Fogo destrói parte do centro histórico de Congonhas

agosto 14, 2010



Séculos de história e arte, em Congonhas (MG), quase foram totalmente destruídos, na madrugada desse sábado (14/08). O fogo consumiu duas lojas e deixou outras danificadas. Artesãos que trabalham como lojistas no local estão no prejuízo. O centro comercial e histórico fica próximo das seis capelas que representam os passos da Paixão de Cristo e da Igreja de Bom Jesus do Matozinhos, onde estão os 12 profetas esculpidos em pedra-sabão, no século XVIII. Situada a 70 km de Belo Horizonte (MG), Congonhas possui um expressivo conjunto de arte barroca feita por Aleijadinho.

O chamado ao Corpo de Bombeiros foi feito por um vigilante e atendido pela unidade de Conselheiro Lafaiete, cidade a 20 km de Congonhas. Mas, pelo fato da cidade histórica não possuir uma unidade própria dos bombeiros, eles só conseguiram chegar quando as chamas já tinham se alastrarado pelos dois casarões que, atualmente, sediam lojas de artesanato local.

Ainda, de acordo com o Corpo de Bombeiros, não se sabe as causas do incêndio que, por pouco, não consumiu todo o complexo histórico. Durante toda manhã, uma equipe da Defesa Civil tentava, com baldes, controlar o incêndio, que começou às 4h da madrugada de sábado.

Mas, o que chama a atenção, é como uma cidade considerada patrimônio cultural da humanidade - e que possui um dos maiores acervos de arte barroca do mundo, não possui hidrantes, brigadistas, nem uma unidade do Corpo de Bombeiros? Veja na reportagem abaixo:





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Wander Veroni
Jornalista

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9 comentários

  1. Noticia assim me muito me comove. ainda mais quando a gente vê que a cidade nunca pensou em proteger melhor seu patrimônio historico como voce mesmo relatou.
    abçs

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  2. Que perda lastimável a cultura a história.
    Abraço.

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  3. Que prejuízo para a cultura. Fiquei triste ao saber.
    abraço

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  4. Minha Nossa Senhora, como assim não possui hidrante??? Para com isso!

    Fiquei arrasada, compadre, mas pelo menos, o prejuízo foi bem menor do que poderia ter sido e isso é um alívio. Se chegasse nos apóstolos, eu morria, nem conheci ainda!

    Beijos!

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  5. A quem postou a notícia, se informe melhor, pois os bombeiros de Lafaiete possuem todos os equipamentos necessários de combate a incêndio e chegaram ao local com o caminhão que a propósito não voa a 25 minutos depois de chamado e agiram rápido, pois os voluntários jamais apagariam o fogo só com boa vontade, os bombeiros usaram equipamento adequado evitando um dano irrecuperável para história de Congonhas ou melhor do mundo. Pesquise melhor para publicar,mas não denigra a imagem dos bombeiros sem conhece-los e sem saber exatamente como foi, obrigado.

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  6. Oi André!

    Você está equivocado e interpretou errado este post. Em nenhum momento critico o Corpo de Bombeiros de Conselheiro Lafayete. Pelo contrário: o que me causou espanto, assim como os outros comentaristas do blog, é que uma cidade histórica como Congonhas deveria ter uma unidade da corporação, brigadistas ou hidrantes para combater de forma mais efetiva qualquer foco de incêndio.

    Repito: a intenção desse post não é cristicar o Corpo de Bombeiros. Mas sim as autoridades públicas que, por divergência política, se esquecem de preservar um bem maior que é arte e o valor histórico e cultural que aquele espaço representa.

    Claro, o Corpo de Bombeiros de Lafayete agiu da forma correta e, ao lado dos populares, ajudaram a combater o incêndio que, como você mesmo disse, seria "um dano irrecuperável para história de Congonhas ou melhor do mundo". Sugiro que leia o post novamente e aprimore mais a sua capacidade interpretativa.

    Abraço

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  7. O que aconteceu em Congonhas, me deixa muito triste.

    Porque tive o prazer de conhecer esta cidade em janeiro deste ano de 2010, e fiquei encantada, com a beleza das obras de arte e todo o patrimônio histórico.

    Mas o que me revolta é saber que os governantes, só sabem tombar as casas e igrejas como patrimônio histórico, mas não dão a mínima segurança que elas precisam.

    Por exemplo: uma igreja para restaurar não e só a sua beleza, a pintura ou ea arquitetura, mas sim o interior, ou melhor o coração deste espaço. O que eu quero dizer é que a parte elétrica representa também um perigo para todos os nossos PATRIMONIOS HISTORICOS DO BRASSIL EM GERAL, e a parte mais sensível de um patrimônio histórico.

    E o mais revoltante de tudo e saber que entre varias, cidades das mais belas e lindas, entre CONGONHAS, OURO PRETO, MARIANA, etc., existe a Vale, e outras grandes mineradoras que só sabem tirar proveito da nossa riqueza do solo e não fazem nada para poder ajudar estas cidades a manter uma corporação do corpo de bombeiro, ou voluntários treinados para quando ocorrer alguma outra tragédia desta.

    Fica aqui o meu recado.

    Lorenna, Uberlândia-MG

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  8. Entendi, muito obrigado pela compreensão, um abraço e quanto à notícia de que pela manhã a defesa civil tentava com baldes de água apagar o fogo, parece que os bombeiros foram no local e saíram antes do fogo apagar, o que não é verdade, pois foi feito todo o rescaldo e não havia mais chance de propagação daquele fogo, na verdade a presença de reportagens no local, acabam exaltando o ânimo de pessoas com intuito de aparecer nos tele jornais. Amigo muito obrigado e é claro que reportagem apontando esta falha ( falta do CBMMG) é muito bom para nossa cidade. Abraço.

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  9. Oi André!

    Fico feliz que você tenha entendido a matéria. E pode ficar tranquilo que não é a intenção deste post (e do Café com Notícias) denigrir a imagem do Corpo de Bombeiros, pois sabemos que a corporação agiu de forma correta durante todo o procedimento.

    Cabe aqui a ressalva de que as nossas autoridades precisam se empenhar mais para a segurança do patrimônio histórico e cultural, não só com preservação, mas também com um sistema de combate a incêndio, como hidrantes e brigadistas. Ah, e como bem lembrou a Luana no comentário acima, cuidar melhor da parte elétrica dessas construções.

    Abraço

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