Jornalismo se aproxima do drama na hora de noticiar

março 03, 2009


Assaltantes matam família a sangue frio. Criança é abusada sexualmente por homem de 40 anos. Idosa morre na fila do Pronto Socorro. Estudantes do ensino fundamental ficam sem merenda por desvio de verba. Adolescente de classe média atropela trabalhador e não vai preso. Felizmente, essas manchetes são apenas ilustrativas. Mas, volta ou outra, elas renascem dentro do contexto da produção noticiosa por fazerem parte de muitos noticiários.

Mas, será porque a tragédia chama tanta atenção do público? Talvez, esses conflitos sejam uma forma de espelho da sociedade que reflete a violência que assola todo o mundo. Geralmente, um caso polêmico, que choca toda sociedade, vira assunto das principais rodas de conversas, blogs, sites, fóruns de discussão, etc., e acabam por ganhar mais destaque na grande mídia que transforma cada nova informação em mais um capítulo de uma novela da vida real.

No jornalismo, vários casos chegam na redação todos os dias por meios dos apuradores - que é uma função jornalística que funciona como um radar de tudo que acontece de interessante no dia, baseado na linha editorial de cada veículo. Depois disso, os editores marcam o que pode render uma nota, matéria, reportagem e vão para a reunião de pauta. Na reunião, produtores e editores conversam sobre o que é possível fazer, em tempo hábil, para ser colocado num telejornal, principalmente quais os assuntos que tem matéria produzida (ou sendo feita) pelos repórteres na rua e discutem o que pode ser colocado na gaveta (pautas frias que podem ser usadas em outro contexto).

É justamente na rua onde a narrativa se constrói: o repórter pega um fato que já aconteceu, organiza os dados numa história que seja interessante para o público, colhe depoimentos, faz imagens, grava a passagem e cria o off (texto narrado pelo repórter na matéria), ao lado do editor de texto. Tudo isso acontece muito rápido, de forma muito organizada por meio de uma logística própria da realidade de cada redação, pois o tempo em mídia eletrônica vale ouro e pode fazer toda a diferença.

Já a mídia impressa, pelo fato de ter mais tempo para cobrir o factual, também faz uso de vários artifícios para contextualizar uma informação e transformá-la em notícia - seja misturando vários temas ou aprofundando a discussão sobre um determinado assunto. Noticiar é, à grosso modo, um meio de se contar uma história que já aconteceu, porém utilizando dados e personagens reais. A criatividade, ao lado de um trabalho incansável de apuração, faz com que a informação vire notícia e que ela repercuta nos meios de comunicação.

É dentro deste contexto que o drama ganha cada vez mais espaço, por ser um recurso que ilustra e prende atenção do público. Trata-se da arte de representar, por meio da emoção e da veracidade - no campo da dramaturgia representa a interpretação, a fantasia, o literal faz de conta. E o jornalismo, sempre que pode, lança mão desse recurso, seja para fazer reconstituição de um caso ou para ilustrá-lo com sonoras (fala do entrevistado) que exalam emoção. Errado ou certo, o jornalismo se utiliza da emoção e de depoimentos reais para a construção noticiosa. Entretanto, a maior crítica não é o uso da emoção, mas sim do sensacionalismo que é uma vertente que expõe o drama as últimas consequências - tudo em nome da audiência e que põe em xeque a ética do jornalismo.

Será que só acontece coisas ruins o tempo todo? Não. Existem coisas boas. Entretanto estas "boas" notícias não tem o mesmo espaço que uma tragédia. Mas, porquê? Tudo depende da linha editorial do veículo de comunicação que você lê, ouve ou assiste. Quer boas notícias? Então é melhor aprender a trocar de canal, ouvir emissoras de rádio concorrentes, lê outros jornais, acessar blogs diversos, acompanhar propostas diferentes de portais noticiosos e assinar um maior número de revistas. Espaço existe, basta você procurar. Pesquise e peça a opinião de seus amigos para sondar outros meios de comunicação. Afinal, quem elege o sucesso de um meio de comunicação é o público, e não a própria mídia.



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Jornalista

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34 comentários

  1. Infelizmente nossa realidade é feita de noticias ruins. De bárbaries que acontecem todos os dias. Assaltos, sequestros,corrupção, assassinatos, pedofilia, enchentes, acidentes de transito.... Isso dá ibope!!
    Não que sejamos adeptos ao pessimismo, é que a situação anda feia mesmo!!!
    Quer noticia 'legalzinha'? Veja TV Fama, vá ao site Fuxico, Ego, escute rádios de funks, leia Caras!!!!
    Tristes Tempos!!!

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  2. Otimo artigo, Wander! Super bem explicado todo o processo das notìcias.
    Eu nao aguento mais assistir telejornais... é uma notìcia pior que a outra todos os dias, vc mal se recuperou de uma e là vem outra para te deprimir.
    E' bem o que vc disse, é claro que acontecem coisas boas, mas notìcia boa nao traz audiencia como notìcia ruim. Ou seja, a culpa é nossa também.
    Como vc bem disse, cabe a nòs mudarmos o canal, escolhermos outras fontes de informaçao quando vemos que aquela que é mais fàcil de se ver nao està sendo assim tao ética.
    Abs e sucesso!

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  3. Infelismente, todo dia acontece tragédias. E parece que o povo gosta disso!
    O jornal campeão em noticias trajédias é o Jornal da Record.
    Noticias boas dão menos audiência...

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  4. Interesse público? ou interesse do público?

    hmmm...

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  5. jornalista tem que saber atuar e fazer o espectador sentir a noticia dentro de seu coraçao. tem profissionais que ficam Dâããã e nao passam de papagaios. so acontece coisas ruins o tempo todo...e por enquanto acontecerem coisas ruins nao podemos comemorar...enquanto um homem matar outro homem ninguem tem porque sorrir...enquanto alguem passar fome ninguem tem nada para comemorar...jornalismo é interpletaçao com improvisação.

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  6. É isso aí, Wander. O poder de escolha está nas nossas mãos. Defendo a notícia boa e ruim, desde que seja verdadeira. Claro que desgraça vende mais, e é por isso que a mídia em geral está inundada delas.

    Abração

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  7. Wander,
    Muito bom seu texto,descreve com clareza a situação que atravessamos,a tragedia vende mais porque nós queremos vê-las e isso não é bom,eu deixei de ver TV por causa disso,porem nas raras vezes que tenho visto estou sentindo que isso começa á mudar,outro dia eu vi uma bela reportagem no horario nobre da Record,que tem um rotulo de dar apenas más noticias,é uma esperança,pois a mídia tem o poder de influenciar o público,tanto para o bem como para o mau,é um assunto que gera uma bela discussão.
    Um forte abraço,amigo.

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  8. Oi Wander, eu penso que realmente a tragédia é o assunto que prende a atenção da maioria das pessoas.
    Sabe, tô cansada de só ver tragédias nos noticiários, as vezes faço questão de não saber.
    O pior é que quanto mais divulga, mais coisas ruins surgem.
    sonho com o dia de ver notícias "do bem", assim, quanto mais coisas boas forem faladas, mais coisas boas acontecerão para serem noticiadas....

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  9. Wander,

    Apesar do texto ser claro, objetivo e informativo, ainda não consigo entender porque tantas pessoas preferem as desgraças da vida.

    Certa vez, meditando sobre esse assunto, cheguei a conclusão de que, para muitos, o cotidiano é rotineiro e a desgraça alheia, de boca em boca, faria o dia passar mais rápido.

    Depois analisei melhor e na conclusão final vi que as tais desgraças acontecem em todas as famílias e o que atrai o público para tais notícias é a identificação.

    Cris

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  10. Opa! Aprendi mais uma!

    Boa essa de explicar como funciona o processo das notícias. Vou concordar com você, notícia boa existe, mas não faz "sucesso". ;)

    O povo gosta de uma tragédia! :D

    Um abraço Wander!

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  11. Infelizmente o trágico chama atenção. Tantos jornais e telejornais usam e abusam dessas notícias para aumentar a audiência. Eu particularmente não gosto! Vivemos cercados de violência e notícias não agradáveis, a tensão do dia a dia é cruel, e vc ainda chegar em casa e deparar com notícias que te entristece e muitas vezes nos deixam revoltados? POr que isso? Eu gosto de ler um bom livro, ou assistir a um telejornal que me deixa interada de tudo, e onde o foco principal não é a tragédia!!!

    Beijão, Wander!!!

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  12. Uma aula do cotidiano de feitio jornalístico.
    Amigão, essa é da categoria: Aprendendo Jornalismo com Wander Veroni. Devia ser matéria obrigatória para alguns profissionais e principalmente leitores que não entendem do que é feita a nossa profissão e que este profissional é um cientista da informação.
    Parabéns mais uma vez!
    Beijos!

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  13. Se tem uma coisa que eu não suporto na mídia, seja ela de que tipo for, é o sensacionalismo.

    Um grande exemplo disso é aquele jornal AQUI, que você deve conhecer. Se espremer o papel, é capaz de pingar sangue!!! Tô fora.

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  14. Sim, as manchetes nos chamam atenção e te confesso, o caso de Isabella Nardoni, virou novela e eu não deixava de acompanhar. Acordava e já ligava a Tv p/ ter informações sobre o fato e nas rodas sempre havia o caso p/ se discutir, já que cada dia algo novo aparecia.
    Hj qd acordei o jornalista estava falando algo como : Ainda hj imagens de um acidente com 8 mortos e tantos feridos. A parte ocultada te deixa apreensiva, vc quer saber. Foi um acidente que envolveu um ônibus ( desses micro)da Prefeitura , que vinha de Sobradinho, uma carreta e um caminhão . Parei e fiz o café correndo e arrumei a mesa rapidinho p/ não perder . Veja que impressionante, o que me chamou a atenção, não foi o fato de ter acontecido um acidente, claro que é terrível, mas sim, o fato dos mortos. Um acidente, vc houve, ver imagens e tal, mas qd falou em mortos, vc imagina: " Nossa! Que tragédia!" Pq envolve vidas perdidas, isso te coloca de frente com a realidade de que pode acontecer com vc. Assim funciona p/ mim, uma manchete desse tipo. Faz com que eu pense que posso fazer parte de uma estatística.
    Ah, te amndamos um e-mail, viu?
    Beijinhos, amigo!!
    www.cgfilmes.blogspot.com

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  15. É o famoso dilema entre "cachorro morte pedestre" e "pedestre morde cachorro". Tudo que é atípico, exótico, que exibe algum comportamento inesperado ou chocante está dentro dos critérios de noticiabilidade da imprensa tradicional.

    O problema é um impacto disso. A imprensa banaliza esses assuntos e o leitor aceita sem muito questionamento. Quando ocorreu a primeira chacina, houve uma comoção nacional. Hoje, abrir um jornal e saber de uma chacina em SP é o mesmo que saber das novidades do campeonato paulista.

    Há outros critérios também que são bastante suspeitos. O drama pobre e negro geralmente não tem a mesma visibilidade que o drama branco e de classe média. É só observar os grandes casos de repercussão nacional que perceberemos isso claramente.


    Um abraço

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  16. As pessoas de fato parecem gostar de ver gente morta, sangue, tiros e tudo o que for desgraça...elas ficam la com os ohlos vidrados, chocadas e ao mesmo tempo com raiva...eu sei, meus pais fazem isso.
    Mas sabe oq ue aprendi..quanto mais vemos e nos atemos as desgraças masi atraimos isso para nos e apra o mundo.
    Eu não fico vendo mesmo..saio de eprto e pronto.
    Não é o mundo que esta cada dia amis violento, é a tv que só passa isso pois de fato, desgraça é o que mais da ibope e adivinha quem da tanto ibope? nós

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  17. Puxa uma aula grátis de jornalismo, Wander eu já desisti que prestar vestibular para jornalismo, todo mundo quer fazer jornalismo, mas só vejo celebridades de 15 min na tv, tomando lugar de quem estuda 54 anos, também não sou a favor da imprensa marrom como as pessoas chamam, eu acho que essa profissão tem uma grande responsabilidade de formação de opiniam, as vezes tendenciosa para o bem ou para o mal, estou desencantada e eu que sempre sonhei com essa danada profissão.


    Ps quando o meu blog vai merecer um selo seu do café??(cara de pau)

    http://messnatural.blogspot.com/

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  18. Curti muito o texto,também axo q a machete é a parte mais imporante da noticia para prender atenção do publico

    Curti a imagem

    http://ownedando.blogspot.com/

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  19. Cara..axo qe nunca vou cansar de elogiar seus textos e seu blog..você sempre com um excelente conteudo..trazendo coisas interesantes!

    parabens cara..muito bom!

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  20. "Pergunto:
    Haveria câmeras e inúmeros jornalistas e ate um filme se não tivesse sangue? Se tudo tivesse acabado bem? Ou agora no caso da moça Eloá e do apaixonado Lindemberg, quase uma semana depois se falaria nisso se não houvesse sangue?Haveria um incessante julgamento por parte do povo e da mídia se a menina Nardoni tivesse recebido uns socos de sua madrasta (algo que acontece todos os dias em muitas casas, inclusive de muitos que estão aí julgando)?
    todos querem ver sangue, se não das vitimas, dos seus algozes! E isso é o que me fez não entrar em nenhum desses assuntos ate hoje, por que:
    1: todos queriam sangue, todos queriam no fundo no fundo, alguma gota de sangue na sua telinha, só para poder mostrar seu lado de compaixão com a vítima e seu lado juiz para com o matador.
    2: NINGUEM esta livre de um longo momento insano!"

    um dos meus textos sobre isso...
    acredito que o ser humano vive atravez de tragdias um certo rpazer, de que seus medos não estão acontecendo consigo mesmo..mas sim com alguem distante...

    abraços cara...

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  21. Muito legal o post. Vejo que há alguns temas que chamam a atenção, mas nenhum mais do que SEXO. Quando você coloca algo com conteúdo sexual na manchete pode ter certeza que muita gente vai querer saber o que é...

    Rogerio Martins
    http://saladeterapia.blogspot.com/
    http://palestranterogeriomartins.blogspot.com/

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  22. Infelizmente o sensacionalismo está ganhando adeptos. Esse tipo de jornalismo, procura mais dar show do que noticiar. É a eterna luta pela audiência. Ano passado nos casos Eloá e Isabela, assistimos que não há limites para este tipo de mídia. Abraços.

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  23. Muito bem escrito o texto, mas nao sao todos os jornalistas que fazem isso... mas é notório o exagero de alguns

    abração

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  24. Penso que o público às vezes se torna uma marionete. É constantemente manipulado pelo jornalismo hard news que põe a mesa diariamente as notícias mais impactantes do dia, como se fossem as únicas. É uma incessante busca pela audiência e, com isso, se pauta a agenda do dia. Lembra disso na faculdade? Pois é, cabe a cada um de nós procuramos nos pautar, saber o que é importante sabermos e não o que os editores acham que é. Falta mais senso crítico do brasileiro. Abraço e parabéns pelo artigo!

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  25. Olá, Wander!

    Estamos cheios de notícias de péssima qualidade, entretanto, existem muitas que têm o conteúdo muito bem preparado, graças a perícia e o preparo do jornalista.

    Infelizmente, uma notícia para fazer sucesso, na maioria das vezes, tem que ser sensacionalista e muitas vezes vulgar.

    Abraços

    Francisco Castro

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  26. Parabens pela aula e por entender tão bem de como se faz a notícia e de como mostrar ao público leigo como é feito todo o processo, pena saber que cada vez mais o que dá audiência é a desgraça alheia e saber e adimitir que como blogueiro as vezes sou obrigado a noticiar tais fatos aos leitores do meu blgo pois, por mais que tente ficar de fora de algumas coisas no blog, devo aos meus leitores explicações a respeito de alguns fatos que acontecem em nosso dia-a-dia

    parabens Wander e me conte onde posso encontrar noticias boas pois está muito dificil encontra-las, um lugar legal é o teu blgo.

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  27. Ola Wander!

    Coincidencia ou não eu tive aula sobre isso hj.

    O drama é sim uma maneira de chamar atençao, apesar de muitas vezes eu perceber que ela se torna apelativa, atropelando em certos momentos a noção e até mesmo a inteligencia do público.

    Obvio q nao se pode ocultar as tragédias q ocorrem por ai, afinal, elas existem, mas há varias opções, como vc bem observou, de conteúdo a gosto de quem procura.

    Bacana qdo vc escreveu no final "quem elege o sucesso de um meio de comunicação é o público, e não a própria mídia."

    Gde abraço!!!

    http://blogpontotres.blogspot.com/

    atualizado hj, 05/03

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  28. O que fornece pontos no na audiência e ajuda a vender jornal é a desgraça propriamente dita.
    Essa é uma das razões do Datena nunca ficar desempregado.

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  29. Olha não acontecem coisas ruins o tempo todo, mas a tragédia é notício e isso é fato. rs O que é mais chamativo? Carro desgovernado bate em mureta da ponte rio-niterói ou carro passou pela ponte sem mais problemas? Isso não quer dizer que o jornalismo seja feito só dessas barbaridades, mas temos que mostrar o que acontece seja bom ou ruim e lembrando que somos pagos por uma empresa que tem sua política de trabalho e temos que nos adequar a ela. Valeu Wander e se puder entra lá no http://brasilstation.blogspot.com e veja a entrevista que fala sobre arte e games. Espero-te lá.

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  30. Olá, Wander...

    Todo texto / notícia que é divulga eu creio que é lançado e construído com uma intencionalidade. No caso de um jornal publicado por uma empresa privada, obviamente há a preocupação com a vendagem. Logo, como você bem ressaltou, é aí que talvez se origine essa questão em que notícias "ruins" tenham um destaque bem maior.
    Dificilmente o público geral irá se interessar sobre a "história da professora que fez obras assistenciais para a comunidade onde leciona". Mas, certamente matérias relacionadas a desastres e violências ganharam uma evidência muito maior. E quanto mais cruel maior a proporção em que isto ocorrerá.
    Reflexo de tempos cruéis e que pessoas vivem acometidas pelo medo? Não sei...
    O fato é que temos uma clara inclinação para "consumir" esse tipo de informação.

    Quanto a isso de escolher o que você quer ver. Coisas boas ou coisas ruins, creio que mais que isso há de se ter o senso crítico. Isso sim para mim é importante. Quando o telespectador / ouvinte / leitor é capaz verdadeiramente de "dialogar" com aquilo que lhes é apresentado. E não mais apenas ser uma simples esponja que apenas é capaz de absorver informação.

    abraços
    .

    http://solucomental.blogspot.com

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  31. Querido amigo avassalador...Wander.
    na certa voce já ouviu a frase:
    "melhor ouvir isso do que ser surdo"... completo, ler isso do ser cego , ...
    Importante é a informação. Quando lemos um jornal, ouvimos radio etc... a informação fidedigna é o principal foco...
    detestario "não saber" ou não ter a chance de saber....

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  32. Caro Wander, você poderia ter parado pelo título e pela charge, já nos daria a noção da informação.
    A charge ilustra bem o que chama atenção das pessoas, o que me parece é que as pessoas já estão condicionadas às notícias trágicas, infelizmente foi impregnado em nossas mentes o sentimento de masoquismo (gostar de sentir dor, ou imaginar que está sentido dor).
    Infelizmente, hoje em dia temos que ser dramaturgos para levar informações de modo que as pessoas sintam-se à vontade com estas que lhe chegam à visão e ouvidos, isto porque as pessoas é que mostram o que querem ver e ouvir.
    Pois é Wander, tenho que lhe dar os parabéns pelos posts de qualidade do blog, continue assim.
    Saúde, paz e sucesso!
    Jose Moura
    http://www.blogomoura.com

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  33. Oi venho aki lhe parabenizar pelo post, Gostei da Charge...
    Também quero aproveitar para notificar que coloquei um link seu em meu blog, na área de blogs interessantes. Não é necessário retribuir o feito,(a menos que queira)
    Um abraço do seu amigo Guilherme Matheus.

    www.businessdesucesso.blogspot.com

    Os blogueiros devem se ajudar...

    Monetizando seu site/blog com eficiência...

    Você considera seu blog um negócio próprio?

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  34. o foda e que as vezes as manchetes sao exageradas

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