Reportagem Especial - Dono de laboratório farmacêutico é preso em Belo Horizonte
abril 12, 2011
Graças à denuncia de pacientes que não se calaram diante da acusação de que um remédio – ao invés de contribuir para a cura, trouxe danos à saúde, é que o Ministério Público, as polícias Militar e Civil, Anvisa e Ministério da Justiça, conseguiram juntar as peças de um minucioso quebra-cabeça que envolve sonegação fiscal, formação de cartel, fraude de licitação, adulteração de medicamentos e formação de quadrilha.
Esta investigação levou a polícia a deflagrar, na manhã desta terça-feira (12), em Belo Horizonte (BH), a Operação Panaceia, que levou a prisão o dono do laboratório farmacêutico Hipolabor, Ildeo de Oliveira Magalhães, e o sócio dele, o químico Renato Alves da Silva. Os empresários também são donos de dois laboratórios e uma distribuidora de medicamentos na capital mineira e em Sabará. Além de apreender documentos que comprovam todo o esquema, o que mais chamou a atenção dos policiais foi a quantia em dinheiro encontrado no triplex do empresário, no bairro de Lourdes, região Centro-Sul: a quantia de US$ 30 mil e 112 mil euros em espécie.
De acordo com as investigações do Ministério Público, o esquema de fraude era o seguinte: as empresas participavam de licitações e faziam propostas previamente combinadas. O laboratório vendia medicamentos a R$ 6 no atacado para pagar menos tributos. No varejo, os mesmos medicamentos chegavam a custar R$ 130. As fraudes podem ter causado um prejuízo de até R$ 19 milhões aos cofres públicos, o que explica o rápido enriquecimento do dono de laboratório farmacêutico.
Ainda, segundo o Ministério Público, a Hipolabor está sendo investigada desde 2000, e já responde por vários processos na Justiça, entre eles o de que duas pessoas que consumiram os remédios fornecidos pela companhia ficaram com sequelas neurológicas em Sabará, na Grande BH. Já em Santa Luzia, também na região metropolitana, outras duas pessoas morreram e quatro tiveram sequelas neurológicas, após o uso dos medicamentos. Abaixo, confira mais detalhes no vídeo:
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Jornalista
2 comentários
Nossa, Wander....tô chocada com essa notícia. É muito dinheiro encontrado na casa desse empresário, sem contar na cara de pau de vender remédio para essas pessoas que ficaram sequeladas. Tomara que eles aprodessam na cadeia.
ResponderExcluirGente safada e desonesta é o que não falta nesse mundo. Não estão nem um pouco preocupadas com a saúde de ninguém, a não ser a deles. Esses dois falsários deveriam ser soltos em uma pequena sala com todos os usuários de seus medicamentos... acho que uns 10 minutos iriam resolver o problema.
ResponderExcluirDesculpa a raiva, mas quando o tema é voltado à saúde, algo que todos nós buscamos, não consigo conter a minha raiva. Ainda mais diante de pessoas desse tipo, que preferem enriquecer às custas da esperança dos outros.
Abraços