Livro "Jornalismo, ética e liberdade" faz um balanço dos códigos de conduta do Jornalista

setembro 05, 2014



O que é a ética no jornalismo? Quando começa e quando termina a liberdade da imprensa? Será que a verdade é sempre o norte perseguido pelo jornalista?  No livro Jornalismo, ética e liberdade (232 p., R$ 62,80, Summus Editorial), em quarta edição revista e atualizada, o professor Francisco José Castilhos Karam, especialista em ética, responde a essas e outras questões.

Com base na teoria e na filosofia do jornalismo, Karam faz um balanço de diversos códigos de conduta jornalísticos vigentes no país e no exterior, analisando temas como cláusula de consciência, interesse público e privacidade e métodos lícitos e ilícitos na obtenção de informação.

No livro, o autor defende uma ética universal específica para o jornalista, já que se trata de uma profissão com traços operativos distintos das demais. Para Karam, a ética jornalística não se reduz à normatização escrita, mas faz parte do processo interior do profissional, que deve refletir no trabalho cotidiano e se relacionar à totalidade social. “A ética jornalística envolve, na prática, um conjunto de dilemas com os quais os profissionais jornalistas se defrontam todos os dias”, afirma o autor.

Na avaliação do professor Karam, o conhecimento, o relato e a interpretação presentes no jornalismo são distintos dos existentes em outros campos do conhecimento. “É de suma importância o conhecimento proporcionado pelo jornalismo, que exige o emprego de particularidades técnicas, ética universal, mas específica, e reflexão sistemática”, diz. Diante disso, a obra tenta mostrar a necessidade da existência de uma especificidade profissional conectada à universalidade humana.

Dividida em cinco capítulos, a obra destrincha temas como “Linguagem humana, mediação jornalística e direito à informação”; “Ética, moral e deontologia: breves comentários”; “Para uma defesa moral do jornalismo e de sua especificidade ética”; “Temas éticos no jornalismo: um problema que nunca termina” e “Um futuro aberto: sociedade da informação e do conhecimento, convergência tecnológica, diversidade midiática e ciberjornalismo”.

“Acredito que só um processo dialético que constitua um movimento ético dos profissionais, aliado ao reconhecimento da importância social do jornalismo pela sociedade, pode criar as condições para a realização técnica, política, moral e ética da profissão”, afirma Karam.

Dessa forma, segundo ele, “será possível caminhar para que tenhamos, cada vez mais, profissionais inteiros, tecnicamente competentes, politicamente conscientes e eticamente comprometidos com a realização da universalidade humana que medeiam todos os dias”.

O autor

Francisco José Castilhos Karam é professor da Universidade Federal de Santa Catarina, onde é docente na graduação, no mestrado e no doutorado em Jornalismo. Mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP) e pós-doutor em Comunicação pela Universidade Nacional de Quilmes, Argentina.

Trabalhou em jornais, revistas e rádios do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de São Paulo e participou de programas de Jornalismo em Cuba, nos Estados Unidos e na Espanha. É coordenador do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e autor, pela Summus Editorial, de A ética jornalística e o interesse público.






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