#Crônica: O que você faz com o seu dinheiro?
março 15, 2014
Um cafezinho expresso a R$ 3. Um pão
de queijo pequeno e sem graça no aeroporto a R$ 10. Um picolé na praia ao preço
de R$ 15. Um ingresso de cinema a R$ 25. Um almoço simples no restaurante self-service
do dia-dia com o quilo da comida a R$ 65. Será que as coisas estão mais caras
mesmo ou estou mais “pão duro”?
No início pensei que estava passando
por alguma fase “mão de vaca”. Mas foi só começar a comparar os preços que me
dei conta que alguns estabelecimentos comerciais resolveram aumentar os preços
de uma forma descarada e resolvi não me sujeitar a isso.
São várias desculpas, mas todas se
resumem ao fato do Brasil sediar a Copa
do Mundo em 2014. Se esse for o motivo de tudo estar caro desse jeito,
imagina na Copa? Sério, esse negócio de querermos sempre ganhar vantagem em
tudo me irrita! Eu valorizo o meu dinheiro e imagino que você também.
Trabalho duro para não querer ver o
que ganho escoando pelo ralo do oportunismo. E isso não é ser muquirana! É se
valorizar. Respeitar os limites daquilo que é possível dentro do seu orçamento
e o preço justo. Uma das regras da economia é a lei da oferta e da demanda. E
tem gente que “enfia o dedo na ferida”, e aumenta o preço quando aumenta a
demanda. Não acho isso legal.
Ao conversar com alguns amigos
descobri que não sou o único pensar assim. Muita gente deixou de comprar as
coisas na praia ou no clube para levar o seu cooler/isopor com bebidas e
lanches ou ainda se revoltou com os preços abusivos das salas de cinema no
final de semana e prefere assistir/comprar um filme em casa [pelo DVD ou pelo sistema
on demond] na internet.
O protesto mais consciente que o
consumidor pode fazer em relação aos preços abusivos é não se sujeitar, de
dizer um NÃO com todas as letras. De
procurar o preço mais barato e de começar a levar o lanche de casa, quando
julgar necessário.
Nessas minhas andanças, por exemplo,
tive que abandonar um restaurante que adorava a comida, mas descobri um no
centro de BH tão bom quanto com um preço bem mais em conta. Na medida do
possível, comecei a andar com um lanche na mochila, nem que seja uma fruta ou
um sanduiche.
Também descobri que uma vez por
semana, no horário da tarde, uma grande rede de sala de cinemas coloca filmes a
R$ 6. Que aquele picolé de fruta de uma grande marca de alimentos pode ser
feito em casa. Além de mais gostoso e nutritivo, sai muito mais barato.
Claro, coloquei esses exemplos, mas
existem vários outros por aí. O supermercado, o sacolão, o açougue, uma saída
com os amigos no final de semana para um bar ou restaurante, um passeio pela
cidade, enfim está tudo muito caro. No final das contas, o negócio é a gente
valorizar o que ganha e não se deixar explorar. E você, o que faz com o seu
dinheiro?
Fotos: USP / Reprodução.
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Jornalista
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