Assessoria de imprensa também produz conteúdo informativo - Parte 3

outubro 22, 2008


A comunicação, dentro de qualquer organização, principalmente, precisa ser encarado como um setor estratégico. No caso de personalidades (artistas, políticos, esportistas, etc.) ou eventos, essa parte é fundamental para deixar que o assessorado ganhe visibilidade e seja conhecido. Há algumas semanas, o Café com Notícias investiga a atividade de assessoria de imprensa. Nesta terceira parte vamos falar da postura do assessor ao assumir esta empreitada, além de comentar sobre a produção do release, acompanhe.


Assessoria de imprensa não é só divulgação, apesar de ser uma das ações mais presentes quando se fala dessa atividade. Trata-se de um trabalho amplo, mas que todo mundo sempre lembra dessa palavra para adjetivar a ocupação. É possível produzir conteúdo para ser consumido pela imprensa e por um público-alvo disposto a acompanhar todas as novidades. A atenção é a palavra-chave na tarefa de assessor de imprensa. O profissional precisa ficar atento a todo momento, observando os noticiários e temas que podem (ou intereferem) diretamente o assessorado e, acima de tudo, ter "maldade" para selecionar certos tipos de eventos, notícias ou apoios que este possa ter.


O assessor trabalha o tempo todo com pesquisa. Além de ser. em alguns casos, a pessoa responsável por selecionar eventos que possam lhe render publicidade. A assessoria de imprensa é responsável também pelo zelo da imagem do assessorado da mídia. É claro que é impossível controlar o assessorado 24 horas, mas a assessoria tem o poder de orientar e mostrar os danos que uma imagem arranhada pode causar. Não se trata de ameaça, nem nada. Mas sim de um alerta. Quando o profissional de comunicação (jornalista, publicitário, relação pública ou marketong) assume a tarefa de assessoria de imprensa tem que trabalhar com a possibilidade de crise e quais os caminhos fazer para reverter essa imagem - o que em breve será tema dentro desta série.


Além disso, é preciso criar alguns produtos de comunicação (jornal institucional, site, newsletter, podcast, videocast, blog, etc.) de acordo com a realidade financeira do assessorado e com o público que ele quer atingir. Por exemplo, se for criar a assessoria de imprensa de um artista popular jovem, que tem grande apelo com o público adolescente, é indicado pensar nas redes sociais, como MySpace, Blogs e Orkut como plataforma principal de criação de produtos e conteúdo informativo, tendo em mente a linguagem desse público.


Salvo a devida proporção do público que o assessorado pretende atingir ou simplesmente deixá-lo com mais visibilidade, o Orkut, por ser a rede social de maior representatividade brasileira - e ainda é uma opção de canal para dar visibilidade a uma marca e, até mesmo criar um elo de diálogo entre os possíveis membros de uma comunidade ou amigos em comum do perfil (avatar) institucional. Há também a possibilidade de criar um perfil no Twitter, uma fan Page no Facebook e um canal no YouTube. Além, de é claro, criar o site oficial institucional, bem posicionado nos principais buscadores, para que o internauta encontre precisamente a informação oficial.


Já a principal base para o diálogo entre a imprensa e a assessoria é o release. Lá, o assessor deve concentrar informações que poderia render uma pauta interessante para os veículos de comunicação. Apresentar o assessorado como fonte e, em alguns casos, criar releases específicos para TV ou rádio, quando a intenção for ganhar visibilidade nesses meios, é fundamental. Chega dessa história de que o release tem que ser elogiativo e cheio de firulas. Quem está na redação, selecionando as pautas do dia, quer um release objetivo e que convença que o fato narrado pode virar um pauta. Concentra-se nas informações e detalhes. Pense em títulos que podem render manchetes interessantes. Jornalistas mais experientes orientam que o release tem que vender o assunto e o assessorado como fonte. Inclusive, algumas agências trabalham com esse esquema.




Na semana que vem: a assessoria de imprensa e os produtos de comunicação. É possível fazer jornalismo dentro da assessoria de imprensa?







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Jornalista

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7 comentários

  1. Convivi muito tempo com assessorias de imprensa. Trabalhava lado a lado com meus colegas jornalistas, e via tudo que era produzido virar notícia, ou ser transformado em.

    Em algumas áreas, sem assessoria de imprensa não há como articular relações importantes, nem como garantir a viabilidade de determinados projetos. Claro que em governos ou ONGs (onde eu trabalhei muito tempo) o interesse por esse tipo de atuação ganha nuances bastante impressionantes. Durante os cinco anos em que trabalhei para a organização do Fórum Social Mundial isso ficou perfeitamente claro pra mim.

    Hoje, no meio acadêmico sinto falta dessa percepção, muitas vezes a viabilidade de uma pesquisa fica perdida pela incapacidade de articular socialmente a compreensão da importância do projeto, o que envolve inclusive recursos.

    Parabéns por essa tua série de textos, traz alguns aspectos muito importantes, inclusive para leigos como eu.

    abração!

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  2. Prestigiando...

    Blog cada vez melhor !!!

    Parabéns !!!!!!!!!

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  3. Amigao, a assessoria de imprensa é o princípio da visibilidade. Sem ela, nao há nada e, infelizmente, essa tarefa ainda nao é tao bem difundida como necessária.
    Nos EUA, ninguém dá um passo sem consultar o assessor.
    Mais uma aula, parabéns!
    Beijocas com carinho!

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  4. Maldade é uma palavra muito forte, mas considero pertinente para o contexto do assessor. Ele precisa estar vivo e ser esperto a ponto de tirar da ordem do dia das pessoas e da imprensa o que a empresa tem de diferente (ou pode ter).

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  5. Olá, Wander...
    fazia tempo que não passava por aqui!

    Estou lendo essa sua séries de textos, achei muito interessante embora eu não domine o assunto completamente.

    Abçs,

    Lucas de Oliveira

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  6. A série está cada vez melhor ... estou acompanhando desde o começo e está sendo muito esclarecedora...eu particularmente gosto muito do assunto

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  7. Wander, a assessoria de imprensa é um órgão potencialmente amigo dos jornalistas das outras áreas de atuação. Os releases fornecem uma infinidade de informações, que devem ser bem utilizadas. Se o jornalista o faz, não há dúvida de que aproveitará a divulgação de maneira produtiva, sem necessariamente fazer propaganda, o que muitas vezes representa a intenção da assessoria.

    Como você mesmo observou, o release deve ser objetivo, para facilitar o trabalho do jornalista. E, muitas vezes, é a objetividade que será a alma do negócio para as empresas.

    Abraços!

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