Sonegômetro em BH mostra o quanto perdemos quando os impostos não são pagos

agosto 25, 2014

Sonegômetro instalado na Praça Afonso Arinos, no centro de BH. Foto: Shirley Souza / Reprodução.
 

Quanto será que custa o Brasil? Se já sofremos com a alta carga tributária, imagina o que poderia acontecer se o País deixasse de arrecadar este dinheiro? O que algumas pessoas desconhecem é que todo dinheiro dos impostos é revertido para custear a máquina pública, o que inclui folha de pagamento dos servidores, investimentos e a manutenção dos projetos ligados à saúde, educação, segurança pública, entre outros.

Para sensibilizar a população sobre o quanto o Brasil deixa de arrecadar por ano em impostos, foi instalado na semana passada (21 e 22 de agosto), na Praça Afonso Arinos, no centro de Belo Horizonte, o Sonegômetro. O dispositivo é fruto de uma fórmula matemática elaborada pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz).

A proposta do painel eletrônico móvel é mostrar o quanto de dinheiro já perdemos quando empresas e cidadãos deixam de pagar os seus impostos. E os números são impressionantes: mais de R$ 320 bilhões, só no primeiro semestre deste ano. Abaixo, confira o depoimento em vídeo da diretora do Centro de Estudos Jurídicos (CEJURIS) do Sinprofaz, Regina Hirose:

“A hora que começar a diminuir a sonegação, pode-se diminuir a carga tributária. Se isso não for feito, gera uma sensação de injustiça, e não se consegue diminuir os impostos. É preciso que o sistema não seja tão injusto com quem quer pagar. Precisamos deixar o ciclo vicioso e entrar no virtuoso”, avalia o presidente do Sindicato dos Auditores da Receita Federal em Belo Horizonte, Luiz Sérgio Soares.

O Sonegômetro foi lançado no ano passado pelo Sinprofaz e fica instalado em Brasília-DF. Depois de Belo Horizonte, ele e irá para São Paulo e Salvador. A capital mineira foi a 8ª cidade a receber o painel eletrônico com impostos sonegados no Brasil.

Para se ter uma ideia, o valor de imposto sonegado seria possível quitar a dívida ativa de Belo Horizonte, até julho deste ano, que é de R$ 7,3 bilhões. Este valor é quase seis vezes maior do que o PIB da capital mineira, calculado em R$ 55 bilhões.

Já se formos compararmos com o PIB de Minas Gerais, o montante de impostos sonegados ultrapassa o valor de R$ 400 bilhões. No vídeo abaixo, a repórter Regiane Moreira faz um balanço das ações do Sonegômetro em BH. Assista:






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