#Copa2014: O que querem esses manifestantes que quebram tudo na cidade?

junho 13, 2014

Foto: Dreamstime / Reprodução.


Junho de 2013 entrou para história. Milhares de pessoas de diversas partes do país foram para as ruas manifestar por um Brasil melhor em meio às festividades da Copa das Confederações. Os políticos ficaram balançados, mas pouca coisa mudou de lá para cá.

Junho de 2014 também entrou para a história. O Brasil sedia pela segunda vez a Copa do Mundo e vândalos travestidos de manifestantes quebram o patrimônio público e privado sob a prerrogativa de protestar contra os gastos abusivos do Mundial da FIFA.

Daí vem a pergunta: o que querem esses manifestantes de agora? Quebrar a cidade só por quebrar não é protesto, é burrice. A cidade é a nossa Casa. Todo o cidadão paga por ela. Quebrar não é a solução. Aliás, a ignorância nunca levou ninguém a lugar nenhum.

Em meio ao turbilhão de emoção que é assistir – e, no meu caso cobrir jornalisticamente uma Copa do Mundo, me dá uma tristeza danada acompanhar nas redes sociais e nos noticiários que um grupo de criminosos não contentes em destruir os principais pontos do centro de Belo Horizonte, também resolveram quebrar a Biblioteca Pública e o Cine Belas Artes.

Mas, espera aí: o que tem dois símbolos culturais relevantes para a capital mineira com a revolta de ter a Copa do Mundo no Brasil? Nada. Se os Black Blocs, grupos de empresários/políticos e desordeiros queriam tirar a legitimidade das manifestações como protesto democrático, ordeiro e pacífico, conseguiram. Destruir a cidade não é protesto: é jogar contra a sociedade. É se auto boicotar.

Entendo que por muitas vezes a Polícia já foi acusada de cometer arbitrariedades, mas no nosso modelo atual não consigo enxergar outra forma de conter esses criminosos de continuarem a quebrar a cidade em cada jogo do Brasil com a desculpa de que é só mais um protesto pelo desvio de dinheiro da Copa.

Ok, houve mesmo desvio de dinheiro. Várias obras não foram concluídas ou ficaram na promessa, mas quebrar a cidade e agredir as pessoas não vai mudar nada. Essa onda de medo que se instalou na cidade não é legal para ninguém. Do mesmo jeito que existem pessoas contra a Copa do Mundo, existem outras que estão cientes de todos esses problemas e que querem ver os Jogos e curtir esse momento histórico.

A democracia é isso: acolher a opinião do outro. A partir do momento que um grupo de desordeiros resolve quebrar a cidade em nome de um protesto, saímos do estado democrático e voltamos para a barbárie. Quem vai pagar pela cidade destruída? Nós mesmos. Quer mudar o país? Vote diferente e consciente em outubro. Por ora, é o mecanismo democrático que temos para dar um basta nesta pouca vergonha.








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Jornalista

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