Hábitos saudáveis garantem o controle da obesidade infantil

abril 09, 2015



O consumo precoce e excessivo de alimentos industrializados somatizado a cada vez menos tempo para brincadeiras aeróbicas ao ar livre têm elevado os riscos de obesidade infantilPara se ter uma ideia, a obesidade já é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma epidemia que acomete pessoas em todo o mundo, com maior incidência em países em desenvolvimento. 

O aumento crescente da incidência é um desafio para a saúde pública e tem exigido ações de controle, prevenção e combate desde os primeiros anos de vida. Levantamento da Vigilância Alimentar e Nutricional da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), feito em 2014 com mais de 600 mil crianças de zero a cinco anos, mostrou que 17,9% delas apresentavam risco de sobrepeso; 7,9% estavam com sobrepeso; e 7,7% eram obesas. Entre as 400 mil crianças entre cinco e dez anos avaliadas, 14,9% apresentam sobrepeso; 7,5% estão obesas e 4,7% têm obesidade grave.

Para o primeiro grupo, os números são menores que os registrados nos dados nacionais – 18,4% de risco de sobrepeso; 8,7% com sobrepeso; e 8,9% com obesidade. No segundo grupo, os dados nacionais são muito próximos aos encontrados em Minas Gerais – 15,1% de sobrepeso; 7,4% de obesidade; e 5% de obesidade grave.

“A obesidade quando manifestada na infância, na maioria das vezes, tende a persistir durante toda a vida adulta, agravando o problema ao longo do tempo. Por isso, a importância das ações de prevenção e promoção à saúde. Sabe-se que a obesidade traz consigo várias outras doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e demais agravantes. E quando estas doenças se manifestam na infância, o risco de mortalidade aumenta gradativamente”, alerta a referência técnica da Coordenadoria de Alimentação e Nutrição da SES, Joyce Mara Xavier.

As ações de enfrentamento à obesidade infantil faz parte do Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), que também engloba os cuidados e prevenção à diabetes, hipertensão e outras doenças. 

O Programa Estruturador Cultivar, Nutrir, e Educar e o Programa Saúde na Escola atuam no ambiente escolar, trabalhando a questão da alimentação saudável com o estímulo ao consumo de frutas e hortaliças e a redução no consumo de sal. Além de ações de promoção à saúde e prevenção de doenças, com acompanhamento da saúde e desenvolvimento infantil.
Foto: Site M de Mulher / Reprodução. 

O incentivo ao aleitamento materno e à alimentação completamente saudável até os dois anos de idade é outra frente de combate à obesidade infantil. Crianças que mamam mais tempo no peito têm acesso tardio aos alimentos industrializados que favorecem a ocorrência de obesidade. Desde 2013, já foram qualificados no estado 552 tutores e 3.051 profissionais das Unidades Básicas de Saúde para atuar nesse estímulo.

A referência técnica da Coordenadoria de Alimentação e Nutrição da SES-MG, Joyce Mara Xavier, reforça que a participação da família é imprescindível para a redução dos índices de obesidade na infância, já que os adultos além de responsáveis financeiros pela alimentação das crianças são os exemplos dos pequenos no consumo dos alimentos. Ela orienta evitar alimentos muito industrializados e com alto teor de conservantes. 

“Os alimentos processados e ultraprocessados, aqueles que são totalmente industrializados e assim se distanciam muito dos alimentos in natura, são os mais prejudiciais à saúde da família. A primeira coisa que a família deve fazer é dar o exemplo. Além disso, os familiares precisam estimular atividades ao ar livre, para as crianças serem estimuladas a realizar atividades físicas desde pequenas”, aconselha.

Outra dica da especialista é que as famílias façam as refeições à mesa e longe dos aparelhos eletrônicos, com tempo suficiente para mastigar bem os alimentos e desfrutar de todas as sensações agradáveis da refeição. “Além de aumentar o vínculo familiar, quando a pessoa assenta-se à mesa a alimentação torna um momento de prazer sem ser um período em que a pessoa é bombardeada por outras informações e assim evita o excesso de alimentos ingeridos sem necessidade”, orienta. 





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Colaborou a jornalista Giselle Oliveira, da SES-MG.







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