SuperStar consagra a banda Malta como campeã e terá que ajustar erros para a próxima temporada
julho 07, 2014Foto: TV Globo / Reprodução. |
Favorita desde o início do reality
show musical, a banda Malta venceu a
primeira edição do SuperStar com 74%
dos votos. O final da atração foi exibida na noite deste domingo (06/07), na Rede Globo, e obteve uma média de 13
pontos de audiência, segundo dados do Ibope. Foi uma das poucas vezes que o
programa não perdeu para o Programa
Silvio Santos, do SBT.
Líder de vendas de downloads de
músicas no iTunes e colecionando
milhares de fãs por todo o Brasil, a Malta
aproveitou a visibilidade do reality show e foi a única banda que mostrou
músicas autorais desde o primeiro dia – das 14 edições da primeira temporada,
eles só apresentaram dois covers, o que contribuiu para que o público
conhecesse de forma mais íntima a proposta do grupo de rock romântico.
Numa final com clima de “já ganhou”,
a Malta disputou o título de
vencedor com as bandas Jamz, Luan e Forró Estilizado e Suricato.
Os roqueiros paulistas faturaram um prêmio de R$ 500 mil, um contrato com a
gravadora Som Livre e um carro para cada integrante.
Na edição final, a Malta apresentou a música autoral
"Supernova", escrita pelo vocalista Bruno Boncini e, anteriormente,
um cover de uma música de Phill Colins. Ao todo, 35 bandas subiram no palco do SuperStar. Com a segunda temporada
garantida, o único reality show musical que promove uma disputa entre bandas na
TV aberta brasileira muda de dia em 2015, passando a ir ao ar nas noites de
terça-feira. Abaixo, confira algumas
impressões:
Fotos: TV Globo / Reprodução. |
# O SuperStar é um reality show musical baseado no formato israelense Rising Star, sucesso em mais de 15
países. No Brasil, o programa adotou a proposta de ser uma disputa entre bandas
o que, em tese, é um diferencial interessante para fazer contraponto ao The Voice.
# Na versão original, o público nem
os jurados conhecem o artista/banda. Só é possível saber quem canta depois que
conseguirem cumprir a meta de porcentagem. Daí o telão sobe e é possível saber
quem está cantando.
# O ruim da versão brasileira foi a
insistência de apresentar primeiro a banda para o público e para os jurados em
VT (vídeo). Com isso, subir o telão do SuperStar
se tornou irrelevante porque perdeu-se o fator curiosidade. Manter o suspense
seria mais interessante.
Fotos: TV Globo / Reprodução. |
# Outro problema desta primeira
temporada foi a questão do aplicativo. Logo na estreia, muitos
telespectadores/internautas não conseguiram votar. Além disso, as regras foram
mudando de um programa para o outro, o que deixou tudo confuso tanto para o
público, quanto para os jurados. Do meio para o final, o SuperStar se encontrou e mostrou-se uma alternativa interessante
nas noites de domingo.
# Um dos pontos positivos do SuperStar é que o reality ajudou a
projetar novas bandas no cenário nacional dos mais diversos estilos. Pena que
os artistas não se ligaram na necessidade de mostrar músicas autorais durante o
programa – coisa que a Malta soube
tão bem fazer e já emplacou vários hits na internet.
# Fernanda Lima e André
Marques mandaram super bem na apresentação do reality show. Mas o destaque
mesmo foi a participação de Fernanda
Paes Leme que revelou talento e desenvoltura como co-apresentadora,
entrevistando as bandas que acabaram de sair do palco ou lendo as mensagens que
os internautas postaram nas redes sociais.
Fotos: TV Globo / Reprodução. |
# Na reta final, Boninho teve uma
ideia que começou meio over, mas deu super certo: o uso de famosos na plateia
do SuperStar. O recurso que foi
utilizado como medida de emergência para estancar a queda de audiência se
mostrou uma ótima opção, uma vez que os artistas representavam, de certa forma,
a opinião do público em relação às apresentações no palco do programa.
# Tudo bem: teve alguns artistas que
empolgaram na tietagem como Ana Furtado e Suzana Vieira, mas mesmo assim foi
legal porque ajudou a popularizar o reality show e foi um “momento de alívio cômico”.
# A música autoral não é uma regra,
mas o SuperStar não é um concurso de
covers. Para a segunda temporada que já está com inscrições abertas espera-se
que as bandas tragam sim músicas autorais e não tenham medo de mostrar a cara,
nem de revelar qual é a sua identidade musical. Neste aspecto, a Malta ganhou de W.O. porque as outras
bandas ficaram muito presas aos covers.
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Jornalista
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