#ReportagemEspecial: Chuva e enchente trazem caos ao Rio de Janeiro

abril 07, 2010



O dia em que o cartão postal do Brasil parou e viveu momentos de caos. Ruas alagadas, enchentes e mais de 100 vítimas fatais. Uma chuva que começou na noite de segunda-feira (05/04) e que se transformou, no decorrer dessa terça-feira (06/04), na maior tempestade já registrada no Rio de Janeiro, desde 1966. Choveu 288 milímetros, o que representa mais que o dobro esperado para todo o mês de abril.

Até o fechamento desta edição, de acordo com a defesa Civil, foram registradas 49 mortes em Niterói, 37 na capital fluminense, 11 em São Gonçalo, uma em Petrópolis, uma em Paracambi e uma em Nilópolis. Ao todo, as chuvas deixaram 2.134 pessoas desabrigadas no Rio. Ainda, é possível que o número de vítimas seja ainda maior no decorrer do dia, pois as buscas por pessoas soterradas ou corpos continuam. Veja a reportagem abaixo que conta como foram as últimas 30 horas no Rio de Janeiro:




A Prefeitura decretou feriado escolar em todas as unidades do município, recomendando que as escolas particulares sigam a mesma orientação. Obras emergenciais para minimizar os transtornos já estão sendo feitas por todo o Estado para minimizar os estragos. A Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) também suspenderam as aulas.

"Decretamos feriado para as escolas do município para reduzir o fluxo de veículos e pessoas nas ruas. Assim, além dos cariocas ficarem protegidos em suas casas, as ruas ficarão mais livres para que as equipes dos órgãos públicos possam se locomover com mais facilidade e agilizar seu trabalho", disse o prefeito Eduardo Paes (PMDB), que se reúne com representantes do governo federal, nesta quarta-feira (07/04), para pleitear recursos para obras de contenção de encostas, drenagem de rios e reassentamentos.


Twitter


Mais uma vez, as mídias sociais foram o espaço mais usado pelos internautas para a troca de informações sobre os acontecimentos relativos ao temporal que abalou o Rio de Janeiro. No Twitter, as tags #chuvanorio e #caosnorio ficaram entre os assuntos mais comentados no Trending Topings brasileiro e, desse modo, permitiu que as pessoas pudessem acompanhar o que era postado sobre o assunto.

Apesar do próprio @realwbonner já afirmar em várias entrevistas que a sua conta no Twitter não possui caráter jornalístico e/ou informativo – pois ele a usa como passatempo, foi graças a um post de William Bonner que eu, daqui de Minas Gerais, pude entender a proporção da chuva que começou na noite dessa segunda-feira (05/04) e se transformou numa verdadeira tempestade durante toda terça-feira (06/04).

Logo depois, vários internautas começaram a repercutir a enchente e mostrando a força do jornalismo colaborativo. O próprio Jornal Nacional, da TV Globo, se rendeu a essa “ajuda” dos telespectadores e exibiu imagens e relatos dos telespectadores.


Iniciativa


Há uma expressão muito usada no jornalismo, que diz, entre outras coisas, que “jornalista é jornalista 24 horas por dia e aos 45 minutos do segundo tempo”. Ou seja, não existe tempo ruim para produzir conteúdo, apurar ou pensar em novas abordagens na hora de trazer informações ao público.

E na edição dessa terça-feira (06/04) do Jornal Nacional, da TV Globo, o jornalista e apresentador Márcio Gomes, deu um exemplo de que tudo pode ser um pauta, ainda mais numa época em que uma câmara amadora pode estar acoplada em um celular, por exemplo. Veja o vídeo abaixo:




Veja também:

Blog Ao Vivo do G1 com a cobertura da chuva no RJ
Cidade do Rio amanhece em estado de atenção
Eduardo Paes pede que população evite fazer deslocamentos longos







Ilustração: Daniel Paiva / Fotos: Portal Terra




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Jornalista

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7 comentários

  1. Pois é, Wander. Essa chuva transformou radicalmente o Rio de Janeiro.

    Nunca vi uma chuva tão intensa e longa, nem nos 14 anos que morei em São Paulo. O engraçado é que em momento algum pôde-se dizer que caiu uma tempestade, não houve raios nem nada. Só uma chuva, entre moderada e intensa, que simplesmente não parava.

    Hoje, por incrível que pareça, o céu está muito azul, com aquele ar de céu-limpo-após-chuva. O trânsito aqui na São Clemente (uma das principais ruas de acesso à Lagoa Rodrigo de Freitas) está muito carregado (muitas pessoas não atenderam ao pedido do prefeito Eduardo Paes) e, quem chega no Rio hoje, não acredita que ontem a noite estava chovendo.

    Os garis estão varrendo as calçadas, mas alguns pontos da rua ainda tem muito barro. E os canteiros das árvores ainda tem alguma água acumulada, últimos sinais da grande chuva que caiu.

    Ah, só um comentário sobre a suspensão das aulas da UFRJ, nós, estudantes da Escola de Comunicação (ECO) ficamos perdidos ontem a noite, visto que, enquanto a reitoria dizia que não haveria aulas, o diretor da ECO dizia que haveria sim. Durante uns 20 minutos foi uma troca de mensagens desencontradas no twitter entre reitoria, diretor e alunos, até que todos chegaram em um acordo e decidiram não ter aulas.

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  2. Olá! A chuva no Rio de Janeiro resultou em estragos irreparáveis. Espero que as autoridades tomem alguma providência depois destes acontecimentos.

    Grande abraço!

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  3. É uma pena que a chuva esteja castigando tanto os cariocas depois de ter malhado Sâo Paulo por quase 45 dias ininterruptos

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  4. Olá cariocas! Estamos clamando para que Deus tenha misericordia de vcs, e que a graça dele possa alcançar todos aqueles que estão passando por essa dificuldade terrivel que estamos acompanhando pela tv aqui no vale do paraiba. Em nome de Jesus isso ja parou, Deus abençoe a todos.

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  5. As vezes tento não acompanhar as tragédias, apenas saber por cima o que está acontecendo. Dessa vez não consegui escapar após a história do menino que foi soterrado duas vezes e na segunda faleceu. Acabei me envolvendo com as coberturas e me emociono em todas elas. E fico revoltado ao ver pessoas ordinárias em um momento de dor. Nem assim repensam a vida...

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  6. um absurdo a situação no nosso brasil. muito triste!

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  7. realengo ficou um caos muita agua o rio tranbordou eu andei dando a mao ao meu filho de 12 ano e o de 5 no colo a agua tava quse nos levando mais graças a DEUS conseguimos

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