Ello vira febre na internet por prometer privacidade aos novos usuários

setembro 28, 2014

Foto: Reprodução.


Uma rede social que promete não vender os seus dados para empresas e garantir o seu direito à privacidade. Parece algo utópico, mas é esta a proposta da rede social Ello (www.ello.co), criada em março deste ano, mas que nas últimas semanas virou uma verdadeira febre na internet, principalmente por se polarizar de forma crítica ao Facebook.

Assim como muitas redes sociais quando foram criadas na fase Beta, para entrar na Ello é preciso de convite. E por conta do sucesso da rede, os organizadores resolveram cessar a abertura de novos convites para dar um caráter de exclusividade aos internautas que já conseguiram se cadastrar. No E-Bay, por exemplo, era possível encontrar convites de U$ 500,00 dólares.

Com poucas funcionalidades, a Ello é uma rede social minimalista, de design bastante simples e com poucos elementos na tela. Lá, é possível dividir as pessoas adicionadas em uma categoria mais próxima, de amigos, ou entre pessoas que você deseja acompanhar as publicações, algo que o Google Plus já faz com o círculo de amigos, por exemplo.

Por ora, a maior novidade da Ello é uma seção do serviço que é chamada de “Noise”. Nela, usuários de todas as partes do mundo (incluindo os que não são seus amigos) podem compartilhar conteúdos como se fosse uma grande galeria de arte online. Além disso, a rede social não tem botões de compartilhamento como “curtir” e “compartilhar”.
Foto: Reprodução.

A proposta é ter uma alternativa para conversar com os seus amigos sem ter os seus dados expostos para terceiros. A ideia que parece ser bastante interessante, na verdade quer se popularizar inicialmente para que, em breve, possa vender aos usuários pacotes de serviços e, dessa forma, manter os seus custos operacionais assim como faz o Linkedin, por exemplo.

Mas, será que o Ello vai pegar no Brasil? Só o tempo vai dizer. O fato é que a nova rede social conseguiu o apoio logo de cara da comunidade LGBT, por conta do Facebook ter alterado as suas regras de privacidade. A partir de agora, os usuários devem cadastrar apenas o nome que contém em seus documentos e é proibido se apresentar com o seu “nome social”. Para a comunidade LGBT, a prática fere a liberdade individual.

"Acredito que esse é o resultado natural da estrutura básica de redes diferentes — nós construímos o Ello para nossos usuários, e eles constroem o Facebook para anunciantes. O Facebook precisa saber quem você é realmente para vender dados sobre você, e seu perfil aos anunciantes. Se souberem seu nome verdadeiro, eles ganham mais dinheiro para poder direcionar melhor os anúncios", afirma Paul Budnitz, criador da Ello.






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