Exposição "Movimentos" chega ao Centro Cultural Banco do Brasil
abril 18, 2015
No dia 22 de abril, a exposição Movimentos
chega ao Centro Cultural Banco do Brasil
(CCBB) de Belo Horizonte, com vernissage aberta ao público, a partir das
19h. A entrada é franca. A mostra individual, do artista André De Castro, retrata jovens de diferentes nacionalidades que
participaram das manifestações democráticas no Brasil, em 2013, além de
Turquia, Estados Unidos e Grécia.
A exposição é composta por diversas
telas em silkscreen com uma série de retratos e referências destes jovens. As
telas formam um grande painel, que já foi exibido durante a Arte Basel em Miami, BKLYN fair, no Dumbo-Brooklyn, e ocupou
a Opus Galery no Chelsea, em Nova
York. O painel, iniciado em 2013 e em constante expansão, será concluído nas
exposições no Brasil com telas inéditas.
O painel, iniciado em 2013 e em
constante expansão, será concluído nas exposições no Brasil com telas inéditas.
Após a temporada
no CCBB da capital mineira, a exposição fará
“escala” no CCBB de Brasília, em junho, de onde seguirá para a Caixa Cultural,
no Rio de Janeiro, em agosto e setembro.
O contato com os manifestantes
aconteceu pelo mesmo meio que eles utilizaram para organizar as passeatas na
época: a internet. Com ajuda da rede, André identificou e reuniu uma série de
referências de cada jovem – cores, imagens, músicas e objetos, por exemplo –
para criar uma composição única, mostrando as singularidades de ideias e
culturas de cada um.
“Busquei contato por hashtags, em grupos do Facebook, no
Twitter... A grande maioria dos participantes são jovens que estão sempre
conectados, e assim que os identifiquei, conversei sobre o projeto e pedi a cada retratado que enviasse uma foto de rosto e respondesse
a uma série de perguntas relacionadas ao
movimento político de seu país e sua identidade”, conta o artista, que convida o público a comparar referências e
perceber possíveis pontos em comum entre as colagens.
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Telas da exposição "Movimentos". Fotos: Reprodução. |
A escolha da técnica também não foi
por acaso. O silkscreen – ou serigrafia, como é conhecida no Brasil – é
associado a movimentos políticos históricos e a mitificação de personalidades,
como Che Guerra, Marilyn Monroe e o presidente Barack Obama, por exemplo. No entanto, a intenção não é elevar heróis ou
representantes dos movimentos, mas usar essa técnica para valorizar a agência
de todos, valorizar o conjunto formado por indivíduos únicos.
Cada imagem é um monoprint, uma
estampa impressa em cópia única, que cria uma linguagem visual espontânea e
gestual, sem registros ou alinhamentos. Na sala de exposição, as referências
visuais de cada um são acompanhadas pelo áudio de trechos das músicas
escolhidas por eles. Além de exposto em uma sala ambientada com trechos de
músicas mencionadas pelos jovens
As imagens são organizadas no painel não por nacionalidade, mas em ordem
alfabética, permitindo combinações
espontâneas entre os retratados. A exposição no Brasil conta com texto inédito
do historiador Daniel Aarão Reis e será publicado um catálogo bilíngue pela Aeroplano Editora e Pratt Press. O painel completa também
está disponível no site oficial do artista.
Sobre o artista
Nascido no Brasil e radicado nos Estados
Unidos, o artista visual André De Castro
vive e trabalha entre Rio de Janeiro e o Brooklyn. Em 2011, mudou-se para Nova York para fazer MFA na Pratt Institute e, desde 2013, mantém seu estúdio no Brooklyn, além de trabalhar
como diretor de arte na Saatchi and
Saatchi.
Em 2009, André publicou seu primeiro
livro “Funk – que batida é essa”, um conjunto de ilustrações que retratam o
funk carioca, fruto do projeto de graduação na PUC-Rio.
Durante o mestrado, participou do
livro “Five Conversations on Graphic Design”, publicado pela Pratt Press. O
artista venceu, em 2013, o prêmio "Never Stop Never Settle", promovido pela Pratt Institute e Hennessy US com o projeto “Movimentos”.
No ano seguinte, André passou a participar da “Opus Project Space” como artista e teve sua primeira
exposição solo na Opus Gallery em NY, no Chelsea. Este ano, para dedicar-se à
exposição “MOVIMENTOS”, aqui no Brasil, o artista transferiu seu estúdio para a
antiga fábrica da Behring, no Rio de Janeiro.
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