Rosana Hermann apresenta o conceito de Geração “PAI” no YouPIX 2014
julho 21, 2014
Neste último final de semana (18, 19 e 20 de julho),
aconteceu em São Paulo o YouPIX
2014. Trata-se de um evento que tem como proposta principal
personalizar as principais discussões e tendências da internet brasileira e
mundial. Como não pude ir ao evento este ano, acompanhei pela internet - sobretudo, graças as postagens nas redes sociais, os debates e as muitas palestras que aconteceram por
lá.
Uma das palestras que mais me chamou
a atenção foi o conceito
de Geração “PAI”, apresentado pela jornalista, blogueira, roteirista e
professora, Rosana Hermann, que trabalha como diretora de criação do R7. A
proposta dela era apresentar uma discussão em torno da Pressa, Ansiedade e a Impaciência (três palavrinhas que originam a sigla P.A.I).
O curioso é que estamos o tempo todo na cobrança de velocidade, como se tudo fosse para ontem. Chega a ser cruel a velocidade com que os internautas curtem, compartilham e descartam um assunto, um link, uma música ou um vídeo. Como acompanhar a velocidade destas mudanças?
O curioso é que estamos o tempo todo na cobrança de velocidade, como se tudo fosse para ontem. Chega a ser cruel a velocidade com que os internautas curtem, compartilham e descartam um assunto, um link, uma música ou um vídeo. Como acompanhar a velocidade destas mudanças?
Tudo é efêmero para a Geração “PAI”. Todo mundo está querendo
abraçar o mundo de uma vez, assobiar, chupar cana e cantar enquanto está
online. Quem nunca se pegou fazendo mil e uma atividades durante o tempo que lê
um e-mail, responde um tweet, curti uma postagem, sobe uma foto nova no
Instagram e pensa no próximo post do blog?
Eu faço isso sempre, inclusive na TV
e nos livros. Já me vi várias preferindo assistir um determinado programa on demand via internet do que esperar
para passar na TV. Quando não gosto de um livro ou acho que o assunto está mal desenvolvido já vou para o final do capítulo. Porque estamos com tanta pressa?
E esta "pressa" também está presente no dia-dia: se um amigo começa contar um caso interminável, a pessoa já começa querer reduzir qualquer diálogo em 140 caracteres. Tem gente que não tem paciência para ouvir e outras que tem dificuldade de estender um assunto porque já pensa de forma editada, condensada e curta.
E esta "pressa" também está presente no dia-dia: se um amigo começa contar um caso interminável, a pessoa já começa querer reduzir qualquer diálogo em 140 caracteres. Tem gente que não tem paciência para ouvir e outras que tem dificuldade de estender um assunto porque já pensa de forma editada, condensada e curta.
Porque estamos correndo tanto? Porque
virou crime fazer uma coisa de cada vez? O fato é que queremos ganhar esse
tempo que nunca chega e que fica ali, só no mundo etéreo, esperando para ser
usado alguma vez na vida ou não. Isso vai nos aliviar de quê ou do quê? Será que um dia vamos usar todo este tempo que
sobrou?
Como solução, Rosana Hermann
sugere que façamos uma lista manuscrita, utilizando papel e caneta mesmo. Toda vez que cumprir o que foi
proposto, risque. Isso é uma forma de saber como administrar o tempo e mostrar
que, por mais que sistematizamos o tempo no relógio não podemos ficar refém das horas, sem aquela neura do coelho do filme da Alice no País das Maravilhas. Keep calm, galera! Tudo tem o seu
tempo.
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Jornalista
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