Morre bebê jogado no Arrudas; enquanto isso outras vidas lutam para sobreviver

outubro 05, 2007

Muita tristeza, na noite de quinta-feira (04/10), entre os funcionários da Maternidade Municipal de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A recém-nascida encontrada, no último domingo, no ribeirão Arrudas, na Vila Dom Bosco, em Contagem, faleceu às 20h50, conforme informou a Secretaria Municipal de Saúde.

A pequena Michele, nome dado à bebê pelos funcionários do hospital, não resistiu ao edema cerebral diagnósticado na quarta-feira. De acordo com diretora da Maternidade Renata Graziele Santos,a recém-nascida ficou sem respirar durante o tempo que esteve presa a sacola plástica no leito do Arrudas e, talvez isso, tenha contribuído para a morte dela. O IML aguarda o Juizado da Infância liberar as certidões de nascimento e de óbito da bebê para o enterro, que acontecerá, provavelmente, na semana que vem.

O caso é que, durante toda essa semana, a imprensa tem divulgado que mães que não desejam criar seus filhos tem a possibilidade de acionar o Juizado da Infância para levar a criança à adoção, num processo chamado de Parto Oculto. A divulgação dessa possibilidade é uma prestação de serviço para mães menos abastadas não cometam a covardia de jogar o bebê em córregos poluídos, lagoas sujas, boeiros ou lixões. O que leva a mãe a considerar o bebê como um dejeto e de desfazer dele como se fosse algo imundo?


Curiosamente, na manhã desta sexta-feira (05/10), mais duas notícias sobre "bebês" repercutiram na grande imprensa: a primeira, é mais um apelo à solidariedade do que uma tragédia. A dona-de-casa Rosa Judit Faria, 24 anos, e o marido dela, Jurlei de Souza Faria, 29 anos, descobriram na hora do parto que Rosa, mãe de 9 filhos, teve trigêmos, ou seja, ela terá, ao todo, 12 filhos. Os pais, que não possuem uma boa situação finaceira, estão muito alegres com a notícia e, ao mesmo tempo preocupados, por que não possuem condições finaceiras para arcar com essa "grande família".

Como o povo mineiro é sempre muito solidário, acredito que o que não faltará para essas crianção serão donativos e apoio aos pais. Faço o pedido aos internautas que freqüentam o nosso "Café" que entrem em contato com o Hospital Regional de Betim, com a Assistência Social responsável pelo caso. Anote o endereço: Hospital Público Regional de Betim - Av. Edmeia Mattos Lazarotti, 3800. Betim – MG. CEP 32501-970. Tel.: (31) 3539-8170/ 8171/ 8107.

Já outro caso é mais revoltante e emblemático. Uma garota de 12 anos foi estrupada pelo vizinho e briga com o pai para ter direito de gerar a criança. Entretanto, o pai da menina luta para que ela faça um aborto por que não quer que a filha tenha um bebê tão nova - além das complicações na saúde da "jovem mãe", alertada pelo médico que está cuidando do caso. A história precisa ser melhor apurada e a justiça, se necessário, acionada para posicionar de forma conciente sobre o caso. Não quero parecer precipatado, mas é muito interessante a "menina" querer ter o filho. Será que ela realmente foi estrupada? Será que ela não mantinha uma relação com esse possível estrupador? Vamos ver o que dará essa trama da realidade social.



Essa semana eu volto com mais Café com Notícias.




Jornalista

MAIS CAFÉ, POR FAVOR!

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