“Amores Roubados” mescla sensualidade, suspense e um novo olhar sobre o Nordeste
janeiro 07, 2014
Sensualidade, suspense e um novo olhar sobre um Nordeste produtor
de vinhos em meio à aridez do sertão e as águas do Rio São Francisco. Tudo isso
é o pano de fundo para a minissérie Amores
Roubados que estreou nesta segunda-feira (06/01), na Rede Globo, logo após a novela Amor
à Vida.
Com uma estreia promissora de 30 pontos de audiência, a minissérie
conta a história de Leandro (Cauã Reymond), um homem misterioso e sedutor que
trabalha como sommelier na Vinícola Viera Braga. Lá, ele irá se envolver com as
mulheres de homens poderosos, além viver um amor proibido com a filha do dono
da vinícola, Antônia, vivida por Isis Valverde.
No elenco, nomes como Murilo Benício – interpretando o empresário
Jaime Favais, e Patrícia Pilar como a esposa dele e mãe de Antônia, a devotada
Isabel, que novamente estão repetindo uma dobradinha no vídeo. Em 2009, eles
trabalharam juntos na novela A Favorita,
em que Murilo era o gigolô Dodi e ela a melhor vilã de todos os tempos, Flora
Pereira.
Dirigida por José Luiz Villamarin, cujo roteiro é assinado por
George Moura sob a supervisão de Maria Adelaide Amaral, a minissérie tem como
ponto alto a sensualidade e o suspense, além de um roteiro seguro e muito bem
amarrado.
A trama foi baseada no romance "A Emparedada da Rua Nova",
do recifense Carneiro Vilela, e se seguir a história original, promete causar
tanto impacto quando o livro, cuja mocinha é emparedada pelo pai ciumento que
não quer ver a família desonrada.
De uma forma ousada, a minissérie consegue explorar bem não só a
sensualidade feminina – com cenas belíssimas de Celeste (Dira Paes), mas
sobretudo com as cenas do personagem Leandro, um sedutor sem vergonha que não
tem medo do perigo. Há muito tempo, a dramaturgia da Globo não explorava a
sensualidade masculina desta maneira.
O ponto alto de Amores
Roubados é a excelente fotografia que consegue conversar muito bem com o
texto. Aliás, a série seduz ainda mais o telespectador pela narrativa dinâmica
ao apresentar os personagens.
Um exemplo é Cássia Kiss Magro, que vive uma ex-cafetina e mãe de
Leandro, que já chega em cena de uma forma direta, sem ficar explicando demais
o porque do seu retorno ao sertão. A própria ação da personagem que dá toda a
tônica da história.
O mesmo acontece com Osmar Prado, que vive um empresário corno e
bem sucedido, cuja esposa vivida por Dira Paes tem um caso extraconjugal com o
personagem de Cauã Reymond.
A julgar pelos próximos capítulos, o ápice da minissérie será
quando Leandro começará querer provar todas as mulheres da história, assim como
faz com os vinhos da vinícola. Celeste, a sua primeira amante, irá se revoltar
ao descobrir que não é a única e, provavelmente, colocará tudo a perder.
Com um elenco afinado, Amores
Roubados é uma grata surprese no horário nobre, trazendo uma narrativa mais
dinâmica, poucos personagens, além de revelar para o Brasil um cenário da nossa
cultura brasileira que é pouco conhecido (ou divulgado), que são as plantações
de vinho do Nordeste, graças as águas do Rio São Francisco e a sua polêmica
transposição. Sem sombra de dúvidas, o telespectador foi conquistado.
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Jornalista
1 comentários
Tô assistindo essa minissérie sem compromisso. Como disse no Cena, achei que poderia ter mais história. Mas vejo 1- porque sei o desfecho e achei interessante; 2- tem atores arrasando, como o show da Patrícia ontem! Mas O Canto da Sereia teve mais história rsrsrs
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