Livro "O Que o Brasil Quer Ser Quando Crescer?" discute a educação brasileira

agosto 12, 2014



"Já passou da hora do Brasil renovar o seu modelo de educação". A frase pode soar reacionária, mas ela serviu de ponta pé inicial para que o economista Gustavo Ioschpe criasse o livro O Que o Brasil Quer Ser Quando Crescer?, que reúne uma série de artigos sobre educação que ele escreveu para a revista Veja entre 2006 e 2013.

Por meio de dados e pesquisas muito bem apuradas, Gustavo Ioschpe traz textos bem objetivos que fazem com que o leitor possa refletir sobre o atual sistema educacional brasileiro, tanto no âmbito público, quanto no privado. Não se trata de uma receita de bolo do que se deve fazer para melhorar a educação brasileira, mas sim propor um debate sobre aquilo que pode ou não ser feito, tanto na sala de aula, quanto na mesa do gestor.

Outro assunto bastante discutido no livro é o financiamento da educação pública. Para o autor, não é necessário construir mais escolas em localidades onde já há este tipo de equipamento em pleno funcionamento, mas sim de dar condições mais dignas para que a instituição e todos os seus profissionais possam fazer o seu trabalho. Clique aqui para ler um trecho do livro O Que o Brasil Quer Ser Quando Crescer?.
Gustavo Ioschpe propõe algumas reflexões sobre a educação brasileira em seu livro. Foto: Heitor Feitosa / Revista Veja.

Em outro momento, Ioschpe discute a questão salarial ou das reivindicações populares por mais investimentos em educação. Para ele, o Brasil vive um dos períodos que mais se investiu em educação na sua história, mas isso infelizmente isso não significou, em números, uma melhora na qualidade na educação oferecida, uma vez que o sistema educacional continua o mesmo.

Constantemente, o livro provoca professores sobre o quão ruim é o modelo educacional brasileiro e o quanto os educadores estão trabalhando para que isso mude. Tudo bem que, se pararmos para pensar, muitos professores trabalham em péssimas condições e, sobretudo, com o risco de sofrer uma violência física ou verbal em sala de aula.

Mas, o autor provoca no sentido de porque não construirmos um modelo educacional que dialogue com a realidade social dos nossos alunos e que eles possam ver na educação um estímulo para uma vida melhor e, consequentemente, uma sociedade melhor. 

Ao final do livro, a sensação que fica é que o Brasil só vai mudar a sua educação quando a sociedade se envolver mais com essa pauta e conseguir influenciar os votos nos políticos que realmente se comprometem com a causa. Ou seja, devemos ser a mudança que queremos ver. Depende de nós.








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