Muito Mais – Novo programa aposta em celebridades, mas ainda precisa se encontrar

janeiro 09, 2012



Uma retomada aos áureos tempos em que as tardes da TV aberta eram recheadas de programas de fofocas de artistas, comentário de reality shows e bastidores do meio televisivo. Foi com essa pretensão que a Band estreou, nesta segunda-feira (09/01), às 15h25, o programa vespertino Muito Mais. Tendo como âncora principal a apresentadora Adriane Galisteu, a nova atração da Band teve uma estreia um pouco bagunçada e ainda precisa encontrar o tom certo de intercalar os assuntos.

Galisteu divide o palco com os jornalistas Lysandro Kapila e Rita Batista, além dos colunistas Daniel Carvalho (famoso pela personagem @Katylene) e o twiteiro seguidor de celebridades @GomezzOficial. O programa conta ainda com reportagens de Léo Dias (jornalista que cobre celebridades e o meio artístico), Monica Apor (ex-TV Fama) e Lela Gomes (filha do diretor de novelas da TV Globo, Rogério Gomes, e amiga de várias celebridades).

O programa de estreia conseguiu emplacar no Trending Topics do Twitter as tags #MuitoMais, Galisteu e GomezDaCosta, mas não foi muito bem no Ibope, segundo a prévia da Grande São Paulo. O Muito Mais alcançou uma média de 0,8 pontos com pico de 2 pontos. Em alguns momentos, o programa chegou a dar traço de audiência. No Twitter, muitos internautas acharam o programa confuso e brincaram com o fato de Galisteu voltar a fazer um programa na faixa da tarde.
Equipe do programa Muito Mais, da Band. Foto: Divulgação.

Na contramão das três maiores emissoras da TV aberta que investem em reprises no horário vespertino, a Band começa 2012 apostando no ao vivo, retomando aquele filão dos programas de fofoca da tarde, mas com uma pegada mais jovem e bastante descontraída. O Muito Mais não é ruim e arrisco a dizer que foi a melhor estreia da Galisteu na emissora Morumbi, pois o grande barato do programa é o bate-papo entre os apresentadores, colunistas e convidados.

Para um programa de estreia, o Muito Mais cometeu alguns deslizes, como requentar fofocas antigas do ano passado, como a briga entre Cris Flores e Ana Hickman e Nicole Bals falando sobre a sua saída do Pânico na TV. Além disso, a gafe mor do programa foi o fato do colunista Daniel Carvalho sumir do palco, de uma hora para a outra, na hora que a Galisteu ia apresentá-lo. Minutos depois, do nada, Daniel voltou ao estúdio com a desculpa de que havia chegado atrasado. Não colou!

Mesmo se mostrando humilde ao dizer que o programa não é só dela, Galisteu – como boa apresentadora que é, precisa tomar para si o posto de âncora para poder conduzir o programa com mais organização e evitar que cada apresentador, repórter ou colunista saia atropelando a fala do outro, ao ter que ficar mudando de assunto o tempo todo.

Mais do que um programa de fofoca, o Muito Mais poderia ter chamado para si a tarefa de ser revista eletrônica e abrir um bloco jornalístico com as manchetes do dia feito, por exemplo, por Boechat ou Ticiane Vilas Boas, como se fosse uma chamada para o Jornal da Band, que entra na grade da emissora no início da noite. A impressão que tive foi como se estivéssemos assistindo um piloto e que o Muito Mais ainda estivesse sendo construído.

E isso se confirma com uma declaração que Galisteu deu à revista Contigo: “É um programa tão divertido. Ele entrou na grade da Band em dez dias, decidiram tudo em dez dias, o cenário foi feito em dez dias. (...) Não foi um programa pensado para mim, ele terá três meses, é um programa para entrar nas férias. Divertir o público com notícias, falar de celebridades, notícias da semana, moda e muito humor. (...) Não é um programa meu, sou parte dele. Ele foi pensado para passar à tarde, na contramão das outras emissoras que ainda estão reprisando sua programação”, explica a apresentadora.

Diferente de outros colunistas e críticos, fiquei entusiasmado com a ideia do Muito Mais e creio que ele é um diferencial interessante para às tardes da TV aberta que, em sua grande maioria, estão lotadas de reprises. Tudo bem, fofoca não é entretenimento de qualidade, mas se for feito com bom humor e capricho pode se tornar algo que vale a pena assistir para passar o tempo, e nada mais. E senti isso do programa: há um alto astral em querer propor algo novo. Se estiverem atentos, tem tudo para dar certo. O tempo dirá...



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Jornalista

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5 comentários

  1. Ei Wander! Assisti o programa de estreia da Galisteu e cia e gostei. O barato mesmo é aquilo que vc falou, ver o pessoal debatendo, conversando. Se eles focarem nisso, o programa tem tudo para deslanchar. Parabéns pela crítica. Beijos

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  2. A Galisteu não deu sorte na Band coitada...cada programa que ela pega é pior do que o outro. Credo!

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  3. Vi vc falando do programa e fui assistir. Realmente não gostei mto. A ideia é boa até, mas a Adriane parece mais coadjuvante do que a principal do programa, fora q achei mta gente para pouco tempo.. sei lá! Bagunça e amadorismo demais..

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  4. Também gostei do Muito+, especialmente da edição de hoje. Estava ágil!! Só aquela Rita me irrita.. rs

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  5. to gostando do MUITO+....precisa melhorar e com certeza a Galisteu vai conseguir,boa sorte

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