#CaféConvidado: Crise hídrica pode causar êxodo populacional

janeiro 28, 2015

Represa de Três Marias, em Minas Gerais, banhada pelo Rio São Francisco, completamente seca e com solo rachado. Foto: Gladyston Rodrigues / D.A Press / Reprodução. 


Na seção Café Convidado desta semana, a estudante de Comunicação, Rebeca Magalhães Fernandes, de 20 anos, traz um debate muito interessante a respeito da falta de água no Brasil, em especial na região Sudeste. Com os reservatórios bem abaixo do nível ideal, há um risco enorme de acontecer um êxodo de São Paulo, por exemplo. Ou seja, da população abandonar a capital paulista (ou até mesmo o estado) em busca de localidades que não estejam em um estado tão crítico. Abaixo, confira o texto:


Êxodo de São Paulo: uma das consequências da falta da água


*Por Rebeca Magalhães Fernandes


A escassez de água é um dos assuntos mais comentados e que mais tem chocado a população brasileira nos últimos meses. A falta de chuvas e de medidas por parte da administração pública para reverter essa situação só tem agravado a situação dos nossos reservatórios e represas, principalmente no Sudeste.

Com os sistemas operando com níveis extremamente baixos de água – o Sistema Cantareira, em São Paulo, por exemplo, fechou o dia 26 de janeiro com apenas 5,1% de sua capacidade. Com isso, o corte na energia elétrica e no abastecimento de água está cada vez mais próximo de se tornar realidade.  Nos anos de 2001 e 2002, o Brasil passou por uma crise semelhante, havendo cortes de energia elétrica, popularmente conhecidos como “apagões”.

Por conta dessa crise que assombra os moradores da Grande São Paulo, muitos especialistas e especuladores têm discutido a respeito de um tema que causa bastante discórdia: o êxodo paulista. De acordo com o filósofo Roberto Malvezzi, membro da equipe de preservação do Rio São Francisco, se medidas emergenciais e funcionais não forem tomadas nos próximos meses, a população paulistana terá que se mudar para outras cidades em busca de água.
Represa Jaguari, que integra o Sistema da Cantareira da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), fica com solo seco e rachado devido à falta de chuva. Foto: Moacyr Lopes Junior / Folhapress / Reprodução.

A mídia e o governo ainda não divulgaram informações a respeito dessa possível transferência forçada e algumas pessoas acreditam que as desvantagens de uma mudança em massa seriam maiores do que as vantagens.

Além da falta de água potável para o consumo nas residências, estima-se que as empresas e comércios terão que fechar as portas e demitir os funcionários, pois não terão água para garantir o funcionamento. Isso levará a uma grande crise econômica nas cidades. A solução será, portanto, a migração para cidades próximas à capital, como Campinas, São Bernardo e Santo André, por exemplo.

Essas são algumas cidades que estão em constante evolução em infraestrutura e tecnologia e, por isso, atraem os moradores de São Paulo. Campinas, por exemplo, conquistou a posição de maior centro de tecnologia do Brasil, a cidade recebeu também recentemente um investimento da empresa NET que instalou pontos de wi-fi pela cidade.

Para evitar que essa mudança aconteça, muitas providências terão que ser tomadas. O governo terá que fazer a parte dele, mas todos os moradores também devem se conscientizar da importância de economizar esse bem tão precioso. Medidas simples, praticadas no dia a dia, farão uma enorme diferença e ajudarão na preservação da água.  Devemos fazer a nossa parte, economizando água, e torcer para que o governo também faça a dele.  



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*Perfil: Rebeca Magalhães Fernandes, 20 anos, é estudante de comunicação na Universidade Paulista (UNIP). Atua como estagiaria em uma Escola de Idiomas. É apaixonada por ler e escrever. Contato: rebeca.mmfernandes@gmail.com








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