema independente. As inscrições são gratuitas e podem ser
feitas até o dia 25 de maio, apenas neste site. As
aulas serão de 03 a 8 de junho no CCBB e arredores e é voltada para quem tem
ideias práticas e baratas para fazer um filme; ou possui roteiros engavetados,
mas de fácil realização; ou tem em casa boas filmagens brutas (e não saber o
que fazer com elas) e ou esboços de projetos quase terminados.
Retrô
Outro destaque da #MFL2015 é a retrospectiva de curtas do
realizador mineiro Carlos Magno Rodrigues. Formado em Artes Visuais pela UFMG, o diretor chama a atenção pela forma
autoral e o tom quase confidencial de seus primeiros vídeos.
Nos anos 2000, com a proliferação de
festivais e mostras, o trabalho dele cavou um espaço importante na cena contemporânea
e, após 20 anos e diversos prêmios e homenagens, é tido como um dos alicerces
do cinema de autor no Brasil, especialmente quando se pensa em curta-metragem.
Carlos Magno participa de um debate no dia 17 de junho, às 20 horas.
Durante a #MFL2015, o público confere os seguintes curtas dirigidos por
Carlos Magno: “Andrômeda – a menina que fumava sabão” (2009, 15 min); “1976 –
Lugar sagrado” (2010, 6 min); “Alexandre Illich” (2008, 12 min); “Sebastião, o
homem que bebia querosene” (2007, 10 min); “IGRREV – Igreja Revolucionária dos
Corações Amargurados” (2007, 15 min); “Antes de tudo” (2004, 5 min);
“Imprescindíveis” (2003, 5 min); “Coração Rebelde” (1999, 2 min); “O Corte de
cabelo do diabo” (1998, 5 min); “Para quem enxerga e não entende bem as
palavras” (1997, 5 min); e “Michelangelo Antonioni” (1995, 3 min).
Ainda, serão exibidos outros 16
filmes (longas, médias e curtas-metragens) produzidos em Minas Gerais: Os
longas “Ela volta na quinta”, de André Novais Oliveira (108 min); “A Mulher que
amou o vento”, de Ana Moravi (67 min); “Ruídos Mudos”, de Haendel Melo (23 min)
PREMIADO NA MFL2015 ; “Tigre”, de João Borges (15 min); “O Bagre africano de Ataléia”, de Aline X e Gustavo
Jardim; e os curtas “Os cantos da terra livre”, de Gabriel Bilig (27 min);
“Brisa secreta das alturas”, de Fábio Carvalho (14 min); “Vila-Aeroporto”, de
Danilo Vilaça (10 min); “Tormenta”, de Fernanda Salgado e Fernando Mendes (14
min); “A Varinha Mágica”, de Ramon Faria (5 min); “Atemporal”, de Sara Não Tem
Nome (1 min); “Texto Simples”, de Francisco Franco e Josimar Freira (3 min);
“Sandra Espera”, de Leonardo Amaral (20 min); “A mudança”, de Erick Ricco (25
min); e “Guignard Imaginário”, de Isabel Lacerda (26 min).
O evento
Sob a curadoria de Marcelo Ikeda,
Chico Serra, Guiwhi Santos (Guilherme Whitaker), Christian Caselli, Gabriel
Sanna e Ricardo Mansur, a MFL é a maior e a mais abrangente mostra de cinema
brasileiro por conta da extensa variedade de produções que exibe. Em relação a 2014,
neste ano o número de inscritos aumentou 40%, um recorde. Os filmes serão
exibidos de acordo com suas características (sendo que, na maioria das vezes,
não entraram em exibição no circuito comercial).
“Este ano recebemos 1460 filmes. Dos 209 selecionados,
apenas 49, ou seja, 23%,utilizaram verbas públicas na produção. As demais foram
feitas sem essa grana, mas com muita gana. A MFL é o único evento de cinema que
admite filmes de todos os formatos, gêneros e durações, além de aceitar filmes
de qualquer época. A maioria dos festivais aceita obras realizadas no máximo há
dois anos”, explica Guilherme Whitaker, criador
e organizador da MFL.
Ele ressalta ainda que em 13 edições,
o público foi de 55 mil pessoas, que assistiram mais de 3 mil filmes. “No ano passado o circuito de Cineclubes da
MFL chegou a 25 cidades com público de 2,3 mil pessoas. Este ano vamos repetir
a ação e queremos ampliar as salas de exibições”, ressalta.
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