#BBB15: Eliminação de Aline versus manipulação do Jogo

fevereiro 18, 2015



Pensei muito se escrevia este post sobre a eliminação de Aline, nesta última terça-feira (17/02), no #BBB15. Tenho deixado o Twitter para comentar sobre o reality show em tempo real, mas vi a necessidade de um post que falasse sobre o calor das torcidas na internet em pleno carnaval e sobre a tão falada “manipulação” que existe no programa.

Dificilmente a gente consegue ver algo assim: uma votação tão expressiva em um período em que as pessoas estão de fato viajando, passeando e curtindo o carnaval. Mas, o sucesso desse paredão foi um mix de coisas. A primeira é que o Big Brother Brasil é um reality show que se divide em dois: o que é mostrado na TV aberta, não é nem um terço do que acontece na internet.

Acredito que, atualmente, o BBB é único programa trans e crossmídia da TV brasileira. Ou seja, “ele nunca acaba quando termina”, como diria o apresentador Pedro Bial. O telespectador que gosta mesmo do reality show, acompanha tanto pela TV aberta, quanto pela internet. E sem contar o pay-per-view que hoje está no portal da Globo e na TV Paga.

Toda esta introdução é para dizer que na TV aberta o casal Fernando e Aline era mostrado de um jeito, e na internet (e na TV paga) de outro completamente diferente. E por ser um show supostamente de realidade, o telespectador mais atento já percebeu que não dá para confiar somente no que passa na TV aberta. Há uma série de fatores para isso que vai desde a classificação indicativa ao o que é realmente interessante para compor uma história.

Não acredito que os participantes tenham um roteiro, mas são escolhidos mediante o que cada um pode oferecer como persona e no que facilite a composição de uma história que agrade (ou não) o público. Sem contar que este Big Brother é uma volta às origens das primeiras edições: tem mais participantes do “povão” e menos “modelos marombados” sedentos por fama.

Mas, o que mais pegou para a eliminação de Aline foi o fato que ela e Fernando blefavam muito com o público e com a Casa. Tentaram criar uma história de proteção mútua, de casal excluído e apaixonado que não convenceu. Eles tentaram vender para o público uma paixão avassaladora e uma perseguição que se deu a partir da rejeição de Amanda, que diante disso tentaria (na concepção deles) unir forças para destruí-los.

Só que o contexto real era outro. O casal #Ferline era manipulador. Combinava votos descaradamente. Inventava situações de ameaças que não faziam nenhum sentido. Fora que Aline virou coadjuvante de Fernando: quase não falava e fazia tudo que ele mandava. Fato é que ela ganhou o apelido nas redes sociais de “Aham-uhum”, porque só concordava com tudo que o namorado falava.

Aline chamou as supostas adversárias (Amanda, Angélica e Tamires) de prostitutas, mas masturbou o namorado duas vezes debaixo do edredom. Além disso, transou sem camisinha várias vezes com um cara que acabou de conhecer. Tudo isso em rede nacional. Falava o tempo inteiro de valores de família, que era uma pessoa do bem, mas alfinetava todo mundo pelas costas. Até inventou uma briga com Luan para falar com Fernando que havia sido agredida.

Fernando é outro manipulador. Falava uma coisa e fazia outro. No paredão que ele voltou, não se conteve e soltou para Amanda: “inventa outra história porque essa não colou”. Desculpa, Fernando: a história que não colou foi a sua. O público começou ao perceber que o casal apaixonado que a edição na TV aberta tanto enfatizava não tinha nada a ver com o que era mostrado na transmissão 24 horas. Havia um abismo ali.

Aline saiu porque há uma rejeição ao casal. Pode ser mesmo que o amor dos dois seja real, que eles se casem como a moça já declarou. Mas que eles usaram o relacionamento como munição no Jogo, isso usaram. E tentaram usar Amanda como antagonista para projetar o casal dentro do programa. Amanda tinha sim a sua dor de cotovelo por ser mais uma vez rejeitada, mas nada que fosse da proporção que o casal #Ferline queria tanto enfatizar.

Há quem diga que a torcida #clanessa teve forte influência para a permanência de Amanda, mobilizando mutirões de votações. Claro, isso pode ter ajudado. Mas se o casal fosse tão forte no Jogo como eles mesmos supunham, Aline não tinha saído. Houve uma diferença significativa de porcentagem de votos com Amanda e uma rejeição ao casal. Enfim, o resultado deste paredão foi um oxigênio importante para o reality show.

Além disso, a permanência de Amanda no Jogo é uma resposta interessante do próprio telespectador aos jogadores que permanecem no #BBB15. Não adianta inventar histórias, falar uma coisa e fazer outra. Não adianta blefar de forma tão descarada, de tentar apunhalar concorrentes com informações externas, distorcidas ou incorretas. O BBB é um jogo de consequências. Afinal, mentira tem perna curta e o público está, literalmente, de olho para dar “aquela espiadinha”.





Fotos: TV Globo / Reprodução.







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